Epílogo
por Fator X - Legado
– Xena… Está bem, amor?
Gabrielle me encontrou na sala externa, olhando até o jardim pela janela.
– Sim, amor. – respondi distraída.
Passou o braço por minha cintura e percebi que tinha a cabeça em outro lugar.
– Desculpe, esta manhã tenho a mente centrada em outra coisa.
– Estou vendo, por esse semblante. – respondeu Gabrielle colocando-se na ponta dos pés para me dar um beijo na face.
Reconheço que isso fez que me sentisse melhor e meu sorriso lhe disse.
– Por que está tão séria e por que tão cedo?
– Não tem nada a ver conosco, meu amor. – beijei sua testa e a estreitei mais contra mim. – Temos visita. – afastei a tapeçaria para revelar um jovem que passeava pelo jardim de baixo.
Ele dava voltas de um lado a outro, se sentava uns instantes em um banco e então se levantava de repente como se tivesse muita energia que não podia controlar se sentando. Era alto, de cintura esbelta e ombros largos. O longo cabelo escuro caía sobre seus olhos e ao jogar a cabeça para trás, se via seus reluzentes olhos azuis. Quase todo o mundo lhe daria uns dezenove ou vinte verões, mas eu sabia que tinha vinte e três. De fato, lembrava o dia em que nasceu com surpreendente clareza.
Gabrielle olhou para o homem, então olhou para mim e vi que estava se perguntando coisas.
– Xena… Conhece esse jovem? – perguntou por fim.
Sorri, deixando a tapeçaria cair para voltar a cobrir a janela.
– Sim. – respondi. – É meu filho.
Fim