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⚠️: Este trecho contém cenas de abuso, violência sexual e abandono de incapaz. Leitores sensíveis podem se chocar ou apresentar gatilhos.

Fanfic / Fanfiction Penumbra grega - O inverno mais frio

Gabrielle estava nua no aposento real. Depois que saiu da banheira com Xena, fizeram amor a tarde toda, parando apenas para comer. Gabrielle estava se sentindo extasiada por Xena. Nunca havia desejado tanto alguém assim. O magnetismo da imperatriz era surreal e parecia que algo fazia com que tudo à sua volta girasse em torno do cosmo daquela pessoa.

Gabi se sentia orgulhosa por ser a pessoa mais próxima do coração da conquistadora naquele momento e por mais que não tivesse certeza se Xena se sentia da mesma forma, ficou esperançosa depois da demonstração de ciúmes.

Nesse último mês a única coisa que pensava era em Xena e o quanto queria tê-la à sua volta o tempo todo. Se estava sozinha, pensava na imperatriz. Se estava com a imperatriz, não conseguia tirar os olhos dela. Como admirava aquela mulher, como queria ser como ela. Afinal, o que está acontecendo entre nós? Pensou Gabi.

A garota estava ao lado da mesa beliscando um cacho de uva. Xena e ela tiveram um bom momento juntas e agora seu estômago avisava que precisava comer. Com o cacho de uva, ela voltou mastigando para a cama.

Xena estava escorada na cabeceira, seu corpo nu estava coberto pela pele negra e ela lia um pergaminho com uma cara não muito boa.

-O que foi? – Gabi perguntou enquanto subia na cama e mordiscava outra uva.

-Nada. – Xena enrolou o pergaminho e sorriu para Gabi.

-Duvido que não seja nada. – Ela se aproximou de Xena e se ajoelhou. A imperatriz passou as mãos na cintura de Gabi e beijou o pescoço dela. Em seguida, a loira se ajeitou ao lado da imperatriz e colocou uma uva na boca dela.

-Não é nada de mais. – Respondeu Xena pegando a uva.

-Vou fingir que acredito.

Xena pegou mais uma uva e comeu ela enquanto olhava para um ponto fixo. Realmente havia algo de errado, mas não era nada concreto. Não queria criar comoção ou até mesmo se preocupar enquanto não tivesse certeza.

-Você sabe que pode me contar tudo, não é?

-Eu sei.- Xena tinha problemas de confiança. Não é como se ela tivesse culpa, afinal, metade do universo sempre tentava traí-la. -É que eu não sei o que pensar ou o que concluir, então eu prefiro ficar em silêncio por hora.-

-Hum…Tá bom, majestade.- Gabi riu e colocou mais uma uva na boca da imperatriz.

-Ursinha.

Gabi mostrou os dentes como se fossem presas e mordeu a boca de Xena, que riu e beijou os pequenos lábios com gosto de uvas roxas.

-Você está com cara de cansada.- Gabi falou depois que quebrou o beijo.

-Eu estou. Você demanda muita energia.

-AAAh…agora a culpa é minha. HA- Gabi provocou.

-Sempre é.

-Eu prometo te dar um folga.

-Não promete, não.- Xena puxou as pernas de Gabi para ela se deitar.-Retire o que disse.- Subiu nela e fez cara de má.

-Não….- A loira falou baixo.- Xena beijou Gabi e elas trocaram carinho por um tempo. 

Xena estava se divertindo com o que estava acontecendo entre ela e Gabrielle. Antes da garota chegar e mostrar algum interesse, ela estava se sentindo desanimada e com a autoestima baixa. Em sua juventude, diversas mulheres e homens saiam no tapa para passarem uma noite com ela, mas depois que os verões de imperatriz a tiraram energia, parecia que ninguém a olhava como antes.

Gabrielle chegou e fez o coração exausto de Xena trabalhar novamente. A quanto tempo não se via carente da atenção de alguém? 

-Você amou o pai de Solan? – A pergunta de Gabi de repente e tirou a imperatriz do transe.

-O que? Boraias? Não…não existia amor entre eu e ele.

-Então por que ficaram juntos?

-Eu sempre tive uma queda por homens maus.- Xena deu risada, mas Gabrielle não conseguiu achar graça.

-Então gostava dele pelo jeito?- A menina parecia com ciúmes.

-Nós brigávamos o tempo todo, Gabrielle. A única ocasião que nos davamos bem era no sexo e ainda sim foi por muito pouco tempo.

-Você já amou alguém?- Gabi perguntou.

-Não sei… Me apaixonar talvez. 

-Por quem?- Gabi perguntou mesmo sabendo que talvez pudesse se machucar.

-A filha de um duque…Mas ela me recusou. Tinha medo de se envolver com a imperatriz e criar um escândalo.

-E o que você fez?

-Eu a deixei em paz. Ela disse que eu não tinha tanta força e influência para dar conta de um relacionamento polêmico.

-Isso te chateou?

-Muito. Eu fiquei um bom tempo odiando ela. Mas hoje vejo que ela tinha razão.

-E onde está ela hoje? 

-Na índia. Se casou com um vizir e nunca mais a vi.

Por um momento Gabrielle se sentiu aliviada em saber que a mulher não estava por perto.

-Isso faz tempo então.

-Eu tinha acabado de me tornar imperatriz.

-Você acha que se fosse hoje teria influência para ter um casamento polêmico? 

-Eu não sei. Eu defendi meu trono de Octavios, mas parece ter oposição ainda. Se eu voltar a me estabilizar…. muito provável.- Xena estava deitada em cima de Gabi enquanto conversavam. – Você teria coragem de se casar comigo, Gabrielle? – A pergunta surpreendeu Gabrielle. Era o que ela queria ouvir, mas não contava que Xena perguntasse.

-Eu….

-Hein?- 

E agora? é seguro abrir meu coração?

Xena beijou a garota e falou em seguida:

-Não precisa responder. Daqui algumas luas, se a Grécia ainda estiver em pé eu volto a te perguntar.

Um alívio tomou conta de Gabi, mas ainda sim ela queria ter respondido. Quem sabe se tivesse dito que sim, teria descoberto mais sobre os sentimentos de Xena. Elas se beijaram e quando menos perceberam, estavam fazendo amor novamente. Um amor lento e sensual. 

*********************

O dia seguinte de Xena foi um tanto corrido até o período da manhã. Teve várias reuniões e Gabrielle estava ao seu lado registrando tudo. Xena finalmente recebeu a notícia que Solan havia escolhido ficar em Corinto e ser herdeiro legítimo da imperatriz. Uma notícia que deixou a mulher tão feliz que ela mal controlou a alegria. Passou o final da manhã com Kaleipus e ele confirmou que em dois dias partiria para casa.

Depois da manhã movimentada, a imperatriz começou a preparar e confirmar a cerimônia de Solan. Ele seria reconhecido como legítimo herdeiro e primeiro na linha de sucessão. O rapaz estava orgulhoso e mal podia esperar. 

As coisas se acalmaram no meio da tarde. Xena estava sentada em sua mesa no gabinete, com uma expressão séria e preocupada. Na sua mão havia um diário de um de seus sargentos que havia sido entregue no dia anterior. Ela lia atentamente e comia as unhas. 

Do seu lado esquerdo estava Gabrielle numa pequena mesa que formava uma extensão da mesa de Xen e escrevia convites especiais para uma cerimônia que seria entregue a cada nobre da Grécia. Ela estava concentrada e escrevia lentamente para manter a letra bonita e não cometer nenhum erro. 

A sala estava silenciosa e o único barulho era da chuva que batia no grande vidro que ficava logo atrás da mesa da imperatriz. Em determinado momento a chuva ficou mais forte e os pingos que batiam na janela chamou a atenção de Gabi. Ela olhou para trás e notou pelo vidro que a tempestade deixou o ambiente mais escuro. 

A jovem se levantou, pegou mais velas que estavam em uma gaveta e ascendeu. Colocou as velas perto dela e de Xena para que a luminosidade melhorasse, em seguida voltou a se sentar e continuar seu trabalho.

Uma vez ou outra olhava para a imperatriz e se sentia desconfortável com o rosto nervoso de Xena. Fosse lá o que estivesse lendo, não parecia nada bom. Xena parecia estar ignorando as pilhas de pergaminhos de sua mesa para ler exclusivamente aquele diário surrado e por mais que estivesse curiosa, não seria ela quem perguntaria.

Xena por sua vez, ignorava qualquer som e movimento à sua volta. Lia o diário e conforme absorvia as palavras, parecia que a gola de sua camisa ia apertando seu pescoço cada vez mais. Aquilo definitivamente não era bom. A leitura estava quase sufocante quando Zeus arremessou um raio na terra. Tanto Xena quanto Gabrielle pularam da cadeira. A imperatriz suspirou e bebeu um pouco de água, logo depois voltou para a leitura. Mais um raio caiu por perto e iluminou o gabinete, por mais que Xena tivesse escutado, ela ignorou dessa vez. Leu mais um pouco e outro raio brilhante e barulhento desceu do Olimpo. 

-Mas que merda.- A imperatriz olhou para janela e notou como a tempestade estava feia. -Até parece qu…- Xena ia terminar a frase quando olhou para Gabi e ficou surpresa com o que viu.

A jovem estava ofegante e suas mãos tremiam. Parecia que estava tentando manter a calma, mas a cada raio ficava mais difícil. Um outro raio caiu e ela pulou da cadeira, seus olhos se espremeram e Xena se preocupou.

-Você está bem?- Xena perguntou e o outro raio fez Gabrielle soltar a pena e tapar os ouvidos. -Gabrielle.- Xena pegou o braço da garota e fez ela se levantar. Gabi não respondia e começou a chorar. Um choro de pavor. -Amor?- A imperatriz ficou preocupada e nem notou a forma que chamou a garota.

Gabrielle agarrou Xena e começou a chorar. A cada raio o corpo dela contraia e apertava a imperatriz. Xena se sentou na sua cadeira com Gabi no colo como se fosse um bebê. Ela chorava e tampava um ouvido, Xena não sabia o que fazer e tudo indicava que Gabrielle tinha algum problema com raios. 

Deuses…o que será que aconteceu pra ela ter tanto medo assim?

Em toda sua vida, Xena pensou nunca ter visto uma chuva com tantos raios como aquela, mas quando finalmente parou, o ombro da sua camisa de linho estava molhada e Gabi soluçava. O tremor de seu corpo parecia vir debaixo da pele como uma espécie de descarga elétrica que não parava mais.

-Hey, está tudo bem.- Disse Xena balançando Gabi enquanto beijava sua cabeça. -Os raios não passam pela janela.- Gabi tomou fôlego e secou as lágrimas. -Já pararam de cair, não precisa ficar com medo.- Xena falou e Gabrielle olhou para ela com os olhos vermelhos. -O que foi isso?- Xena secou as bochechas molhadas com carinho e Gabi soluçava. -Vem.-

Xena levantou e passou a mão no ombro da garota. Elas saíram do gabinete e foram para o aposento real. Antes de entrar, Xena pediu para um dos guardas buscar chá na cozinha e em seguida se sentaram no sofá. A mulher deixou Gabrielle se acalmar antes de enchê-la de perguntas até que um empregado apareceu no aposento com uma bandeja de chá quente um tempo depois. Xena serviu a garota e ficou observando ela tomar a bebida quente lentamente. A chuva do lado de fora ainda caia, mas estava fraca agora.

-O que foi que aconteceu, querida?- perguntou Xena. 

-Eu… só tenho medo de trovões.- Gabi parecia desconfortável.

-Isso eu percebi, mas o que aconteceu para ter tanto medo assim?- Gabi olhou para o fogo da lareira e falou quase em um sussurro:

-Eu tenho medo que Zeus me puna.- Hein? (Xena)

-Como assim?

-Eu fiz uma coisa horrível, Xena.- Gabi falou e voltou a chorar.

-Hey… vamos lá. Por que não me conta primeiro e depois chora, certo? Eu fico aflita em te ver aos prantos e não poder fazer nada.- Xena falou enquanto tirava a xícara de chá de Gabi e abraçava ela.

Com soluços a garota se acalmou e continuou:

-Eu fiz uma coisa horrível… Você não vai querer saber, Xena.

-Vai por mim, de coisas horríveis eu ganho de você… Me conte e eu te digo se é realmente ruim.- Xena falou e Gabrielle tomou fôlego.

-A quatro verões atrás, eu estava cansada e desesperada. Eu ficava presa durante o dia todo e me soltavam somente de noite.- Gabi fez uma pausa. -Eu era usada todos os dias e às vezes por mais de três pessoas ao mesmo tempo.- Lágrimas começaram a escorrer pelos olhos de Gabi e Xena sentiu seu coração pesar. – Eu queria morrer. Foi quando uma das outras concubinas engravidou… ela teve um menino e o capitão do navio persa assumiu o filho e deixou que ela criasse ele. -Gabi secou as lágrimas. -Eu pensei que… talvez…se eu tivesse um filho ele me deixaria em paz e eu poderia criar o menino para ele…-Lágrimas começaram novamente. -Ele ficou tão furioso quando descobriu que eu estava grávida…

Xena parou de sentir suas pernas. O que Gabrielle estava contando era quase surreal e nunca imaginara aquilo.

-Ele me bateu tanto…- Gabi continuou em lágrimas.- e me jogou numa cela do navio… me deixou sem comer por três dias, eu pedia para que Zeus me tirasse a vida logo, foi então que ele voltou, me tirou da cela e disse que se a criança fosse menino ele criaria, mas se fosse menina… mataria a mim e a pobre criança.- As lágrimas não paravam. -Ele me deixou em paz pelo resto da gravidez… até que eu comecei a dar a luz…- Gabi começou a chorar loucamente e Xena abraçou ela. Os prantos de Gabi já denunciaram que aquela noite ela teve uma menina e o capitão provavelmente a matou, no entanto, Xena não via lógica no medo dos raios.

-Bom… isso não é algo horrível, vejo como algo inocente e imprudente, mas não foi você que tirou a vida da criança..-Xena falou.

-Mas foi eu quem engravidei… Eu fui tola achando que ele talvez se simpatizasse caso viesse uma menina… eu tirei a vida de uma criança, Xena…- Gabrielle voltou a chorar.

-E por que acha que Zeus puniria você? 

-Ele estava irritado na noite que a menina nasceu. O mar sacudia e quando minha filha foi tirada de mim eu nem sequer lutei, começou a cair raios por toda parte. Zeus estava furioso comigo, Xena.- Xena envolveu o corpo de Gabi em um abraço:

-Querida, Zeus jamais puniria você por ter esperanças de uma vida melhor. Ele deveria estar furioso com o maldito capitão ou alguém por perto.

-Você acha? 

-Tenho certeza. Zeus pode ser o Deus mais egocêntrico que você pode conhecer. Talvez ele estivesse só dando faniquito no Olimpo. Ele é ocupado demais para reparar nos humanos.

Gabi parou de chorar e foi se acalmando. Xena estava furiosa por dentro. Se tivesse ouvido essa história antes de punir o capitão do navio persa, ela teria feito a morte dele tão vergonhosa e dolorosa, quanto a de Octavius. Como podia alguém querer machucar um ser tão cheio de luz como Gabrielle.

-Confie em mim, querida. Se Zeus tivesse algo contra você, já estaria morta. Ele nunca te daria quatro verões por nada.

-Mas ainda sim eu errei com aquela criança, Xena. Eu nunca terei uma segunda chance com ela.- Gabi chorava nos braços de Xena.

-Você viu o que aconteceu com a criança?

-Ele entregou para um curandeiro e o homem sumiu com o bebe.- Xena pegou o rosto de Gabi e olhou séria para ela.

-O curandeiro do navio?- Gabi balançou a cabeça que sim e Xena arregalou os olhos.

-O que foi?- Gabrielle perguntou.

-Você se lembra como ele era?

-Era o único do navio. Alto, magro, pele escura, cabelo comprido e preso em tranças…-

-Eu não o puni, Gabrielle.

-Como assim?- Agora Gabrielle havia parado de chorar.

-Eu não matei o curandeiro do navio persa. Eu nunca mato curandeiros. Eu levei Phergus até ele e me falou que o homem tinha muito conhecimento em cura, então eu o mandei para Esparta. Meu exército espartano estava precisando de curandeiros. 

-Você acha que ele se lembra do que fez com a criança? 

-Talvez. Vocês estavam em alto mar?

-Não… estávamos atracados em uma ilha, mas não me lembro o nome.

-Gabrielle, talvez ele tenha vendido a criança. Persas só pensam em dinheiro. Ele atracou na ilha perto de você dar a luz?

-Sim.

-Se você deu a luz onde estou pensando, então eu acredito que tem muita chance da menina estar viva. 

Gabi olhou fixamente para Xena.

-Eu te prometo que vou fazer o máximo para encontrar o rastro dela.

-Promete?- Gabi perguntou com os olhos cheios de lágrimas.

-Prometo.- Xena beijou a testa de Gabi e a garota choramingou enquanto era sacudida.

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Xena deixou Gabrielle no aposento e voltou até o gabinete. Ela estava com Mioll, duque de Loyola, um mercenário da máxima confiança dela e Solan. 

-Vocês já devem imaginar o por quê estão aqui.- Todos balançaram a cabeça. -Eu quero saber se as informações que chegaram até mim são reais. Se forem, eu quero poder me defender o mais rápido possível.

-Tudo indica que é real, majestade.

-O que está acontecendo? – Solan perguntou. Xena chamou ele até o gabinete para que assistisse a reunião e começasse a interagir com assuntos políticos.

-Uma guerra está prestes a explodir, meu jovem.- Disse o duque.

-Meridan. Você vai com Mioll até Esparta. Sua função principal é proteger ao máximo os arquivos que vou te dar. 

-Sim, majestade.- O homem barbudo de quase dois metros bateu no peito.

-Eu sei o quão arriscado é viajar nessa época do ano, por isso eu quero que você escolha três de seus melhores soldados para ir junto, Mioll. Eu jamais colocaria você em risco se duvidasse da sua capacidade.

-Eu sou uma nórdica, majestade. Fui forjada pelo frio do reino dos gigantes.- Mioll falou com orgulho.

-Loyola vai assumir seu lugar enquanto estiver fora. E você, Meridan. Quero que seja acompanhado por algum companheiro de sua  altíssima confiança. Essa missão não pode falhar. Precisamos começar isso antes do inverno, quero que minhas mãos estejam cheias de piões antes da primavera.

-Nosso inimigos vão cair, majestade.- Meridan respondeu. 

-Muito bem. Todos estão dispensados, exceto você, Meridan.

Todos saíram, menos Solan e o brutamontes.

-Depois que você entregar os documentos nas mãos do sargento, eu quero que faça algo especial para mim. Leia essa carta e vai encontrar tudo o que quero. Encontre o homem e quando voltar, seu bolso vai ter mais dinares do que combinamos.

-Como deseja, majestade.

Meridan saiu do gabinete e Xena se sentou. As coisas iam ficar feias na Grécia na primavera. Ela teria que ser mais rápida e agir ainda no inverno. Seria o maior risco que ela já havia corrido, mas ainda sim, seus inimigos estavam contando em encher a barriga de sopa no inverno e lutarem na primavera. Ela faria com que eles caíssem um por um e fossem enterrados pela neve.