21 de abril de 2025 — 21:41
Episódio 1 – O Eco do Fio
CENA 1 – CAMPOS DE TESSÁLIA – FIM DE TARDE
O céu arde em tons de laranja. Xena cavalga com Gabrielle por um campo aberto. Ao fundo, colinas e ruínas esquecidas. Gabrielle segura um mapa antigo, rabiscado com carvão.
GABRIELLE (sorrindo):
Segundo esse mapa, estamos perto de um antigo vilarejo dedicado a Afrodite. Dizem que há um altar escondido lá… romântico, não acha?
XENA (séria, mas brincando):
Romântico? Eu preferia um vilarejo com comida quente e nenhuma estátua quebrada.
Gabrielle ri. Mas Xena olha adiante, ficando atenta.
XENA (alerta):
Sinta isso?
Gritos. Som de metal batendo em metal. Elas correm com os cavalos até o alto de uma colina.
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CENA 2 – VALE ABAIXO – POVOADO EM CHAMAS
Um pequeno vilarejo está sob ataque. Três saqueadores cercam uma carroça onde uma mulher tenta proteger um baú. Xena salta do cavalo com o grito de guerra característico.
XENA:
Aiiiii-yaaaa!
Luta rápida. Xena derruba os saqueadores com precisão. Gabrielle usa seu bastão com habilidade.
Quando tudo termina, a mulher corre até o baú e o abraça. Mas sangra no processo.
MULHER (fraca):
Proteja… isso… por favor…
Ela entrega um medalhão a Gabrielle antes de morrer. É dourado, antigo, com dois símbolos entrelaçados: uma rosa e uma balança.
GABRIELLE (confusa):
Afrodite… e Nêmesis?
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CENA 3 – NOITE – ACAMPAMENTO
Xena acende uma fogueira. Gabrielle observa o medalhão, inquieta.
GABRIELLE:
Quando eu toquei esse medalhão… vi algo. Duas mulheres. Uma com armadura dourada. A outra… escrevia num pergaminho. Elas estavam… apaixonadas, Xena.
XENA (parando):
Sonhos. Memórias. Coisas do passado.
GABRIELLE:
E se não for só isso? E se for algo nosso?
Silêncio. A fogueira estala. Xena olha o medalhão e o segura por um momento. Ela pisca…
VISÃO RÁPIDA:
Uma mulher de armadura dourada olha para outra com longos cabelos loiros, ambas numa varanda ao luar. Sussurros de um amor escondido.
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CENA 4 – NARRAÇÃO FINAL (VOZ DE GABRIELLE)
GABRIELLE (voz suave, reflexiva):
Alguns fios do destino são longos e retos. Outros se embaraçam, se rompem, desaparecem por séculos. Mas há fios que, mesmo cortados, se recusam a morrer… e esperam.
CENA FINAL:
Xena e Gabrielle, lado a lado, observam o medalhão entre as mãos. Ao fundo, as estrelas começam a brilhar no céu. Como se algo antigo estivesse despertando.
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Moral do Episódio:
O amor verdadeiro não se perde com o tempo — ele apenas dorme nos cantos da história, esperando ser lembrado.
Episódio 2 – O Oráculo e o Juramento
CENA 1 – AMANHECER ENTRE AS RUÍNAS
O dia nasce silencioso. Xena afia sua espada. Gabrielle observa uma inscrição semiapagada numa pedra antiga. Ao lado dela, o medalhão brilha com a luz do sol.
GABRIELLE (pensativa):
Aquela mulher… nas minhas visões… ela escrevia sobre promessas, Xena. Como se esperasse que alguém um dia as lesse.
XENA:
Pode ser só tua imaginação tentando dar sentido ao que viu.
GABRIELLE (olhando para ela):
E se não for? E se essa história… for parte da nossa?
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CENA 2 – CAVERNA ESCONDIDA – INTERIOR ESCURO E SAGRADO
Guiadas por um velho ancião da vila, chegam à entrada de uma caverna coberta de hera. Ele hesita.
ANCIÃO:
Essa caverna… não é só pedra. Dizem que o tempo não entra aí. Nem os deuses ousam mentir diante do oráculo que vive lá dentro.
Xena empurra a entrada com a espada. Gabrielle respira fundo e entra atrás.
Dentro da caverna, uma mulher de véu negro os espera sentada em um trono de pedra coberto de musgo. Não fala, apenas estende a mão para o medalhão. Gabrielle entrega. A mulher fecha os olhos.
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CENA 3 – FLASH DE MEMÓRIAS ANCESTRAIS
ORÁCULO (em transe):
Alexiane de Leontis… Thalassa de Eirenaios…
Filhas da primavera, separadas por orgulho de inverno.
O fio delas foi cortado pela lâmina da tradição…
Mas o juramento permanece.
Quando o amor delas renascer… os céus tremerão novamente.
Imagens surgem em flashes: duas jovens sorrindo ao pé de uma figueira, um beijo proibido sob a luz de uma lamparina, um anel sendo jogado ao mar.
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CENA 4 – SAÍDA DA CAVERNA
Gabrielle está em choque. Xena está calada, séria. O sol lá fora queima mais forte. O oráculo fala, pela última vez:
ORÁCULO:
Elas deixaram sementes no tempo… e agora florescem em vocês.
GABRIELLE (saindo):
Não é só uma história… somos herdeiras desse amor.
XENA (fria, protetora):
Gabrielle, não deixe um mito decidir o que somos.
GABRIELLE (dolorida):
E se não for o mito decidindo? E se formos nós lembrando?
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CENA 5 – CAMINHO DE VOLTA – PÔR DO SOL
Xena cavalga em silêncio. Gabrielle, ao seu lado, segura o medalhão com força. Ela olha para Xena, mas não diz nada.
Um vento forte sopra e folhas secas dançam no ar, como se o mundo prestasse atenção nelas pela primeira vez em muito tempo.
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NARRAÇÃO FINAL (VOZ DE GABRIELLE)
GABRIELLE:
Às vezes, a história não começa com uma guerra… mas com um sussurro esquecido.
Com dois corações tentando se reconhecer no meio do mundo.
A pergunta não é se somos parte de algo antigo…
A pergunta é: vamos continuar o que elas começaram?
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Moral do Episódio:
Há promessas que atravessam séculos, esperando que duas almas corajosas as cumpram — não por obrigação, mas por escolha.
Episódio 3 – O Templo da Lâmina Rosa
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CENA 1 – FLORESTA ANTIGA – CAMINHO DAS RUÍNAS
O som de galhos quebrando. A trilha é estreita, coberta por musgo e espinhos. Gabrielle segura o mapa com as mãos trêmulas.
GABRIELLE (ofegante):
Segundo as escrituras do oráculo… o templo da Rosa estava onde o amor nasceu… e onde morreu.
XENA (séria):
Amores antigos, Gabrielle, costumam deixar fantasmas. Cuidado pra não se apaixonar por um.
GABRIELLE (baixinho):
E se eu já estiver apaixonada por algo que não é do passado?
Xena para por um instante, mas não responde. O vento sopra, como se carregasse as palavras entre elas.
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CENA 2 – RUÍNAS DO TEMPLO – CLARÃO ENTRE AS ÁRVORES
As árvores se abrem para revelar um templo em ruínas. Restam colunas partidas e rosas selvagens crescendo entre as pedras. No centro, um altar em forma de coração de pedra rachado ao meio.
Gabrielle se aproxima devagar. O medalhão brilha sozinho.
GABRIELLE (murmura):
Thalassa… Alexiane… Vocês estiveram aqui.
Ela toca a rachadura do altar. Visões explodem:
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FLASH DE MEMÓRIA – O PASSADO
Alexiane, morena e altiva, ajoelha-se diante de Thalassa, oferecendo uma espada curta com cabo de rosa gravada.
ALEXIANE:
Prometo ser tua lâmina e teu escudo, mesmo quando o mundo me mandar lutar contra ti.
THALASSA:
Prometo escrever teu nome em cada silêncio. Mesmo quando minha voz me for arrancada.
As duas se abraçam. Atrás delas, sombras se aproximam. Guardas, familiares… o amor ameaçado.
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CENA 3 – DE VOLTA AO PRESENTE – TENSÃO
Xena observa tudo de longe, em silêncio. Gabrielle abre uma fenda sob o altar e encontra um fragmento de pergaminho, selado com cera antiga. Xena se aproxima devagar.
GABRIELLE (segurando o pergaminho):
Está escrito em verso…
“Se nossos nomes forem esquecidos, que nossas almas voltem a se reconhecer, onde quer que renasçam…”
XENA (tom baixo):
Você acha mesmo que somos elas?
GABRIELLE (encarando-a):
Não. Acho que somos nós… mas que o amor delas está aqui dentro… esperando.
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CENA 4 – ACAMPAMENTO AO LADO DO TEMPLO – NOITE
A fogueira ilumina seus rostos. Gabrielle escreve num pergaminho em silêncio. Xena limpa sua espada, mas seus olhos estão nela o tempo todo.
XENA (quebrando o silêncio):
E se estivermos apenas seguindo um roteiro? Um mito que quer se repetir?
GABRIELLE:
E se estivermos quebrando um ciclo? Finalizando algo que nunca pôde terminar?
Silêncio. As brasas brilham. Gabrielle sorri, quase triste.
GABRIELLE:
A história delas foi de amor e guerra. A nossa também. Mas… talvez a gente escolha diferente.
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NARRAÇÃO FINAL (VOZ DE GABRIELLE)
GABRIELLE:
Algumas histórias pedem pra ser esquecidas. Outras, pra serem contadas. Mas há aquelas… que vivem escondidas dentro do coração de quem ainda nem nasceu.
E quando florescem outra vez… o mundo respira mais fundo.
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Moral do Episódio:
Nem todo amor é reencarnação. Às vezes, é continuação. O que não pôde ser vivido antes… encontra um novo corpo, um novo tempo, para existir.
Episódio 4 – As Filhas de Leontis
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CENA 1 – CIDADE DE ARACTOS – MANHÃ
A cidade de Aractos se ergue imponente ao horizonte, com muralhas antigas que parecem resistir ao tempo. Xena e Gabrielle chegam a cavalo, observando a cidade com cautela. O som de passos ecoa pelas ruas estreitas e tortuosas.
GABRIELLE (observando ao redor):
Sinto que estamos indo fundo, Xena. A casa de Leontis… você tem certeza de que quer voltar a esse lugar?
XENA (fixa no horizonte, com determinação):
Não sou mais a Xena de Aractos. Mas parte de mim sempre será.
Elas param diante de um grande portão de pedra, com o símbolo de Leontis — um leão coroado — gravado. Xena respira fundo antes de atravessar.
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CENA 2 – A CASA DE LEONTIS – INTERIOR IMPONDERÁVEL
Dentro da mansão ancestral, os muros são cobertos por tapeçarias douradas e estátuas imponentes de guerreiros. Um servo antigo conduz as duas até uma sala repleta de livros e relíquias. Lá, uma sacerdotisa de idade avançada, vestida com túnica dourada, as aguarda.
SACERDOTISA (olhando para Xena):
Filha de Leontis… você finalmente retorna. O sangue não se apaga, minha senhora. Ele chama você.
XENA (fria):
Eu não sou mais filha de Leontis. O nome que carrego não me define.
SACERDOTISA (sorrindo com tristeza):
Você não pode apagar a herança que corre em suas veias, Xena. Você foi feita para carregar isso… como suas ancestrais. Mas há algo mais que você precisa saber. Algo que Alexiane guardou até o fim.
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CENA 3 – A CÂMARA SECRETA – DESCOBERTAS DO PASSADO
Xena e Gabrielle são conduzidas por um corredor escondido até uma câmara secreta no coração da mansão. Lá, sob um altar iluminado por velas, está um antigo pergaminho enrolado e protegido por correntes douradas. Xena hesita ao tocá-lo.
XENA (resmungando):
O que foi que Alexiane não queria que eu soubesse?
A sacerdotisa começa a recitar palavras antigas enquanto as correntes se desfazem com um estrondo suave. O pergaminho se desenrola e, quando Xena o lê, seu rosto se transforma.
SACERDOTISA (em voz baixa):
“Quando o fio se partir, quem for capaz de juntar as peças, será o verdadeiro herdeiro do amor perdido. Mas o preço a ser pago será alto, e o sangue das duas casas será derramado.”
GABRIELLE (assustada):
Xena… isso é o que aconteceu com Alexiane e Thalassa? Elas não conseguiram juntar as peças?
XENA (olhando para o pergaminho, com dor nos olhos):
Elas falharam… Mas o destino parece ter me trazido até aqui para tentar de novo.
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CENA 4 – JARDIM INTERNO DA MANSÃO – CONVERSA SINCERA
Xena e Gabrielle saem para o jardim. Xena está visivelmente perturbada, olhando para o medalhão em sua mão, que agora brilha mais intensamente.
XENA (com pesar):
Eu… não sei mais o que fazer com isso, Gabrielle. Eu sempre fugi da minha linhagem, das minhas raízes. Mas agora, parece que não posso escapar de quem eu sou.
GABRIELLE (aproximando-se):
E se isso não fosse sobre fugir, Xena? E se fosse sobre aprender a ser quem você é, sem se perder no peso do passado?
Xena olha para Gabrielle, os olhos suavizando, mas com a luta ainda visível em seu olhar.
XENA (sussurrando):
Eu nunca quis ser quem esperavam que eu fosse. Mas talvez… talvez eu tenha que ser agora.
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CENA 5 – O CONFRONTO COM A FAMÍLIA
O líder da casa de Leontis, um velho tio de Xena, aparece nas escadas da mansão, observando as duas com olhar penetrante. Ele se aproxima com uma expressão dura.
LÍDER DA CASA (com arrogância):
Xena… filha perdida. Não temos lugar para aqueles que desonram a linhagem. Você escolheu seu caminho. Agora é tarde para voltar.
XENA (firme):
Eu não vim aqui para pedir perdão, tio. Vim para entender. E talvez para finalmente dar um fim ao que Alexiane não conseguiu completar.
LÍDER DA CASA (rindo, cínico):
Alexiane sempre foi fraca. O amor delas… foi uma vergonha para nossa casa. Não é para ser revivido.
XENA (com raiva controlada):
A vergonha, tio, não está no amor. Está em tentar apagar o que não pode ser apagado.
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NARRAÇÃO FINAL (VOZ DE GABRIELLE)
GABRIELLE (com voz suave, reflexiva):
Às vezes, o peso do passado nos puxa para baixo, tentando nos manter presos a algo que não escolhemos. Mas há momentos em que precisamos confrontá-lo, olhar nos olhos do que nos define e, por fim, escolher quem realmente queremos ser.
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Moral do Episódio:
O passado nunca pode ser ignorado, mas ele também não pode definir o nosso futuro. Somos mais fortes quando reconhecemos quem somos, sem medo de nossas origens.
Episódio 5 – As Guardiãs do Ódio
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CENA 1 – A MANSÃO DE EIRENAIOS – NOITE
Luz fraca e cortante. O ar está tenso, carregado. Gabrielle e Xena, agora mais confiantes no propósito que as guia, entram furtivamente na mansão de Eirenaios. O ambiente é luxuoso, mas sombrio, com tapeçarias mostrando a história da linhagem da família Eirenaios – guerreiros, batalhas, conquistas. No centro, um grande retrato de uma mulher com expressão feroz e olhos penetrantes: uma ancestral de Gabrielle.
GABRIELLE (sussurrando):
Essa é a minha avó… Ela é… diferente do que me disseram.
XENA (observando as pinturas):
Parece que seu passado também está manchado de sangue.
GABRIELLE (olhando para o retrato):
Ela foi uma guerreira, mas suas ações… não foram exatamente heróicas.
XENA:
O sangue fala, Gabrielle. Mas só quem tem coragem de ouvir pode mudar o curso da história.
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CENA 2 – O ENCONTRO COM AS GUARDIÃS
Elas avançam até uma sala imponente, onde são surpreendidas por uma mulher de armadura negra, com um capô que esconde parcialmente seu rosto. Ao seu lado, outras duas guerreiras estão prontas para lutar.
LÍDER DAS GUARDIÃS (fria, com voz grave):
As filhas de Leontis e Eirenaios, juntas. O que esperam aqui? O que acreditam que encontrarão?
XENA (com a espada em mãos, calmamente):
Viemos atrás da verdade, e da nossa própria liberdade.
GUARDIÃ 1 (sorrindo ironicamente):
A verdade? A única verdade que você encontrará aqui é a história da traição. Da nossa linhagem. Da sua linhagem.
GABRIELLE (sem perder a calma):
Não queremos guerra. Só queremos entender o que aconteceu. O que destruiu nossas famílias.
As guerreiras se preparam para atacar, mas a líder, aparentemente reconhecendo a presença de Xena e Gabrielle, faz um sinal para que se retirem.
LÍDER DAS GUARDIÃS:
A história de nossas famílias está entrelaçada de um jeito que nenhuma de nós pode desatar. Mas saiba, Gabrielle… Xena… o ódio que corre em nossas veias é mais forte que qualquer tentativa de reconciliação.
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CENA 3 – O CONFRONTO NO JARDIM – FORA DA MANSÃO
Xena e Gabrielle se afastam da mansão, as guardiãs as observando à distância. Quando chegam a um jardim silencioso, Gabrielle para, olhando para Xena com uma expressão preocupada.
GABRIELLE (angustiada):
Eles têm medo de algo, Xena. Algo maior que o passado. O que é esse ódio tão profundo entre nossas famílias?
XENA (pensativa, olhando o horizonte):
Não é só ódio… É orgulho. A necessidade de controlar o que aconteceu, de não deixar que a verdade se revele. O medo de que o amor entre Alexiane e Thalassa possa ser maior que as tradições.
GABRIELLE (dura):
E se estivermos erradas? E se a história realmente tiver sido outra, mais… sombria? O que acontece se a verdade for mais destrutiva do que podemos suportar?
XENA (com seriedade):
O peso da verdade nunca é fácil. Mas a mentira… a mentira é sempre mais cruel.
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CENA 4 – O SEGREDO DOS CÓDIGOS ANTIGOS
Gabrielle encontra um antigo códice nas dependências da mansão Eirenaios, escondido em uma câmara secreta. O pergaminho está coberto de símbolos complexos. Ao analisá-lo, ela percebe que a chave para resolver o conflito está dentro dessas inscrições.
GABRIELLE (olhando para Xena, com uma descoberta):
Xena, olha isso. Este códice… Ele não é apenas uma crônica das batalhas. Ele fala sobre um pacto entre as famílias, que foi quebrado. Esse pacto foi a raiz do ódio.
XENA (pegando o códice):
E o que diz?
GABRIELLE (tentando traduzir):
“Quando o sangue das duas famílias for misturado sem a verdade, haverá ruína. O amor deve ser a chave, mas não pode ser forçado.”
Xena fica em silêncio, absorvendo as palavras. O peso do que está descobrindo a atinge com força.
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CENA 5 – O RETORNO À MANSÃO DE LEONTIS – NOITE
Após a descoberta, elas retornam à mansão de Leontis. O silêncio é denso. Xena não pode mais ignorar o que está acontecendo com sua linhagem, e Gabrielle percebe que a jornada delas não será apenas sobre amor, mas sobre uma responsabilidade ancestral.
GABRIELLE (olhando para Xena):
O que vamos fazer, Xena? A verdade está aqui. O que queremos fazer com ela?
XENA (olhando para a escura noite):
Não podemos permitir que o ódio de nossas famílias nos consuma. Temos que quebrar o ciclo, Gabrielle. E para isso, precisamos ir além do que é esperado de nós.
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NARRAÇÃO FINAL (VOZ DE GABRIELLE)
GABRIELLE (pensativa, em voz suave):
Às vezes, o ódio é mais fácil de carregar do que a verdade. Mas o peso da verdade… ele nos liberta, mesmo quando preferiríamos continuar com os olhos fechados. Quando duas almas se encontram, elas não podem ser separadas. Não importa o que suas famílias digam ou o que o destino tenha planejado. A única força que realmente importa é o que elas escolhem fazer com o poder do amor.
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Moral do Episódio:
O ódio é o veneno das famílias, mas a verdade tem o poder de libertar, mesmo quando parece destruir tudo ao nosso redor.