By Xena’s Little Bitch

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Disclaimer: Eu não possuo as personagens. Apenas amo escrever sobre elas. Nessa história há cenas gráficas de Sexo entre mulheres, então se a idéia de Xena e Gabrielle se contorcendo juntas apaixonadamente não te excita, ou por alguma razão é ilegal de onde você lê, não leia a história.

Descrição: É uma história de primeira vez e um fim alternativo pra “Back in the Bottle”.

Diacho! Não deixe ninguém dizer que eu, Gabrielle de Potédia, não sou uma barda! Ao longo do tempo eu tenho sido conhecida por muitos nomes e títulos. Eu fui chamada de Rainha Amazona, Arcanjo, A Traidora. E eu tenho sido muitas coisas também: guerreira, campeã da paz, mãe e avó de demônios – e na verdade o próprio demônio uma ou duas vezes. Mas nunca deixe ninguém dizer que eu não tenho sido uma barda.

Há vezes em minha vida que coisas acontecem. Coisas terríveis, coisas maravilhosas. Ou a vida passa tão rápida a sua volta que você mal pode aproveitá-la. Há vezes em que não se tem tempo de registrar isso, de tirar as coisas à parte e analisá-las. Não há tempo pra se enfeitar, trazer à vida novamente, para os outros, com palavras.

E então, há aquelas vezes que você conhece uma pessoa e algo que eles dizem, ou que você diz te lembra da pessoa que você costumava ser, te lembra de algo sobre si mesma que você esqueceu quando a vida te enrolou em confusão e dor. De repente você lembra-se da essência de quem é que ela está ali o tempo todo. Recentemente isso me aconteceu por duas vezes, e a essas duas pessoas, eu agradeço pela colaboração acidentalmente dada.

À Amarice, por me lembrar que eu não estava – quando nos conhecemos – agindo como uma guerreira. As palavras dela me ferroaram e agitaram algo em meu coração, me lembrando que eu sempre fui o tipo de pessoa que lutaria pelo que acredita, que eu sempre fui o tipo de pessoa que colocaria meu corpo físico em risco pra proteger os outros, e que de fato, eu deixei minha casa pra ser uma guerreira, “igual Xena”.

E à Lin Chi, por mencionar a “contadora de histórias” que viajava com Xena, por me lembrar que eu era ela, A Barda. Aquela que escreveu, que criou, que declamou. Eu sempre amei contar histórias, sempre, e com tudo que eu vivi eu posso contar histórias que realmente podem mudar a vida das pessoas. Então, obrigada, Lin Chi por me lembrar disso e por outras coisas tão facilmente recusadas.

Eu fingi ser eu mesma quatro anos atrás e agora olho pra mim mesmo e imagino: Como eu me tornei uma guerreira tão extraordinária e como eu perdi minha alegria? Simplesmente vivendo essa vida com Xena? Certamente isso me trouxe o grande orgulho de ser forte, autoconfiante, uma verdadeira guerreira. Menos a alegria que eu poderia encontrar novamente.

Essa é a barda como ela é hoje. Uma mulher que viu tantas coisas que não pode imaginar que restou muito pra se ver. Uma mulher que conheceu o melhor e o pior nas pessoas, que viajou através do tempo e do espaço, que deu a luz e matou, que foi ao inferno e voltou, e chorou e dançou e curou e viu sua morte profetizada, a viveu e voltou pra escrever sobre isso. Quando há conflito, as vezes eu fujo, as vezes eu converso, mas quando é inevitável, eu não sou mais alguém pra ser resgatada.

Então, eu acordo cedo e corto madeira por horas até o amanhecer. Tudo é verde escuro, marrom e esmeralda. Emergindo das árvores eu vejo a caverna onde Xena e eu acampamos. Fumaça flutua de uma chaminé rochosa e se mistura com a neblina. Eu levo alguns troncos pra caverna, e ali está ela, dormindo sonoramente numa pilha de peles. Olhando pra sua barriga não posso deixar de imaginar o que ela carrega. Eu acredito nela quando ela disse que isso não foi concebido pelos meios usuais. Este não é um bebê usual. Eu imagino que ele não é nosso pra se manter, e não posso compartilhar isso com ela, ela que dorme profundamente, que parece tão linda e em paz. Ela quer tanto fazer a coisa certa dessa vez, ser mãe. Certamente eu não posso ser a pessoa a lhe dizer que esse pode não ser o plano.

Devo considerar a outra coisa que Lin Chi me lembrou. Não simplesmente de Pérdicas, mas dos homens. Ele é o primeiro homem por quem me senti atraída e disse não, por causa de Xena. Parecia tão correto. Por causa do que eu tenho com ela, não por causa do que não tenho. Ao longo do tempo se tornou claro para mim que eu desisti da possibilidade de outros relacionamentos, me compromissando com ela. Mas quando encosto-me a seu corpo a noite, o conforto que ela me dá deixa as fronteiras claras. Eu não sei por que, mas elas estão ali e parece inimaginável cruzá-las.

E ainda assim. E ainda assim, talvez essa seja a chave do que me atormenta. O sentimento de que eu sacrifiquei algo. Eu desisti do amor romântico, eu desisti daquela atividade não familiar que os outros conversam sobre nas tavernas que passamos. Mas se eu pudesse fazer com Xena, o que eu desisti pra estar com ela… Bem, eu não mereço isso? Noites de paixão, os olhos de Xena brilhando, escuridão, os braços fortes dela em volta de mim. Eu tenho imaginado essas coisas novamente, e novamente.

“Bom dia Gabrielle” ela diz, me olhando.

“Bom dia.Dormiu bem?”

Eu a vejo me olhando fixamente, minimamente vestida em minha nova roupa, meus músculos brilhando de suor, meu cabelo espetado e desalinhado. Eu imagino que isso a atrai. Eu imagino.

“Sim, como um bebê.” Ela sorri e dá uma batidinha no cobertor ao lado dela “Venha aqui. Estou com frio”

“Estou suada”

“Entre aqui” ela diz daquele jeito que ninguém pode resistir. Ela segura o cobertor e finge uma carranca. “Estou esperado…”

Então eu vou até lá e me aconchego contra a barriga dela.

“Esta coisa está enorme” eu digo.

“Verdade” ela diz, fechando os olhos e acariciando sua barriga.

“Mais quente?” eu pergunto .O cheiro dela quando ela acaba de acordar está além das palavras. Eu o aspiro e abro meus olhos olhando para os dela, quentes e azuis, me encarando.

“Muito mais quente” ela diz, me puxando pra seus braços e o cobertor sobre minhas costas. Deitamos-nos cara a cara, ela inclina o rosto e beija a ponta de meu nariz. Seus lábios são tão quentes e meu nariz se sente… bem, amado.

“Xena!” eu exclamo.

Ela ri pra mim “O que?”

“Você beijou meu nariz”

“Eu deveria pedir desculpas?”

“Nah. Apenas me pegou de surpresa” mais que uma vez eu pensei em como trazer isso a tona, como dizer que estou feliz em estar com você, que nós temos tudo, exceto…

“Sua vez” ela diz. Afastando o rosto. Eu deveria estar acostumada a isso, mas ás vezes…

“Okey. Me diga as regras e eu tomarei minha vez”

“As regras… deixe-me pensar… eu beijo você, você me beija, e assim por diante”

“Entendi” minhas mãos colocada gentilmente no couro sobre seu estomago, eu fecho meus olhos e suavemente beijo a pele de sua bochecha, próxima a sua boca.É somente meu primeiro movimento, eu digo a mim mesma, se eu tiver outra chance, eu serei mais corajosa. “Sua vez.”

“Pense Xena, estratégia” ela diz enrugando a sobrancelha numa expressão de concentração Eu a observo fechar os olhos e fecho os meus. Sinto o beijo dela roçar a borda de meu lábio. De repente parece que aquela parte de minha boca e meu coração são as únicas partes de meu corpo que não amortecem, e de fato elas estão em chamas. Eu abro os olhos e eu a ouço dizer numa voz que nunca a vi usar antes, “Sua vez”.

Okay. Minha vez. A guerreira e a barda dentro de mim não têm discordância sobre como isso deve ser jogado. Eu olho a boca dela, fecho meus olhos e a beijo. Apenas pressiono meus lábios nos dela com ternura que mal posso controlar. Eu afasto minha cabeça e a olho. Os olhos dela estão infindavelmente profundos no escuro da caverna, e ela pausa antes de falar.

“Você ganhou” ela diz, ainda com aquela voz “Quer jogar de novo?”

“Sim” eu digo, imediatamente sem pensar, “Sim. A vencedora vai primeiro?”

“Uh-huh”

“Certo.” Sim, eu gosto desse jogo. Apenas entrarei nele. O que os seguidores de Athenas, a Vitoriosa diriam? Faça isso!

Eu aproximo meu rosto do dela, e ela também leva seu rosto em minha direção.

“Está trapaceando?” eu pergunto quando nossos lábios estão minimamente separados.

“Não, não” ela murmura, quando toco meus lábios nos dela “Isso está totalmente dentro das regras.”

De repente minha língua está dentro de sua boca e a dela está na minha e o beijou foi além do limite de qualquer coisa que eu já tivesse experimentado. Eu nunca tinha beijado antes desse momento e isso estava além de qualquer expectativa… Os lábios dela eram tão quentes e suaves, mesmo quando eu sinto sua força tentando me puxar, seu desejo de ter cada parte de mim, eu sinto a sua ternura. Os lábios dela são como, como… como… diferentes de tudo. Xena está me beijando e todos os pensamentos deixaram minha cabeça. Isso é tão maravilhoso, não é um jogo e eu tenho minhas mãos por todas as costas dela e…

“Xena” eu sussurro, minha boca, de repente em seu ouvido.

“Gabrielle”

“Por favor…me diga que não é mais um jogo”

“Não é um jogo” ela segura minha nuca com a palma da mão e novamente tudo que sinto nesse mundo é minha nuca e sua palma.

“Ah…suas mãos” eu suspiro.Ela as pressiona ao longo dos músculos de meu abdômen, e eu me pressiono contra elas.

“Olhe em meus olhos Gabrielle”

Eu o faço.

“Não volte atrás.” Ela diz.

“Nunca”.

Xena sorri.

“Eu realmente gosto do seu sorriso” eu sou obrigada a dizer.

“Sim” ela sussurra e começa a me beijar novamente. Minhas mãos estão emaranhadas em seu cabelo e eu a sinto alcançar minhas costas e abrir meu top. A diferença é incrível. A sensação das mãos dela, do couro dela contra meus seios nus é como o cheiro da grama cortada, como o gosto de um doce creme fresco, como se eu nunca tivesse seios antes em minha vida. A sensação é irresistível, clara e linda. De repente eu sinto nosso beijo atingir um nível mais profundo, como se já estivéssemos fazendo amor, como se tivéssemos dado o próximo passo e não estou certa de qual ele é. Eu não sei o quão sensível a barriga dela está, eu não sei o que devo fazer a seguir.

“O que foi?” ela sussurra “Eu fiz algo errado?”

“Deuses, claro que não.Eu só…Eu posso te despir?”

Um sorriso como um raio de sol aparece em sua face. Eu disse a coisa certa! Com tanta paciência quanto posso ter, eu afrouxo os laços de seu corpete. Logo, ela está nua, Xena, nua, grávida, diante de mim, iluminada pela luz da fogueira, com uma expressão de desejo em seu rosto tão puro e tão único… Eu posso dizer que esse olhar, esse olhar, ela guardou só pra mim.

“Você é atordoante” é tudo que posso dizer. De algum modo tudo que passamos a fez mais linda para mim. Vê-la como um demônio, desesperada por meu amor e aceitação, sem memória, ingênua necessitada de minha proteção, uma mulher da qual igualmente eu tive que chegar ainda mais perto pra estar numa batalha. Todas essas coisas somente contribuíram com meu amor por ela, enorme, como já era antes.

“Você também é. Como sempre, mas muito mais agora”

“Eu estava justamente pensando isso sobre você” eu digo.

Xena coloca as mãos no chão e se aproxima mais de mim. Ela estende o pescoço como uma gata e captura minha boca na dela. Sua língua em minha boca, agora atrás de minha orelha, sussurrando aquelas palavras que ouvimos em tavernas, que agora tem um novo significado, que agora adicionam camada após camada de excitação em mim. Xena está praticamente ronronando agora, roçando a lateral de seu rosto contra o meu, e ela continua se aproximando, me fazendo deitar tão suavemente e lentamente nas peles. Uma vez que ela me tem deitada, ela abre os olhos e me olha. Sua face é branca, seu cabelo caindo em volta, e ela está sorrindo como uma criança de cinco anos com um segredo bom demais pra não compartilhar.

“Você é preciosa” eu digo.

“Sou tão apaixonada por você Gabrielle” ela diz, e seus lábios cobrem os meus. Suas mãos acariciam meu corpo, as peles em nossa volta caíram ao chão, mas não nos importamos. Na verdade tenho certeza que ela nunca esteve com frio. Xena, com suas mãos sobre mim, uma presa tão fácil. Eu seguro seus seios em minhas mãos, tão maiores do que antes. Ela ofega quando os toco. Eu ouço meu próprio gemido de prazer ao toque. Ela pressiona os lábios contra meu pescoço e suga minha pele. Meu prazer é tão intenso e a sensação das mãos delas em meus cabelos é quase paralisante. Xena coloca um joelho entre minhas coxas e eu me fricciono contra ela.

Os beijos dela são selvagens agora e de algum modo sou compelida a mover minha mão lentamente dos seus seios para o ponto entre suas pernas que irradia calor. Eu a toco lá.

“Uhhn” Xena geme em minha boca “Ahh” . Ela é minha. Quando mexo minha mão ela se move contra ela e sua barriga esbarra contra a minha a cada caricia. Os sons que ela faz são alem do imaginável. Eu abro os olhos enquanto ela me beija, tentando focalizá-la, mas mesmo como uma mistura de azul e preto ela é linda. Eu sinto a excitação dela crescer quando ela agarra meus ombros pra se amparar e quando seu clímax se aproxima, o meu também.

“Quem eu sou?” eu sussurro com urgência.

“Gabrielle” ela suspira, “Gabrielle,” e eu observo ela gozar, a visão de sua face cheia de êxtase. Ouvir meu nome dos lábios dela, tão quente e apaixonadamente, me leva a meu limite também. Como uma onda da maré se quebrando, alguém escreveu uma vez, igualzinho.

“É o suficiente, ser apenas Gabrielle” eu a pergunto quando consigo falar. Eu deito de costas minha cabeça inclinada de lado, olho em seus olhos, minhas mãos nas delas.

“O que você acha?” ela pergunta com seus olhos úmidos e brilhantes.

“Acho que talvez seja.”

Então eu sento diante da fogueira essa noite, escrevendo impetuosamente num pergaminho, coberta de suor e essência de nosso amor. Deixe-me tentar novamente, de onde comecei essa história, e o fim será levemente diferente.

Diacho! Não deixe ninguém dizer que eu, Gabrielle de Potédia, não sou uma barda, nem que não sou uma guerreira, nem que eu não sou, de uma vez por todas, o amor de Xena, a Princesa Guerreira. Deixe saberem disso através das terras, que eu sou somente isso: Gabrielle.

The End