PRÓLOGO
por Maia CPRÓLOGO
Rose Tyler estava começando a se sentir exausta, estivera os últimos 5 minutos puxando, com o máximo de força possível, a alavanca da TARDIS que deveria tirar ela e seu amigo senhor do tempo da pocilga mal cheirosa e melequenta na qual eles se meteram.
– Rose! Eu não qu-eria te apre-ssar… Mas a situação tá começando a fi-car um pouco gosmenta aqui! – O homem gritou segurando a porta com as costas, tentando impedir que algo se forçasse para dentro da nave. Pelas frestas da porta brotava uma gosma verde amarelada que começava a vazar por cima do batente, escorrendo pelo rosto do homem magrelo.
– Eu tô fazendo o máximo que posso! Tá emperrada! – A mulher tentava jogar todo o seu peso para abaixar a alavanca e ativar os motores da nave.
– E-eu já disse, a TARDIS é u-uma máquina orgânica, só precisa de um in-centivo! – Disse o homem cuspindo parte da meleca que caia em sua boca, enquanto se forçava o máximo possível contra a porta. As investidas do lado de fora estavam ficando cada vez mais fortes e o chão, sob os pés do Doutor, cada vez mais escorregadios pela gosma.
Um grunhido de frustração e raiva saiu pela garganta de Rose quando ela soltou uma das mãos da alavanca e se curvou para deixar seu rosto paralelo ao console da máquina, a mão livre começou a acariciar a lataria.
– Vamos lá, belezinha, a gente precisa sair daqui. – Sua mão na alavanca deslizou para baixo, e Rose pode sentir o tremor dos motores ligando. – Isso!
– Ótimo, agora tira a gente daqui!!!
A nova pancada na porta foi tão forte que arremessou o Doutor para frente e o fez deslizar pela ponte de controle, parando-o ao lado de Rose, ele virou em direção à porta e, por impulso, sacou sua chave de fenda sônica do paletó e apontou para a monstruosidade melequenta que acabara de entrar na nave.
Rose não sabia exatamente o que fazer, ele nunca a ensinou como pilotar essa nave direito. Apertou um botão, puxou uma manete. Um pensamento de urgência lhe correu à mente, um pedido de ajuda, de repente pensou que precisava de um milagre ou talvez um herói.