Capítulos
- Na semana seguinte à sua mudança para o prédio da escola Lúcia recebeu visitantes que lhe deixaram extremamente feliz. Numa quarta-feira à noite, após terminar seu expediente na secretaria e dirigir-se para o quarto percebeu um bilhete deixado por debaixo de sua porta. Dizia o seguinte: "Hoje vamos bater um papinho? Traremos bolo e refrigerante! Tuas amigas de sempre". Lúcia sorriu e sabia bem de quem se tratava. Tomou um banho rápido e esperou suas visitantes. Depois de cerca de meia hora ouviu…
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- Era dia dez de setembro e o dia havia amanhecido nublado. A Irmã Diva auxiliou Ana a entrar no fusca do convento que a conduziria até o consultório do Dr. Medina. O médico retirou os pontos do rosto de Ana que já estava quase com a cor normal. Havia apenas alguns pequenos resquícios dos hematomas no lado esquerdo do rosto. As fraturas necessitariam de mais algum tempo até consolidarem-se. Até lá Ana estava proibida de fazer maiores esforços físicos. A retirada dos pontos revelou um trabalho de…
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- Não muito longe dali uma sonora risada ecoou numa sala luxuosa de um apartamento de cobertura. Três homens de ternos escuros e porte avantajado observavam a explosão efusiva daquele homem de meia idade, estatura mediana, cabelos ralos ajeitados com gel, terno Armani, sapatos cuidadosamente engraxados, camisa de seda púrpura e um enorme anel de ouro com uma pedra vermelha no dedo mínimo da mão direita que ostentava uma unha comprida e lustrosa devido ao esmalte incolor. Na lapela um cravo branco…
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- O outono chegou trazendo temperaturas mais amenas e um colorido ocre amarelado à vegetação. Tal paisagem cedeu lugar ao inverno, com suas cores cinzentas e introspectivas. Era assim que Ana vinha se sentindo. No primeiro dia das férias de inverno Lúcia colocou seu abrigo de serviço e apresentou-se no refeitório com as vestimentas de "ajudante de Ana". A morena ao entrar no amplo salão não conseguiu conter um sorriso de orelha a orelha ao ver aquela figura a lhe sorrir de mãos na cintura: - Isso…
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- O sábado se descortinou límpido e sem nuvens. Pela manhã Ana não viu nem a sombra de Lúcia. Durante o almoço perguntou-lhe discretamente onde havia estado. - Na capela, rezando. – respondeu a loirinha. - Toda a manhã? - Sim. - Mas, garota, o dia tá lindo! Vai dar uma volta de bicicleta, sem atropelar nenhuma galinha, é claro. Lúcia nem sorriu do comentário espirituoso e respondeu baixinho: - É que a Irmã Teodora mandou... - E ela lá tem esse poder? Mais que isso, ela não tem o…
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- No dia seguinte Ana acordou cedo e se pôs a trabalhar novamente na escola. Calculava que teria ainda mais sete ou oito dias de serviço naquele local, até que tudo ficasse em ordem, como a Madre havia lhe pedido. Ana costumava trabalhar cabisbaixa e compenetrada, sem se dispersar nem tão pouco fazer "corpo mole". A Madre Lídia admirava essa qualidade que vinha observando em sua nova funcionária. Na manhã de quarta-feira, enquanto observava Ana em sua atividade, sem que esta última percebesse sua…
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- Passava um pouco das quinze horas quando Ana estacionou numa travessa pouco movimentada no centro de Canoas. O verão estava no auge e o mormaço deixava o ar carregado. Nem sequer uma brisa corria naquela tarde escaldante, fazendo com que as árvores permanecessem inertes, como que guardando energias para sobreviver à previsão de longa estiagem para o estado do Rio Grande do Sul. Ana trancou a porta do veículo, pegou uma leva-tudo com seus documentos e dirigiu-se para uma das ruas principais, parando…
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- A praça da pequena cidade do interior vibrava com o som das sanfonas, triângulos e violas. Bandeirinhas coloridas cortavam o céu noturno, tremulando com o vento que trazia o cheiro doce de milho cozido, canjica e maçã do amor. As luzes amareladas das barracas criavam sombras dançantes no chão de terra batida. Rebecca encostou-se majestosamente com seus 1,80 de altura em um dos postes de madeira, os braços cruzados, o chapéu de palha projetando uma sombra discreta sobre os olhos. Vestia uma camisa…
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- Gabrielle, Você estava linda no altar… Que homem de sorte é o Perdigas… Espero que vocês sejam muito feli… ... … Gabrielle, Você sabe que eu não sou a pessoa mais expressiva do mundo. E a ideia de escrever essa carta veio nesse contexto. Não seria capaz de olhar nos seus olhos e dizer o que sinto de verdade. Não conseguiria dizer que meu mundo desmoronou quando você disse “aceito”... Algo me diz que quando você estiver lendo isso já estaremos muito distantes…
- 511 • Oneshot
- (Uma carta de Gabrielle para Xena)❣️🏹 --- A estrada de terra que levava a Potedeia parecia menor do que Gabrielle lembrava. As árvores que um dia a assustaram com sombras longas agora apenas murmuravam com o vento. O portão da casa de infância rangia da mesma forma, mas nada ali era igual. Entrar ali novamente, depois de tanto tempo, era como atravessar um pergaminho velho com cuidado, temendo que as memórias se desfizessem ao toque. Ela passou os dedos pelos batentes da porta, reconhecendo…
- 618 • Oneshot
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