Fanfics sobre Xena a Princesa Guerreira

    Capítulo 11

    O relógio marcava que já passavam das seis quando a natureza puxou Rose de seu cochilo. Olhos verdes sonolentos se abriram e se focaram sobre a mulher adormecida debaixo dela. Levou alguns minutos para livrar-se do quebra-cabeça humano que elas haviam formado durante a noite.

    Depois de uma rápida viagem ao banheiro, Rose colocou as muletas e foi à cozinha preparar uma jarra de café. Servia o líquido fumegante em duas xícaras no momento em que Ronnie entrou na cozinha. “Bom dia. Pensei que gostaria de um pouco de café”.

    “Humm, sim obrigada”. A alta mulher se aproximou e envolveu seus braços por trás ao redor de Rose. “Bom dia, amor”. Pressionou seus lábios na cabeça da jovem mulher. “Tenho que pegar minha mãe em um par de horas”.

    “Então definitivamente precisa de seu café”, Rose disse, lhe entregando as duas xícaras. “E me dar um beijo de bom dia, isso seria o correto”.

    Ronnie mexeu sua cabeça. “Humm, hálito da manhã. Nada de beijos até depois de escovar meus dentes”.

    “Correrei o risco”.

    “De verdade?” Uma sobrancelha se levantou um pouco quando deixou as xícaras abaixo. Dando a volta, tomou primeiro uma muleta, depois a outra, e as colocou ao lado antes de pegar Rose em seus braços. “Então você quer um beijo de bom dia, humm?” Baixou sua cabeça e focou todo seu amor em uma série de suaves beijos. Mordeu e persuadiu com seus lábios até que sentiu a boca de Rose se abrir para ela. Ronnie engoliu um suave gemido quando sua língua explorou o interior da boca da jovem mulher. “Oh, sim, queria isto, não é assim?” Para sua completa surpresa sentia uma insistente língua empurrando dentro de sua própria boca. Agora foi a vez da executiva gemer. Quando se separaram, foram vários segundos antes que sua respiração voltasse a um manejável nível. “Assim?”. Perguntou com voz rouca. “Este tem sua aprovação para um beijo pela manhã, Srta. Grayson?”.

    “Oh, sim, muito agradável”. Rose se erguei para outro rápido toque de lábios antes de alcançar suas muletas. Beije-me assim cada manhã e serei feliz para sempre. Contra a vontade, seu corpo inteiro gritava por mais contato. “Melhor beber seu café antes que esfrie”.

    Ronnie olhou o relógio. “Preferia passar o dia com você, você sabe”. O agudo som do telefone delineou um cenho da executiva. “Eu atendo esta. Com minha sorte é provável que Susan tente evadir de tratar com mamãe hoje”. Pegou o telefone. “Residência Cartwright… Sim, bom dia para você também, irmã. O que aconteceu?”. Rose olhou como as sobrancelhas escuras franziam em desconcerto. “Humm, humm, ela está acordada… não, nós acabamos de levantar e estamos tomando café”. Agora a testa se elevou e os olhos azuis se prenderam nos olhos verdes. “Bem,… com certeza, isso soa bem para mim. Deixe-me lhe perguntar, espera”. Ronnie sustentou o telefone sobre seu peito. “Susan quer saber se você gostaria de sair para tomar o desjejum”.

    “Hum, com certeza”. Seria a primeira vez que sairia da casa com exceção das consultas com seu médico e o funeral. Observou um sorriso cruzar o rosto de Ronnie.

    “Com certeza, soa bem, Susan”. Elas combinaram os detalhes enquanto Rose bebia seu café. No momento em que Ronnie desligou, seu café havia esfriado bastante para ser bebido em quatro longos goles. “Devemos ir agora. Acredito que chegaremos lá em uns quarenta minutos. Vou até lá em cima e me vestirei”. Recolheu a xícara vazia de Rose y a deixou com a sua na pia. “Pode me fazer um favor?”.

    “O que quer que seja”, a jovem mulher respondeu.

    “Usa aquela camisa cor oxido”. Um sorriso tímido véu aos lábios de Ronnie. “Acho que você fica realmente encantadora com ela”.

    “Não acho que nenhuma de minhas saias combine com ela”.

    “A calça cor caqui combina. Tenho certeza que a perna é bastante larga para liberar o molde”.

    Rose sorriu. Quando havia aberto aquelas roupas no Natal pensou que combinavam. Também sabia que Ronnie tinha uma queda por aquela camisa em particular. “Está bem, mas isso vai lhe custar um preço”.

    “Custar-me um preço?” O desconcerto virou diversão quando viu o calculado sorriso.

    “Terá que usar aquela camisa cinza de algodão e os jeans negros”.

    “Os largos ou os justos?”.

    “Os justos”. Rose percebeu como poderia ter sido tomado e se ruborizou. “Só acho que ficam bem em você”. Murmurou, afastando o olhar quando suas orelhas viraram inclusive mais brilhantes que a tonalidade do vermelho.

    “Hum, hum”, Ronnie sorriu maliciosamente. “Você fica linda quando se ruboriza, você sabia disso?”.

    “Você já me disse isso antes”.

    “Isso ainda é verdade”. Aproximou-se da mesa e abaixou até que seus olhos estivessem ao nível dos da jovem mulher. “Na realidade, a verdade é, que é linda em qualquer momento. Com ou sem rubor”. Inclinou-se e deu um beijo no rosto de Rose. “Vamos, estou faminta”.

    ********

    “Posso trazer às senhoras algo de beberem para começar?”. A garçonete lhes perguntou. As três mulheres estavam sentadas na mesa, Susan sentada sozinha em um lado. Rose abriu sua boca, mas antes que pudesse pronunciar um som, Ronnie falou. “Café neste lado e para ela chá… limão, sem creme. Estaremos prontas para pedir quando a senhorita voltar”.

    “Volto em seguida com suas bebidas”.

    “Já sabe o que vai querer?”. A executiva perguntou sem levantar o olhar de seu menu. Deu um suave toque por de baixo da mesa em Rose para que ela soubesse que a pergunta era dirigida a ela.

    “Hum…” Explorou o menu, observando com grande alarme os preços abaixo no lado direito. Seis dólares e cinqüenta centavos por dois ovos e pão? Dois e noventa e cinco pelo café? Seu apetite reduziu em proporções diretas aos preços. “Acho que realmente não estou tão faminta. Talvez só uma torrada e café”.

    “Oh não, Rose”, Susan disse. “Tem que provar seus ovos Benedict. É o melhor de Albany, lhe juro”.

    “Não, estarei bem com as torradas, tenho certeza”. Sabia sem precisar olhar que era a receptora de uma inquisitiva olhada de Ronnie. Talvez se esqueça de meu estômago se queixando antes. A garçonete voltou com suas bebidas e quando haviam sido servidas olhou na expectativa a Ronnie.

    Com um assentimento de sua cabeça, a mulher de cabelo escuro indicou a Rose. “Ela tomará dois ovos, com pão torrado, picadinho de carne de alcatra e batatas fritas. Eu tomarei o mesmo exceto que quero bacon em vez de picadinho e meus ovos dever estar bem cozidos. Susan?”.

    “Tomarei uns waffes belgas com morango e creme”.

    “Correto, lhes trarei sua comida logo”.

    Rose olhava para Ronnie de boca aberta. “Disse que estaria bem com uma torrada”.

    “Susan, você nos dá licença por um momento, por favor?”.

    “Claro, Ronnie. Na verdade preciso mesmo ir ao toalete”. Pegou sua bolsa e abandonou a mesa.

    “Por que disse isso?” Não havia acusação no tom da jovem, só curiosidade.

    “Por que mentiu sobre não ter fome?” Ronnie contra-disse. “Olhe para mim. Diga-me que só deseja uma torrada e que o preço não tinha a ver com isto”. Sua mão direita se deslizou por baixo da mesa e começou a acariciar a coxa esquerda de Rose. “Entendo que pensa em quanto tudo custa. Desejaria que não fizesse isto, mas sei que faz. Também sei que não vou me sentar aqui e deixar que coma só uma torrada no café da manhã”. Uma mão menor agarrou a sua debaixo da mesa e a apertou.

    “Ok, obrigada”. Rose se inclinou mais próxima. “Na verdade, o picadinho e os ovos soam maravilhosos”.

    “Você os amará, confie em mim”.

    Um curto tempo depois Rose limpava o prato com o último pedaço de pão torrado enquanto as duas irmãs conversavam. O assunto atual era impostos, e para alguém que sempre acostumada à maneira fácil, era um assunto com o que se sentia penosamente fora do lugar. As mulheres Cartwright, por outro lado, haviam conversando durante toda a comida sobre isenções e vazios legais. Rose sorriu e comeu tranqüilamente, escutando os ricos tons, mas não as palavras de sua alta companheira. Então excluiu completamente a Susan, passou por alto seu nome a primeira vez que foi mencionada. “Desculpe, o que?”.

    “Acho que estamos cansando, Susan”. Ronnie riu quando viu o rubor culpado cobrir a pele clara do rosto de Rose.

    “Disse que Wendy precisa de qualquer recibo que você tenha para seus impostos”. Vendo a confusa olhada de Rose, Susan explicou. “Wendy é nossa contadora. Ela fará seu imposto de renda, mas acho que está lhe faltando algum papel. Só tem seu W-2 de Cartwright”.

    “Bem, só tenho o de Money Slashex. Não levarei muito tempo para preencher passei pouco tempo ali. Por que teria uma declaração de renda de Cartwright? Ronnie só decidiu me dar o trabalho como sua secretária a semana passada”.

    “Oops”, Ronnie disse. “Posso explicar”. Virou sua cadeira para poder ficar de frente para Rose. O curto banco e suas pernas longas significou que seu joelho acabaria apoiado sobre a coxa coberta de cor caqui. “Lembra quando lhe pedi para assinar todos aqueles formulários para que nós pudéssemos fazer o seguro? Você está na lista de funcionários desde então”.

    “Quer dizer que não sabia que estava recebendo um salário cada semana?” Susan perguntou. A ainda impressionada Rose balançou a cabeça. “Você assinou uma autorização direta para o depósito para o crédito. Preencheu um W-4 para suas isenções”.

    “Não me lembro do que assinei. Estava no hospital e com toda essa dor de matar…”.

    “Ronnie não lhe disse o que você estava assinando?”.

    Agora foi a vez da executiva ficar ruborizada. “Bem…” Olhou para Rose. “Quando você estava no hospital, tudo o que podia pensar era em assegurar-me de que tivesse o melhor cuidado. Sei que lhe disse que era agora funcionaria de Cartwright Corp.”.

    “Não pensei que queria dizer que na verdade receberia um salário”. Discretamente colocou sua mão no joelho de Ronnie. “Deve haver centenas de dólares ali dentro”.

    “Gosto mais de milhares”, a executiva corrigiu. “Não pago a meus trabalhadores migalha de salário como Money Slasher. Pago um salário real. Por isso as pessoas com habilidade e talento não nos deixam depois de alguns anos e entra em alguma outra firma”.

    “Ronnie não posso ficar com esse dinheiro. Não o ganhei. Não posso só devolvê-lo ou algo assim?” Isso ganhou uma risada de ambas Cartwrights. “O que?”.

    “Rose querida, tem alguma idéia de quanto papel teria envolvido em fazer algo assim?” Susan riu levemente outra vez. “Isso é impossível”.

    “O dinheiro é seu, Rose”, Ronnie acrescentou. “Desculpe não ter mencionado antes. Honestamente não pensei nessas coisas como cheques e você por certo não precisou de nenhum dinheiro”.

    “Está bem. Podemos falar sobre isso em algum outro momento”. Rose levantou a xícara de café a seus lábios, mentalmente decidindo a que instituições beneficentes daria o dinheiro senão pudesse convencer a Ronnie que o devolvesse.

    “Falando de mais tarde”, a executiva olhou em seu relógio. “Melhor irmos”.

    “Espera”. Susan colocou sua mão através da mesa, rogando a sua irmã permanecer onde estava. A ruiva olhou para Rose com tal serenidade que fez que o pulso da jovem mulher se acelerasse com nervosismo. “Só quero lhe dizer algo antes que vamos embora”. Lambeu os lábios e deu uma olhada rápida em sua irmã mais velha antes de continuar.”Rose, amo muito minha irmã, com Tommy morto, bem… Isto me ajudou a perceber o quanto estava sendo injusta com ela. Nunca a vi tão feliz quanto agora ela está com você”.

    “Susan não me envergonhe”, Ronnie falou de maneira brincalhona embora o calor se levantasse em suas orelhas.

    “Oh você fique tranqüila ou vou falar sobre a vez em que você pegou o carro de papai para um passeio secreto e foi detida pela policia”, a irmã mais jovem avisou. “Agora, como estava dizendo antes que fosse grosseiramente interrompida, ela é feliz e isso é o que importa”. Pegou a conta e deu uma olhada antes de passá-la através da mesa para sua irmã. “Sua vez. Trinta e oito e seis para a gorjeta”.

    “Obrigada, sabe que odeio calcular isso”. Ronnie abriu a bolsa e tirou sua carteira, passando através de vários cartões plásticos até que encontrou o que procurava. Poucos minutos depois a conta foi paga e estavam paradas junto a seus veículos, que estavam estacionados um ao lado do outro.

    “Tenho que deixar Rose e então lhe encontrarei na casa de mamãe”, Ronnie disse quando desarmou o alarme e abriu a porta do passageiro.

    “Ok, não demore muito”. A ruiva virou até Rose. “Foi agradável que tenha nos acompanhado para o café”.

    “Obrigada por ter me convidado”, Respondeu. “E obrigada pelo que disse lá dentro… com respeito a que ela merecia ser feliz”.

    “Sim, sim, todo mundo é feliz”, Ronnie disse com um fingido grunhido. “Exceto mamãe, que vai ter um ataque se não chegarmos logo”.

    “Estava sendo séria”, Rose disse, golpeando o braço da alta mulher.

    “Eu também”. Olhou sua irmã mais jovem. “Susan, apreciou o que você disse ali dentro… assim como o que disse a noite”.

    “Acredita que dirão algo se duas irmãs se abraçam em público?”.

    “Você realmente se preocupa com o que digam?” Ronnie contradisse. Elas se abraçaram, para surpresa de Rose, Susan lhe deu um rápido abraço. Despediram-se e estavam logo sobre a rodovia.

    *********

    Depois de ser deixada em casa, Rose se encontrou sem nada para fazer. Ronnie com certeza não voltaria tão cedo. Andou ao redor, vagando dentro e fora de cada quarto no primeiro piso. Então seus olhos seguiram as escadas. A curiosidade conseguiu o melhor dela e assim colocou as muletas na parte inferior da escada.

    Embora já estivesse estado no dormitório de Ronnie antes, esta era a primeira vez que realmente o olhava. Este era bastante grande para um apartamento inteiro. Um acolchoado banco situado debaixo de uma impressionante janela. Uma porta aberta ao lado conduzia ao banheiro privado e a jovem mulher fez uma anotação mental para visitá-lo mais tarde. Rose viu que sua amiga tinha não uma, mas duas penteadeiras assim como o incrível closet. Um espelho de corpo inteiro embutido combinando com a madeira situada em uma ponta. Uma cabeceira, com luzes e entrecolúnio, complementada por uma cama King sized. Havia criados-mudos de ambos os lados também. Sobre a parede oposta a cama estava uma versão menor do centro de entretenimento do andar de baixo. Rose abriu as portas para revelar uma televisão de vinte e sete polegadas, uma coleção de vídeos de Ronnie e um VCR. Seus olhos repassaram aos familiares títulos em busca de algo interessante para ver. Fileiras de fitas que não tinham caixas ou etiquetas nos costados. Pegou uma e olhou o título. Ronnie, não sabia que tinha este tipo de fitas. Sorriu e colocou o VCR. Bem, esta noite dever ser interessante. Colocou as almofadas na cama se sentou para ver seu primeiro filme de adultos.

    Para sua surpresa, havia realmente um argumento para o filme. Rose não prestou atenção ao título, mas calculou rapidamente que era sobre duas amantes femininas que são separadas dentro de uma cela por um cruel guarda. A primeira cena de sexo apareceu rapidamente e os olhos verdes se dilataram ao ver duas mulheres nuas se beijando. Os beijos eram lentos, suaves como os que dividia com Ronnie. Então seus beijos mudaram. Chegaram a ser mais apaixonados e uma mulher começou a gemer quando a outra apertou seu mamilo. De repente os sonhos Rose tinham outra dimensão acrescentada a eles quando tentou imaginar Ronnie fazendo o mesmo som. “Humm…”. Olhou as duas mulheres começar seus atos de prazer e imaginava cada um deles sendo feitos com sua companheira. A excitação foi imediata, mas mais do que isso era outra sensação, uma muito mais importante. As mulheres na tela fizeram que Rose se dera conta que isto era mais do que um ato físico. Mesmo sendo atrizes interpretando um papel, cada toque era terno, quase amando. Entre os gemidos e os gritos havia repetidas declarações de amor de uma a outra. Por isso é que chamam fazer amor, se deu conta talvez pela primeira vez. Agora entendia o que estava negando a Ronnie… E o que Ronnie estava negando a si mesma honrando sua promessa a seu pai. Desligou o VCR, Rose se sentou e olhou fixamente a tela azul durante vários longos minutos enquanto as últimas peças do quebra-cabeça caíram em seu lugar.

    *********

    “Provará as costelas de porco?” Ronnie perguntou, colando um sorriso a seus lábios com satisfação. “Disse-lhe que não há nada como uma boa comida chinesa”.

    “Não ainda não provei”, Rose respondeu reservada, seus olhos não abandonaram do prato o conteúdo que estava sendo empurrado ao redor sem objetivo por seu garfo.

    “Deveria. Os roletes de ovos estão muito bons. Absolutamente nada de gordura”.

    “Humm, humm”. O brócolis e o porco sofreram mais trocas.

    “Rose, aconteceu algo? Você está silenciosa desde que cheguei em casa”.

    “Ronnie posso lhe perguntar algo?”.

    “Qualquer coisa, sabe disso”.

    “Se nunca tivesse feito aquela promessa a seu pai… se nada tivesse sido para você um obstáculo… gostaria…”. A mulher loira mexeu sua cabeça e levantou seus olhos com medo da incerteza em seu olhar. “Nós poderíamos ser amantes?”.

    Ronnie se colocou de pé. “Acho que terminamos de comer. Vamos a sala e falaremos. Cuidarei dos pratos mais tarde”.

    “Sim, isso seria melhor” Rose concordou, levantando-se em seu pé bom. Sim, você e eu nos envolvendo juntas no sofá… “Ronnie? Se importaria se fossemos ao dormitório? Quero dizer, nós podemos ver televisão ali dentro, correto?”.

    Campainhas de advertência e os apitos explodiram na cabeça de Ronnie e esta engoliu em seco meditando.

    “Humm… Tem certeza?”. Considerando o tema da discussão, não estava completamente certa que deitarem juntas na cama era uma idéia sensata.

    “Sim”. E com essa palavra dita em voz alta, Rose percebeu que sim, realmente estava certa… Sobre tudo. Uma vez dentro do quarto, Rose reclinou as muletas contra a parede e pacientemente se equilibrou em seu pé bom.

    “Quer se trocar primeiro?”.Ronnie perguntou enquanto baixava os lençóis.

    “Não, estamos bem da maneira em que estamos”. Uma vez que as roupas de cama estiveram prontas, se deslizou entre elas e rodou sobre seu costado para estar frente à mulher que havia capturado seu coração. Ronnie começou a se aproximar. “Espera”. Rose esticou a mão e acendeu a lâmpada. “Poderia apagar a luz?” Logo o brilho foi substituído por uma cálida, suave luz.

    “Então estamos na cama e você quer conversar”, Ronnie disse quando se acomodou.

    “Sim, nós estamos”, assentiu apoiando-se em um cotovelo, pousou o olhar nos olhos azuis sem fim. “Vai responder a minha pergunta? Se não tivesse feito essa promessa a seu pai, poderíamos ser amantes?”.

    “Creio que você não está segura…”.

    “Esqueça disso por um minuto”. Estendeu a mão e percorreu suavemente com a gema de seu dedo embaixo do queixo da mulher mais velha. “Se fossemos só você e eu, ninguém mais”. Ronnie estava ainda usando sua camisa cinza e com três botões desabotoados, a visão era completamente tentadora. Rose moveu sua gema do dedo embaixo do cinzelado queixo ao longo da garganta e mais além, parando somente quando este encontrou a beira do encaixe do sutiã. Observou com certo prazer que a respiração da mulher mais velha havia se acrescentado.

    “Rose, te amo e você sabe disso”, Ronnie estendeu uma mão e acariciou seu rosto. “Se não tivesse obstáculos, se realmente fossemos só você e eu, sim. Estaria muito honrada de ser sua amante”. Foi recompensada com um rápido beijo. Os curiosos dedos estavam a conduzindo a loucura, mas não podia encontrar a força para pará-los.

    “Ronnie…”. Os distraídos dedos lentamente desabotoaram o botão seguinte da camisa cinza. “Somos só você e eu. Não há obstáculos”.

    “Rose…”. Seu corpo respondeu imediatamente a sua camisa sendo desabotoada. Os mamilos ficaram rígidos debaixo do branco sutiã e todo seu corpo formigava em excitação. Abriu sua boca para protestar e para encontrar uma cálida, suave língua pressionar contra a sua. “Humm”. Debaixo da gentil insistência, Ronnie relaxou e deixou a jovem mulher tomar o controle. Rose a sentiu ceder e diminuiu a pressão de seus lábios. Sua mão livre viajou por sua própria vontade, deslizando-se debaixo da camisa de algodão e contra a cálida pele. Num movimento que impressionou a ambas, a errante mão se fechou sobre a suave taça do sutiã e deu um pequeno aperto. Ronnie ofegou e seu corpo se arqueou diante do toque.

    “Gosta disso”, Rose observou, dando ao firme montículo outro aperto e desfrutando da reação imediata. Deixou sua mão onde estava, baixou sua cabeça até que seus lábios estivessem contra o ouvido de sua amante. “Ronnie”, disse de maneira rouca. “Eu te amo e quero fazer amor com você”. Enfatizou sua declaração chupando um disposto lóbulo, depois manobrou até a boca de Ronnie. Tomando cuidado de não atingir a tíbia da mulher mais velha, Rose deslizou sua perna esquerda entre as mais longas.

    “Rose…” Tinha todas as intenções de parar isto antes que fosse muito longe, mas ao invés disso seu corpo obedeceu a sua mente, sua mão se fechou ao redor da de Rose, atentando mais exploração. Ronnie estava ardendo e lutou para encontrar a razão para resistir. “N-não devemos”.

    “Por quê?”. A mulher loira tirou sua mão de debaixo da camisa de algodão e olhou sua amante com toda serenidade. “Diga-me por que devemos continuar negando isto a nós mesmas?”.

    “Eu prometi…”. Os dedos pressionaram contra os lábios cheios.

    “Não”. Havia uma sossegada ira na voz de Rose. “Não Ronnie. Pode prometer muitas coisas, mas renunciar a sua felicidade para sempre não é uma delas”. Suavemente traçou uma definida sobrancelha negra. “Não pode prometer renunciar a minha felicidade, também”. Seus olhos se agitaram baixando para estudar os lábios antes de viajar de volta para chegar a perder-se nesse poço de interminável azul. Ronnie não se moveu, ainda lutando com seus demônios internos. Apoiando-se sobre seu cotovelo direito, Rose utilizou sua mão esquerda para soltar sua blusa, traço que a fazia expor cada vez mais carne quando cada botão foi desabotoado. Sorriu na intensa olhada nos olhos de Ronnie. Uma vez que a camisa cor oxida pendurava-se de maneira folgada, Rose tomou a mão maior na sua e a trouxe a área coberta pela seda bege. “Por favor, não, não lute contra isto”, sussurrou quando sentiu a resistência de Ronnie. Pressionou seu seio contra a cálida mão e gemeu quando sentiu a tentativa de aperto.

    A limitada experiência de Rose não lhe havia preparado para a sacudida que o toque de Ronnie lhe trouxe. Outro aperto e estava certa que simplesmente morreria sem que sua amante a tocasse. Sentiu que era empurrada sobre a cama e não se opões. Longos cabelos escuros fizeram cócegas em seu rosto e a língua que insistentemente procurava sua boca entrou completamente nela. “Slimphf”. Nada pode fazer você se sentir melhor que isto, pensou para si mesma de maneira ansiosa quando devolveu o beijo com igual frenesi.

    “Te amo” Ronnie exalou quando o beijo finalmente terminou. Apoiada em seu cotovelo, seu corpo meio em cima da mulher menor. Sentiu Rose tentar tirar a camisa cinza dos jeans. “Espera”. Girando sobre seus joelhos, desabotoou e baixou o zíper de suas calças. Desabotoou o último botão em sua camisa e lentamente tirou os extremos. Agora pendurada livremente em seu corpo, bastante aberta para mostrar um vislumbrar embaixo de seu sutiã. Com uma lentidão que era uma tortura para o sistema nervoso da jovem mulher, Ronnie deslizou o tecido cinza de seus ombros, deixando-o cair na cama atrás dela. “Este também?”. Perguntou, tocando o gancho da frente de seu sutiã.

    “Por favor”, Rose pediu. Sua amante sorriu diante da urgência em sua voz. Uma rápida volta e a roupa íntima caiu. O sutiã caiu em cima da camisa e durante vários segundos nenhuma das duas mulheres falou. Os olhos de Rose estavam olhando a linda paisagem que jamais havia visto e disse tanto com o olhar em seu rosto. “Beije-me outra vez”.

    Oh sim, isso é muito melhor, pensou para si quando suas mãos viajaram sobre a pele nua das costas de Ronnie. Estava plenamente consciente dos lugares onde sua camisa estava aberta e sua pele tocava. Compartiram uma série de preguiçosos beijos até que sentiu uma inquieta mão tentando tirar sua camisa. “Sim”, concordou, tentando tirá-la enquanto ainda estava deitada de costas.

    “Por favor,… me permita”, Ronnie pediu. Rose assentiu e se deixou ser atraída a uma posição sentada. Sua camisa se encontrou lançada contra a cadeira na busca de Ronnie tirá-la do meio. O sutiã bege terminou no chão. Deitou-se novamente, mas sua amante permaneceu onde estava. Corações palpitando com força e corpos pulsando quando elas se olharam abertamente uma os seios da outra. Onde sua própria auréola era de cor rosada, a de Ronnie era mais escura quase café. Desceu olhar e estava surpresa ao ver seus mamilos ainda mantendo-se firmes, como pequenos gomos, a pele ao redor deles ainda suaves, mas começando a franzir-se. Mesmos em dias mais frios eles não se levantam assim, murmurou enquanto olhava novamente os mamilos de sua amante que começavam a fazer a mesma coisa.

    “Você… é… linda”, Ronnie sussurrou. Desceu e lentamente, muito suavemente, sua pele nua tocou a pele nua de Rose. Ambas gemeram e sorriram ao reconhecimento do prazer mútuo. Longos dedos afundaram-se no dourado cabelo enquanto os menores se envolviam ao redor de suas musculosas costas. Suas bocas brincaram em um jogo de dar e tomar, línguas dançando de um lado a outro enquanto elas flutuavam no amor de uma na outra.

    “Oh… oh sim, isto é agradável”, Rose ofegou quando sentiu a boca de sua amante transladar-se a seu pescoço. Sentiu os lábios se separem e a suave língua lamber sua pele. Subiu suas mãos para pousá-las na nuca de Ronnie. “Sim… humm, isto está muito bom”.

    “Siim”, O corpo de Ronnie estava se pressionando contra o seu, traindo o aumento da paixão da mulher mais velha. Rose deixou que sua mão descesse até que chegou aos botões dos jeans negros. Desde que foram desabotoados, havia muito espaço para que deslizasse para dentro. Quando agarrou a firme bochecha, Ronnie gemeu contra sua pele e começou a chupar seu pescoço de verdade. “Rose…”.

    “Sim Ronnie… isto está tão gostoso”. Apertou mais fortemente e foi recompensada com renovadas contorções.

    “Você vai me levar à loucura, sabia disso? Não posso me concentrar quando você faz isso”. Admitiu afastando suas nádegas das distraídas carícias de Rose. Separou as pernas menores com um toque de suas próprias, se colocando de modo que seus lábios estivessem emparelhados com os seios da jovem mulher. O longo cabelo se tornou um suave cap que fazia cócegas quando este se movia sobre a pele clara. “Te amo tanto” Ronnie disse ofegante quando reclamou os lábios de Rose para si. Fossas nasais dilatadas com irregulares respirações quando se beijaram apaixonadamente.

    “Mas…” O que quer que Rose ia dizer foi perdido quando sentiu um beijo na superfície inferior de seu seio. “Ooooh”. Ronnie respondeu com um afogado gemido e continuou lambendo e mordendo sua suave carne. “Isso é delicioso… Oh, isto é o céu”. Nada pode ser melhor que isto. Sentiu a cálida respiração em seu mamilo um instante antes que uma úmida língua rodasse sobre este. “Oh, Ronnie, siimm…”.

    As provas de intentos com os rapazes adolescentes nunca haviam preparado Rose para a sensação de ser amorosamente chupada. A sensação arrancada foi respondida com um intenso palpitar entre suas pernas e seus quadris se moveram por vontade própria, pressionando forte contra Ronnie. Suas mãos estavam enterradas profundamente no escuro cabelo e estava dividida entre manter Ronnie onde estava ou lhe pedir que desse a mesma atenção ao outro. Antes que pudesse decidir, a língua e os amorosos lábios soltaram seu tesouro. “Oh, não pare…”.

    Ronnie riu suavemente e pressionou sua coxa contra o centro de Rose. “Não estou parando”. Usando seus cotovelos para se apoiar, se inclinou para um beijo. “Te amo, Rose”.

    “Te amo”. Suas bocas continuaram dando e tomando, as mãos de Rose desceram entre seus corpos e embalaram dois dispostos montículos de carne. O gemido de Ronnie vibrou através de seus lábios e Rose respondeu com um próprio. Seus dedos se enfocaram, movendo-se em círculos menores até que eles estavam suavemente acariciando os endurecidos topos.

    “Oh amor”, Ronnie ofegou. “E-você não pode… ungggh… fazer isso”. Oscilou retirando-se fora do alcance e moveu sua cabeça. “Disse-lhe que não posso me concentrar quando você faz isso”.

    “Isto é tão delicioso”. Rose esticou sua mão só para ser detida por uma mão maior, mais forte.

    “Sim”, a mulher mais velha concordou. Beijou cada nó dos dedos, logo as palmas da mão antes de liberar as mãos de Rose.

    “Quero…” Como dizer isto sem soar áspera? “Quero…” Envolveu os braços ao redor do torso de Ronnie e subiu, agachando sua cabeça com tempo para trazer sua boca a sua meta.

    “Oh Deus, Rose!”.

    Rose encontrou sua cabeça apoiada no lugar por as mãos de Ronnie enquanto alegremente percorria sua língua sobre a escura auréola. Oh sim… Isto é delicioso. Ouviu tanto como sentiu a respiração de Ronnie se acelerando e sorriu contra o mamilo erguido antes de esfregar seus lábios de um lado ao outro contra ele. Rendeu-se as fortes, mas gentis mãos que a empurravam de novo sobre a cama.

    “Deixa… que eu… lhe mostre… algo que desejo… minha Rose”, Ronnie disse antes de descer sua boca ao seio de Rose.

    “Oooh…”. A boca e as mãos de Ronnie estavam em um movimento constante em seus seios. Suas mãos agarravam e soltavam o escuro cabelo e seu quadril estava em constante movimento contra o torso da mulher mais velha. “Ronnieeee…”. Desceu o olhar para ver a boca chupando seu seio. “Sente… oh, tão bem… fazendo isto…”. Sua respiração se acelerava e seu quadril pressionava fortemente contra o torso de Ronnie. Sua amante respondeu com um descendente empurrão contra sua coxa, fazendo a ambas extremamente conscientes de sua própria umidade. “Por favor,… preciso de você…”. Tentou alcançar entre seus corpos o botão de suas calças.

    “Siimm…”. Ronnie assumiu o controle da tarefa, liberando o seio que estava chupando e se levantou dando lugar. Longos dedos fizeram seu trabalho rápido sobre o botão e o zíper, mas uma vez que os tirou, a mulher de cabelo escuro se colocou para trás, colocando-se de lado sobre Rose para lhe permitir que sua mão direita deslizasse entre os cáquis e a branca calcinha de algodão.

    “Oh, sim, sim!” Rose gritou quando dois dedos pressionaram contra sua sensível área. Pegou o rosto de Ronnie e a trouxe para um ardente beijo. “Oh, não pare, por favor”. Seu oscilante quadril causou que o tecido se afrouxasse, dando mais espaço para os travessos dedos explorarem. Eles deram uma olhada abaixo no elástico depois o retiraram, alterando suaves toques com fortes esfregões. Rose se levantou rapidamente, mais rápido do que jamais havia feito e a assustou. Enterrou sua cabeça no cabelo de Ronnie e se aferrou fortemente. “Ronnie…” Suas respirações vinham em rápidas descargas e não estava certa se sobreviveria ao intenso prazer enviado através de seu sistema. Os dedos trocaram de direção, esfregando o algodão em movimentos circulares contra seu clitóris. Rose gemeu e moveu seu quadril freneticamente. “Não posso… oh Ronnie… por favor… eu”.

    “Shriii… estou com você…”.

    “Ronnie… oooh…”. Suas mãos se agarraram desesperadamente nos ombros de sua amante. “Por favor,… mais forte… Oh… sim Ronnie, siimm…”. A cálida respiração acariciou seu ouvido, ambos confortando e excitando ao mesmo tempo.

    “Rose te amo”.

    “Siimm”. Um intenso palpitar começou profundamente dentro e ganhou ímpeto quando se estendeu externamente.

    “Minha preciosa Rose… sim você está próxima, posso sentir”. A pressão e o ritmo se incrementaram e o corpo da jovem mulher reagiu, oscilando de um lado para o outro mais rápido enquanto seus dedos agarravam os ombros de Ronnie mais forte.

    “Sim… mais forte… ooh…” Seus dentes apertaram-se fortemente, Rose se balançou sobre a beira por uma agonizante duração de tempo. Depois um longo dedo deslizou debaixo da encharcada calcinha e escorregavam entre suas inchadas dobras. “Oh Deus!” Uma vez, duas vezes, três vezes através de seu clitóris, e o mundo explodiu para Rose. “Ronnieeee… ah”. Gritou quando o orgasmo pulsou através dela, roubando a jovem mulher de toda razão e sentido. Uma rouca voz murmurou palavras que não entendia em seu ouvido e estava vagamente consciente de ser suavemente mexida, mas a realidade era um plano longe, longe fora dela neste momento. Sentia seu corpo ir suavemente e confiou nos fortes braços ao seu redor para protegê-la enquanto flutuava sem rumo no resplendor.

    Longos minutos depois Rose encontrou a força para levantar sua cabeça e investigar dentro de um amoroso olhar azul. “Te amo”.

    “Humm, eu também te amo”, Ronnie disse, selando as palavras com um beijo.

    “Quer que eu me mova?”.

    “Não, fique aqui, eu quero lhe sustentar”.

    “Soa perfeito”, Rose murmurou, esfregando-se mais profundamente no abraço de sua amante. “Poderia permanecer assim para sempre”.

    “Com certeza. Sempre que você quiser”. Ronnie estava delirantemente feliz e satisfeita de passar o resto da tarde abraçada apesar de não ter sua própria liberação ainda. Tudo o que lhe importava era a terna mulher em seus braços. Os minutos fizeram tic tac antes que a cabeça de Rose se levantasse outra vez. “Tudo bem?” Perguntou.

    “Maravilhosa”, a mulher loira respondeu, beijando a carne nua próxima de seus lábios. “Você é maravilhosa”.

    “Tive destreza para agradar”.

    “Humm, muito boa destreza”, Rose brincou.

    “Disse-lhe que te amo?”.

    “Uma ou duas vezes, diga outra vez”. Brilhou um sorriso que Ronnie sentiu a necessidade de recompensar com uma serie de beijos.

    “Amo… você… com… todo… meu… coração”. Incapaz de resistir aprofundou o beijo, rodando-as para que Rose ficasse na parte de baixo. Mas quando começou a beijar uma linha até a garganta da mulher menor, Ronnie se encontrou detida por insistentes mãos. Levantou-se e as mãos se moveram para reclamarem seus seios. Compreendendo a muda petição, Ronnie juntou seus cotovelos para se sustentar sobre o corpo de sua amante. Havia esquecido de quão sensíveis eram seus mamilos até que sentiu as palmas de Rose esfregando-os. Gemeu e se arqueou ao contato. “Oh sim… isso é delicioso”.

    “Gosta disso”, a jovem mulher observou.

    “Muito…”. As mãos se moveram e Ronnie agora sentiu que agora seus mamilos eram tocados por curiosos polegares. “Muito”. Sentia os indicadores de Rose se juntarem e começarem a apertar em um movimento de bombeio. “Oh sim, isso é tão delicioso…”. Tentou olhar, mas se sentia muito bem e seus olhos se negaram a permanecer aberto. “Sim Rose, isto é… delicioso e terno… humm”.

    “Ronnie…”. As pequenas mãos deixaram os seios e se envolveram ao redor de suas costas, suavemente impulsionando-as para frente. Tomando a indireta quando viu a rosada língua mover-se rapidamente para fora e umedecidos lábios na expectativa, ela montou a cavalo no corpo de Rose e se inclinou adiante até que seus seios se movessem juntos sobre a boca que esperava. Desta vez se forçou a olhar. Seus olhos se moveram desde o dourado cabelo e a clara pele e as ruivas sobrancelhas demarcando os olhos verdes. A trajetória continuou, passando pelos suaves pômulos e o arrebitado nariz aos lábios e a amorosa língua proporcionando-lhe alivio a seus doloridos mamilos. Como se o que seus olhos estivessem vendo não fosse o suficiente, o ouvidos de Ronnie foram tratados com o prazer das palavras de Rose e com as mãos que haviam estado tocando ocasionalmente seu corpo e que agora deslizavam debaixo do cós de seu jeans.

    “Permite-me… ooh… Rose… deixe tirá-los. Preciso tirá-los”. Lamentou sua petição quando sentiu a cálida boca na sensível carne.

    “Sim”, A jovem mulher concordou, tentando baixar o negro tecido.

    “Eu o farei”. Rodando-se, Ronnie rapidamente tirou seus jeans e calcinha. Antes que pudesse voltar a sua posição anterior, se encontrou segura embaixo por sua pequena, mas insistente amante. A boca de Rose reclamou seu seio enquanto uma coxa coberta de cor caqui se deslizava entre suas pernas. O áspero tecido esfregou contra um já inchado clitóris e Ronnie gritou ao contato.

    “Machuquei-lhe?” Rose perguntou, com olhos temerosos.

    “Não”. Esticou sua mão e acariciou o suave rosto, impulsionando-a suavemente a continuar com sua tarefa. “Não amor, não me machucou. Por favor,… só continue o que estava fazendo…” Ronnie suspirou quando a quente língua acariciou seu seio outra vez. “… o que está fazendo”. Sentiu algo duro rasgar sua pele justo sobre sua panturrilha e, recordou um incidente anterior na semana, separou as pernas para lhe dar mais que suficiente espaço entre o molde de sua amante e sua tíbia que ainda estava se curando. A mudança provocou que sua coxa pressionasse entre as pernas de Rose. Os murmúrios foram interrompidos pelo que Ronnie considerou ser um lindo gritinho e repetiu o movimento ganhando um profundo gemido e devolveu um empurre da mulher loira. Isso é bom para a pele. Seus longos dedos facilmente se deslizaram dos cáquis e a calcinha para um suave agarre na redonda carne.

    “Oh, Ronnie…”.

    “Tira isto, Rose”. Seus dedos se moviam mais abaixo até que tocaram os úmidos cachos. “Deixe-me lhe tocar”. Um enfático balanço de cabeça foi tudo o que precisou para rodá-las. Quando moveu o tecido sobre o molde, um piscar de culpa tentou se meter, mas o amor rapidamente o apagou. Seu pulso se acelerou ao avistar a umidade no meio das pernas sobre a calcinha de Rose. Cachos loiros assomavam, embromando com uma indireta o que estava oculto. Lutando para não cair em tentação, Ronnie olhou sobre o firme abdômen, os perfeitos seios, o olhar de desejo e a paixão no rosto de sua querida. “Você é tão linda”, sussurrou reverentemente. Enganchando seus dedos embaixo do cós, tirando a última barreira antes de puxar Rose para cima em seus braços.

    Por longos minutos ficaram abraçadas, trocando beijos e carinhosos toques enquanto ambas convenientemente se acostumavam a se tocar e serem tocadas. Foi Ronnie quem deu o primeiro passo, descendo a mão moveu seus dedos através dos suaves cachos loiros. “Gosta disso?” Murmurou, seus lábios tocavam seu cabelo o afastando do ouvido de Rose.

    “Humm, isso é muito gostoso”. Tentou fazer o mesmo, mas sentada no colo de sua amante fez com que essa proeza fosse impossível. “Quero lhe tocar também”.

    “Gostaria que fizesse isso”, Ronnie admitiu, movendo-se até que estiveram uma ao lado da outra.

    Teve que se acomodar um pouco para que Rose pudesse lhe alcançar, mas logo os dedos brincaram com os cachos escuros. “Você é suave, como um gatinho”, comentou. Seu dedo médio se moveu mais baixo, molhando-se nas lubrificadas dobras. Trazendo-o até sua boca, Ronnie lambeu a doce essência.

    “Humm… Oh!” Foi tomada quando o dedo de Rose desceu, mas não somente tocou seus lábios inferiores, mas também o meteu entre eles, tocando contra seu clitóris. Sua mão desceu e agarrou o pequeno pulso. “Por favor,…”. Tomando dois dos dedos de Rose, utilizou os seus mais longos para dirigi-los contra seu centro. “Ah… oh sim”. Ronnie levantou seu joelho e se abriu para sua amante. “Rose, por favor…”. Pressionou os dedos menores contra ela num movimento circular e suspirou. Sentiu suas coxas internas escorregarem e fraca observou que quando dava a si seu próprio prazer nunca produziu uma quantidade tão copiosa de fluido.

    “Estou com você”, Rose disse quando tomou o controle, inclinando-se e suavemente colocando Ronnie de costas contra a cama. “Me… quer… dentro?” Disse as últimas palavras parando, mas o gemido de Ronnie e a elevação de seu quadril responderam eliminando qualquer temor que tivesse. Lentamente, com indecisão, empurrou um dedo para dentro. Estava maravilhada com a sensação quente e úmida do músculo que rodava seu dedo. Oh Ronnie… Você está tão quente e suave. A reação de Ronnie foi imediata, gritando e pressionando-se fortemente contra o dedo de Rose.

    “Sim amor, mais… por favor… siimm”. Ela meteu um segundo e um terceiro. A transformação era espantosa. A chefe de uma corporação importante era incapaz de formar uma frase completa. Seu nome chegou a ser uma mantra nos lábios de Ronnie, combinados com palavras tais como mais forte, mais rápido, mais fundo, e o ocasional oh, só para arredondar isto. Rose pressionou dentro mais fundo, a pele entre seu anular e indicador queimavam quando tentou satisfazer a petição de sua amante. Deus, Ronnie…Posso sentir você tão bem. A mulher de cabelo escuro se moveu embaixo dela, mas Rose se negou a deixar que seu premio fosse. A sensação dos músculos internos apertando seus dedos a excitou e não havia duvida em sua mente que a voz de Ronnie era dois oitavo mais acima do normal. O metal do marco da cama rangia com cada empurrão e os gritos de sua amante chegaram a serem mais urgentes. “Rose”.

    “Estou justamente aqui”. Girou sua cabeça e beijou a suave pele.

    “Eu… Rose…”. As coxas da mulher alta começaram a tremer.

    “Te amo, Ronnie”. Sentiu os músculos rodeando seus dedos se apertando e começou a bombear tão forte e rápido como podia. Repentinamente foi pega num aperto muito forte para romper-se quando os quadris de sua amante se arquearam levantando-se da cama.

    “Eu…”. A escura franja colou-se a testa encharcada de suor e cada palavra foi rasgada dos fortemente apertados dentes. “Te… amo… oh Rose… Rose, eu. Eu… ohh”.

    “Sim, amor… sim”. Elas resistiram juntas, os dedos de Rose se enterraram no interior profundamente. Somente quando o último espasmo passou retirou seus dedos e se enrolou nos braços de Ronnie.

    “Esse é o maior sorriso que já vi em seu rosto”, Ronnie disse quando este se virou.

    “Sou feliz”.

    “Humm”. Beijou a testa de Rose. “Alegra-me ouvi-lo”.

    “Posso lhe perguntar algo?”.

    “Quantas vezes tenho que lhe responder a essa pergunta?”.

    “Desculpe”. Beijou os lábios de Ronnie em desculpa… Então outra vez por puro prazer escarpado disto. Abraçando-se tão juntas quanto podia, Rose reclinou sua cabeça no amplo ombro. “Era isto… o que esperava?” Realmente lhe agradei?

    “Foi tudo o que desejava e mais”. Rose sentiu os dedos embaixo de seu queixo e levantou sua cabeça para olhar dentro dos ternos olhos azuis. “O que você achou?” Ronnie perguntou. “Essa é sua primeira vez. Como se sentiu com isto?”.

    Rose se moveu e uniu seus lábios. “Senti-me muito, muito amada”. Colocou sua cabeça de novo no ombro de Ronnie. “Humm, agradável”.

    “Só agradável?”.

    “Mais que agradável”. Virou-se sobre seu estômago e apoiou sua cabeça no abdômen de Ronnie. “Acho que farei disto meu novo travesseiro”. Com o calor de sua amante contra ela, Rose deixou seus olhos se fecharem. “Humm, pode se manter firme”.

    “Faltaria mais”. Movendo seu braço a uma posição mais confortável, Ronnie começou a mover sua mão de cima em baixo nas costas de Rose. “Assim?”.

    “Humm, humm”.

    Alguns momentos na vida são só simplesmente perfeitos. Para as novas amantes, este era um deles. Relaxadas… Saciadas… Simplesmente desfrutando da sensação dos corpos uma da outra. A mão de Ronnie se movia sobre as costas de sua amante, alternando entre preguiçosas figuras em oito e longas curvas dos ombros ao quadril. Rose devolveu o carinhoso toque com outro, deixando os dedos deslizarem sobre a flexível coxa. As ternas carícias eram agradáveis, mas os braços podiam permanecer vazios por pouco tempo antes que a necessidade se fizesse grande. “Venha aqui”, Ronnie sussurrou, estendendo seus braços. Logo estavam abraçadas, compartindo suaves beijos e carinhosas palavras de amor. Finalmente a lâmpada foi apagada e o sonho reclamou a duas mulheres muito felizes.

    *********

    Sonolentos olhos azuis se abriram numa cortina dourada. Ronnie sorriu, gozando da sensação do cabelo de Rose sobre seu rosto. Esticou-se, revelando a sensação da pele contra pele. Era uma maravilhosa sensação e que não desejava que terminasse rápido. Deu uma olhada no relógio e gemeu. Estava indecisa entre estudar a mulher adormecida ou despertá-la antes que Maria chegasse. Tenho o resto de nossas vidas para olhar você dormir. “Rose… meu amor, hora de acordar”. Uma suave sacudida no ombro… Nada. “Rose… Rose…”. O adormecido volume gemeu e se encolheu debaixo das cobertas. “Não, não. Não”. Ronnie riu levemente. Enganchando seus dedos na beira do lençol, o separou para expor seus corpos nus ao ar fresco da manhã. A mão de Rose automaticamente se esticou a procura do calor desaparecido só para ser pega pela mão maior de Ronnie. “Bom dia”. Levou a mão a seus lábios e começou a beijar cada nó. “Eu… te… amo… Rose”.

    “Humm, eu também te amo”, respondeu, levantando seus nublados olhos verdes até ver sua amante de cabelo escuro. “O que lhe parece se dormimos até tarde, hoje, hum?”.

    “Eu adoraria, mas Maria chegará aqui logo”. Percorreu com seu dedo o rosto de Rose. “Não acordei a tempo para ligar para ela e lhe dizer que não viesse”, se desculpou.

    “Tudo bem. Você não sabia que nós poderíamos…”. Ruborizou-se. “Você sabe…”.

    “Fazer amor?” Ronnie ofereceu, rodando-as até que estivesse por cima. Seu cabelo pendurado caia contra o rosto de Rose. Incapaz de resistir desceu seus lábios para um beijo. “Te amo”. Contra a vontade se colocou para trás. “Mas agora mesmo tenho que ser… má”.

    “Melhor fazer rápido antes que eu esteja justo atrás de você”, a jovem mulher disse, alcançando suas muletas. Quando Rose voltou do banheiro, descobriu Ronnie meio vestida. Sentindo-se um pouco incômoda com sua própria nudez, foi a sua penteadeira e começou a tirar as roupas que ia usar. Sentou na beira da cama e esticou sua mão para pegar sua calcinha. A seguinte coisa que soube, foi que estava achatada de costas sobre a cama com seis pés da mulher deitada em cima dela.

    “Você tem alguma idéia do quanto eu te amo?”. Ronnie inalou, olhos azuis escurecidos pela paixão. Os lábios baixaram e foram encontrados a meio caminho por um par igualmente ansioso. Suaves gemidos de prazer encheram o ar quando o beijo se aprofundou e as línguas dançavam juntas. As mãos de Rose estavam tocando alegremente através da ampla extensão das costas e terminaram deslizando-se para baixo para apertar a bunda de Ronnie através de suas roupas quando ouviram o som do carro de Maria no caminho de entrada. Novas amantes, isso é o que elas eram, o beijo não terminou até que ouviram o som da porta do carro se fechar. “Acho que temos que parar”. O tom da executiva deixou claro que parar não era o que realmente desejava fazer.

    “Sim, nós devemos”, Rose respondeu, inclinando-se para um rápido beijo mais antes que sua alta amante se levantasse.

    “A menos que queria dar a Maria uma exibição”. Ronnie puxou uma camiseta cinza de algodão sobre sua cabeça e a meteu dentro de sua calça. “Vou fazer companhia para ela enquanto você se veste”.

    ********

    “Bom dia, Ronnie”, a governanta disse quando entrava e fechava a porta de correr. “Oh, está fazendo frio ali fora esta manhã. Pensei que já havia visto a última neve desta temporada”.

    “Oh, provavelmente esta seja uma boa tempestade para nos aborrecer antes que a primavera chegue”, a executiva disse, pegando o jornal do dia das mãos de Maria. Nesse momento Tabitha entrou dentro da cozinha, procurando sua comida da manhã.

    “Mrrow? Mrrow?”.

    “E aonde pensa que vai?” Ronnie perguntou quando levantou o felino em seus braços. “Humm? O que é isso? Quer peru assado para o café da manhã, foi isso que disse?” Ela respondeu ronronando e lambendo as garras o que fez a ambas mulheres rirem.

    “Essa gata está ficando mal acostumada”. Maria disse quando se dirigiu a lavanderia para pendurar seu casaco. “Sei que ambas escorregam pedaços de carne por debaixo da mesa para ela quando estão comendo. É por isso que é tão difícil mantê-la fora da cozinha”.

    “Oh, e isso não tem nada que ver com os pedacinhos que você deixa cair no chão enquanto está cozinhando, correto?”.

    “Bom dia”, Rose disse quando entrou na cozinha. “Oh Maria, espero que você esteja planejando fazer um copioso desjejum, porque eu estou morrendo de fome esta manhã. Bom dia, Tabitha”. Apoiando as axilas contra suas muletas, parou diretamente em frente a Ronnie e começou a acariciar sua gata, embora seus olhos jamais deixassem o rosto sorridente de sua amante. “Espero que tenha dormido bem”, sussurrou.

    “Maravilhosamente. E você?” A voz da executiva levava o mesmo tom suave que havia acalmado a Rose depois que fizeram amor e a mulher jovem reagiu a isso sem pensar, pressionando sua cabeça contra o peito de Ronnie e tirando um sobressaltado protesto de Tabitha.

    “Maravilhosa”. Colocou-se para trás e acariciou a gata, acendendo novamente o motor ronronante. “Maravilhosa e faminta”.

    “Terá seu desjejum pronto em mais ou menos vinte minutos”. Maria disse sem levantar o olhar dos ovos que estava batendo. Quando se virou para começar a fazer o café, Ronnie aproveitou e se abaixou para dar um carinhoso beijo em Rose. Cansada de estar esmagada entre as amantes, Tabitha ziguezagueou para se livrar e saiu trotando para a sala de estar.

    Maria virou-se para fazer uma pergunta, mas ficou sem fala na visão que teve diante dela. As duas mulheres se beijavam profundamente, as mãos de Ronnie estavam metidas no cabelo de Rose. Desviando o olhar rapidamente, a governanta se negou a virar outra vez até que ouviu os sons das cadeiras sendo puxadas e o jornal sendo aberto. Contente que a cafeteira tivesse uma opção de pausa arrancou a cafeteira e encheu duas xícaras.

    “Aqui está, Rose”, disse amavelmente quando colocou a fumegante xícara na mesa em frente a jovem mulher.

    “Obrigada”.

    “Ronnie”. Deixou uma xícara amarela na mesa e voltou à bancada para comprovar os ovos. Uma sobrancelha se levantou diante da desconhecida xícara e Ronnie intercambiou uma olhada de espanto com Rose antes de encolher os ombros e voltar ao informe do mercado de ações.

    Um tempo depois Maria voltou à mesa com dois pratos. O prato de Ronnie continha uma pequena omelete com queijo e pão torrado enquanto que o de Rose estava carregado de uma omelete recheada, uma fatia de melão fresco, e pão torrado com geléia de uva.

    “Obrigada, Maria. Você sabe exatamente como eu gosto”. A jovem mulher sorriu de orelha a orelha, ganhando um sorriso da governanta.

    “Sim eu sei. Agora se as senhoras me dão licença tenho que ir lavar roupa”. Pegou uma cesta vazia da lavanderia e foi recolher a roupa suja. As amantes voltaram a seu desjejum antes que um pensamento passasse pela mente de Rose. “Ronnie, vai ver a roupa jogada no quarto”. Seu rosto começou a se ruborizar de vergonha.

    “Espero que verifique debaixo da cama. Acho que é onde sua roupa íntima terminou”, Ronnie respondeu, mexendo suas sobrancelhas luxuriosamente.

    “Ronnie!” Deu um tapa em seu musculoso braço. “Não é engraçado”.

    “Sei que não é”, a executiva se desculpou. “Venha aqui”. Moveu sua cadeira um pouco e puxou a Rose contra ela. “Amor, ela descobrirá mais cedo ou mais tarde”.

    “Acha que vai ficar tudo bem com ela?”.

    “Claro. Conheço Maria desde que era uma criança. Sabe o quanto significa para mim. Tenho certeza que ficará feliz”, Ronnie disse segura.

    Mas a governanta era tudo menos feliz. Voltou com uma cesta cheia de roupa suja justamente quando as duas mulheres estavam terminando sua comida. “Verônica, preciso falar com você”, disse irritada antes de entrar na lavanderia. A tampa da máquina de lavar se abriu e depois se fechou com um estrondo. A secadora sofreu o mesmo abuso.

    “O que está acontecendo?” Rose perguntou com preocupação.

    “Não sei, mas vou descobrir”. Ronnie deixou seu guardanapo e entrou na lavanderia, fechando a porta atrás dela.

    “O que está acontecendo Maria?”.

    “Sabe que seria muito mais fácil para mim se não tivesse que inspecionar toda a casa por suas roupas”. Deu as costas a sua patroa, aparentemente dobrando as meias limpas.

    “Quer falar comigo sobre deixar minha roupa no chão? Já deixei roupas atiradas no chão antes e você nunca se aborreceu com isso”. Ronnie se aproximou. “Está aborrecida desde antes do desjejum. Minha xícara não estava suja. Você me deu essa coisa feia amarela de propósito. Por que?”.

    “Não sou boba, Verônica. Tenho olhos”. Enrugadas mãos seguravam meias suadas com grande força. “Como pode fazer isto?”.

    “Acredito que não tenha nada a ver com a roupa e pare com o fodido Verônica. Está falando de Rose e de mim”. Esperou por uma resposta, mas sua governanta continuava poderosamente dobrando as meias. “Qual é o problema, Maria? Tudo bem ser lésbica desde que não aja como uma?”.

    Maria se virou e deu um irritado fulgor. “Tenho sido seu apoio sempre e de suas preferências. Como se atreve a pensar de outra maneira?”.

    “Então o que é isto?” Sua queixada ficou tensa de ira. “Rose está vivendo aqui a mais de três meses. Tinha que saber que dormíamos juntas”.

    “Dormindo, Ronnie, dormindo”. Maria tirou os lençóis da cesta e os meteu na máquina de lavar. “Você certamente não estava ‘dormindo’ com Rose a noite”. O detergente foi descuidadamente jogado dentro e a tampa se fechou em um golpe. “Isto é mau, verdadeiramente mau o que está fazendo a ela”.

    “Por que é errado amá-la? Por que é hoje algo diferente que ontem? Ajude-me a entender por que está tão irritada, porque agora não entendo!” Ronnie deu um soco na secadora, o barulho se espalhou através do pequeno cômodo. “Não é como Christine, Maria. É de Rose que estamos falando”.

    “Sei que não é como Christine. Nunca disse que era. Rose é uma doçura, amável e uma terna mulher que merece todo o melhor que a vida pode lhe dar”. Ainda irada se aproximou do balcão e começou a ordenar a roupa limpa. “Ela já foi bastante machucada”.

    “O que?” Ronnie balançou sua cabeça. “Do que você está falando?” Colocou as mãos nos ombros da governanta e virou a mulher mais velha de frente para ela. Os olhos de Maria estavam brilhantes e Ronnie suavizou seu tom. “Amo a Rose. Nunca poderia machucá-la”.

    “Não? Pensa que lhe escondendo a verdade não a está machucando?”.

    “E justo que verdade é que eu estou lhe escondendo?” Perguntou com indecisão.

    “Sei sobre o acidente… vi o Porsche antes que Hans o consertasse”.

    A cor abandonou o rosto de Ronnie e se encostou contra a secadora, esperando que suas pernas a pudessem manter direita. “OH Deus”, sussurrou. Olhava sua amiga e governanta de toda vida com os olhos azuis apavorados. “Maria, não pode dizer nada. Você não pode contar-lhe”.

    “Contar-lhe?” A mulher mais velha meteu seus dedos através de seu curto cabelo e moveu sua cabeça. “Não Ronnie, não vou contar. Conheço bem minha posição”. Virou-se novamente para a pilha de roupa. “Além disso, não é minha casa para decidir nada, é sua”. Fez uma pausa por um momento. “Ou só vai deixá-la continuar pensando que você é seu cavalheiro de armadura brilhante?”.

    As palavras atingiram, mas Ronnie não pôde negá-las. “Eu… não pude lhe contar. Não pude perdê-la. Não posso”. Sua voz engasgava e teve que olhar para outro lado. “Deixaria tudo para estar com ela, mas não posso fazer isso”.

    “É melhor que ela continue acreditando que algum bêbedo a atropelou e que você veio em seu resgate que lhe confessar que você é a responsável”. Maria fez uma pausa, debatendo entre se realmente queria fazer a seguinte pergunta ou não. “Você estava bêbeda?” Na falta de resposta, se virou, lendo sua resposta no rosto da alta mulher. “Meu querido Deus… você estava”.

    O longo cabelo escuro formou uma cortina quando Ronnie baixou sua cabeça e assentiu vergonhosamente. “Estava nevando e eu… não a vi até que já era muito tarde”. Respirou varias vezes antes de falar outra vez. “Daria qualquer coisa para mudar o que aconteceu aquela noite”. Levantou o olhar, olhos azuis brilhavam. “Mas não posso. Por favor, não pode dizer nada a ela”.

    Maria afastou o olhar e por um minuto nada foi ouvido exceto a batida surda da secadora enquanto ambas mulheres lutavam com seus pensamentos. Depois do que pareceu uma eternidade para Ronnie, a governanta suspirou e assentiu.

    “Não vou arruinar a felicidade desta menina, mesmo se esta é uma mentira. Já teve muitas verdades feias”. Virou de frente para Ronnie. “Não serei eu quem vai contar”.

    Ronnie soltou uma profunda respiração. “Eu a amo, Maria. A amo mais do que eu alguma vez amei a alguém em minha vida e não posso perdê-la”. Parou ao lado da mulher mais velha e reclinou seus cotovelos na pilha de linhos frescos. “Se eu puder…” olhou fixamente a parede, “… passarei a vida inteira fazendo-a feliz. Por favor, me dê essa oportunidade”.

    “Quanto mais tempo esconder pior será quando ela descobrir. Você lhe deve a verdade, Ronnie”.

    “Eu sei”, admitiu. “Mas não posso. Não ainda”.

    “Vá com ela. Tenho coisas aqui que preciso fazer”. Diante do olhar interrogativo de Ronnie disse. “Vá, ficarei bem uma vez que termine aqui dentro. Só preciso de alguns minutos”.

    ********

    “O que foi tudo isso?” Rose perguntou quando Ronnie voltou.

    “Ela só está tendo um mau dia, isso é tudo”, mentiu. “Acho que a morte de Tommy ainda a faz se sentir mal”.

    “Tem certeza que não é nada que eu tenha feito?”.

    “Tenho certeza que não é nada que você tenha feita, amor”. Inclinou-se e deu um beijo rápido na cabeça de Rose. “Vamos, estou certa de que há algumas fitas da Juíza Judy que você ainda não viu”. Desceu seus lábios até que estes estiveram ao nível com uma bem formada orelha. “Amaria estar abraçada com você no sofá”.

    “Pensei que não queria dar a Maria um show?” Rose perguntou.

    “O que?” Colocou sua mão em seu peito como se dissesse ‘quem eu?’. “Pensa que não posso manter minhas mãos afastadas de você?”.

    “Não”. A mulher loira sorriu e, equilibrando-se em um pé, deixou as muletas de lado. Envolveu os braços ao redor da cintura de Ronnie e moveu-se de maneira muito apertada. “Eu é quem não estou certa se posso manter minhas mim”. Esticou sua mão e agarrou um punhado da suave bunda de Ronnie. “Vê o que quero dizer?”.

    “Transformei você em uma adepta ao sexo ontem à noite?”.

    “Não, claro que não”. Rose se ruborizou e recostou sua cabeça contra o peito de Ronnie. “Só desfruto tanto em lhe tocar e sei que gosta disso também”.

    “Muitíssimo”, a mulher de cabelo escuro murmurou.

    “Sabe…”. Olhos verdes levantaram o olhar e se encontraram desamparadamente perdidos no azul. “Não me importa o vejamos sempre e quando possa estar em seus braços”. Os lábios se tocaram justo quando Maria saia da lavanderia. Não havia como duvidar do amor que estava acontecendo entre as duas mulheres. Isto acalmou um pouco a governanta e esta pôde sorrir quando Rose se virou para encará-la. “Maria, desculpe pela roupa, cuidarei de colocá-las no cesto de agora em diante”, disse, pensando que a desordenada roupa era a razão que a governanta estivesse tão aborrecida.

    “Desculpe, Rose, não foi minha intenção agir assim. Não sei o que me aconteceu. Por que vocês não se sentam e me deixam lhes trazer um pouco mais de café?” Pegou as xícaras vazias e se apressou antes delas. “Ronnie, não deveria deixá-la permanecer assim tanto tempo”. A executiva imediatamente obedeceu, ajudando Rose com sua cadeira.

    “Acho que acabo de ser repreendida”, sussurrou no ouvido da jovem mulher.

    “Também acho que foi”, veio a confirmação. “É melhor você se sentar”.

    “Boa idéia”. Um rápido beijo no rosto e Ronnie tomou assento. Maria voltou com os cafés e sorriu afetuosamente a Rose, dissipando a preocupação da jovem mulher.

    “Aqui está, querida”.

    “Obrigada”.

    “Bem, acho que levaremos isto até a sala de estar e deixemos Maria sozinha”. Ronnie disse quando se colocou de pé. “Rose sabe que fita tem dois companheiros de quarto discutindo sobre os dois mil dólares da conta de telefone?”.

    “Sim, acho que já sei. Não viu esse ainda?”.

    “Não”.

    “Então você está perdendo um bom, Ronnie”. A governanta concordou. “Esses dois tontos se apresentam vestido como se fossem um desses concertos de rock punk, com seus corpos todos perfurados e com cabelos verdes”.

    “Oh sim, isso foi espantoso, não é assim?” Rose concordou. “E o loiro com essa coisa em sua língua… ewww”. A jovem mulher se estremeceu no pensamento. “Posso entender os piercing nas orelhas, mas nas línguas e sobrancelhas?”.

    “E suas mães os deixam aparecer na televisão nacional assim”, Maria apontou enquanto as seguia para dentro da sala de estar. “E pensava que algumas das roupas em Jerry Springer estavam mal”.

    “Deveria ter ouvido a maneira em que a juíza Judy lhes gritava”, Rose acrescentou. “Creio que está na fita marcada de terça-feira”. Instalou-se sobre o sofá enquanto Maria empurrou o reposet numa posição melhor para ver a televisão e se sentou. Ronnie colocou a fita e contornou para pegar sua amante no oferecido abraço quando viu a governanta sentada ali. Observando a posição de Rose sobre um extremo do sofá, fez o mesmo, descendo a bandeja dos aperitivos entre elas para colocar as xícaras de café. A abertura começou e Ronnie meteu seus pés por debaixo de si mesma, apoiando seu cotovelo no braço do sofá. Enquanto cada um dos litigantes explicava por que não eram responsáveis pela conta, olhos azuis observavam Maria. A mulher mais velha estava atenta no caso e não notou quando uma longa perna se esticou até que os dedos dos pés pressionaram contra o quadril de Rose. O movimento ganhou uma olhada de zombaria da jovem mulher, mas Ronnie simplesmente balançou uma sobrancelha escura e voltou a cabeça para a televisão. Tentando dificilmente não sorrir maliciosamente, Ronnie continuou passando os dedos do pé por um lado da coxa e do quadril de Rose. Ao que parece era muito brincalhona porque a mão da jovem mulher apertou sobre o errante pé e o segurou de qualquer maneira. Ronnie quase o puxou para trás, mas sentiu o suave toque do polegar de Rose acariciando de um lado para outro contra a gema dos dedos de seu pé. Não se moveu para protestar quando sentiu que sua meia era tirada lentamente. Como o melhor magistrado, já que o juiz Wapner continuava repreendeu aos litigantes, Ronnie se encontrou recebendo uma das melhores massagens de pés que Rose jamais havia lhe dado.

    O caso terminou e outro começou. Curiosa, Ronnie retirou sua perna direita e esticou sua esquerda, satisfeita quando sentiu as delicadas mãos tirar essa meia também. Rodou sobre suas costas, usando o braço do sofá como um travesseiro. Logo esse pé estava recebendo o mesmo amoroso toque e Ronnie decidiu que não lhe importava nada quem ganhou ou perdeu no programa de televisão. Fechando os olhos, se concentrou nos dedos de Rose contra sua pele e a sensação relaxada que estavam criando. Os minutos fizeram tictac para quando esse episodio finalizou e outro começou.

    Maria se levantou e falou, rompendo o transe de Ronnie. “Tenho que voltar ao trabalho. Rose, vai estragá-la se continuar fazer isso”.

    “Hei, não descubra todos os meus segredos”, a executiva preguiçosamente protestou.

    “Isso está bom, Maria. Só lembrarei a ela que da próxima vez vou querer minha massagem de pés”. Deu uma palmadinha nos pés descansos sobre seu colo. “Mas agora preciso visitar o banheiro meninas”.

    “Mas eu estou confortável”, Ronnie disse, balançando seus pés.

    “Você não vai ficar confortável se de repente acontecer uma grande umidade justamente aqui”.

    “Bem, preciso de outra xícara de café de qualquer maneira”. Incorporou-se e deu a Rose as muletas, tomando um beijo como pagamento. “Humm, quando voltar nós subiremos a bandeja dos aperitivos e nos abraçaremos. Que tal?”. Ronnie decidiu mostrar algumas das vantagens de estar próxima mordendo suavemente a pele do pescoço de sua amante. “Humm? Você, eu, um sofá de couro suave”.

    “Comporte-se, Maria ainda está aqui, sabia”. Permitiu um beijo mais antes de se separar.“Pode me trazer um pouco mais também, por favor?”.

    “Com certeza, meu amor”.

    Ronnie estava voltando à sala de estar quando ouviu Rose chamá-la. Colocando as xícaras na mesa de café, entrou no banheiro para ver o que sua amante precisava. “Estou aqui, Rose. Do que precisa?”.

    “Poderia me trazer uma calcinha?” A voz claramente envergonhada do outro lado da porta do banheiro perguntou.

    “Por que? O que é… Oh”. Droga. “Ok, espere justamente aí. Trarei isso”. Ronnie tentou excluir a desilusão de sua voz quando se aproximou da penteadeira. De todas às vezes para que lhe chegue seu período, murmurou, tirando uma calcinha branca apropriada de algodão da gaveta. Entrou no banheiro para encontrar uma Rose claramente envergonhada sentada no vaso, a calcinha manchada já enxaguada e esperando dentro da pia.

    “De todas às vezes de ser uma mulher”, Rose disse quando tomou as limpas. Fez o possível para sorrir. “Acho que a sincronização é péssima, huh?”.

    “Isso acontece”, Ronnie respondeu, “como está a calça?”.

    “Não acho que esteja manchada”. Uma rápida comprovação confirmou sua declaração. “Sairei em alguns minutos”.

    “Tome o tempo que necessite”. Ronnie inclinou-se e beijou a testa de sua amante. “Não se preocupe por isso, Rose. É quanto… quatro, cinco dias? Sobreviveremos”.

    “Quatro ou cinco dias”. A jovem repetiu as palavras como se estas fossem uma sentença de morte. Seus olhos piscaram em sua amante e uma idéia se formou em sua mente. “Sabe, só porque tenho isto não quer dizer que…”.

    “Sim, eu sei. Quero que isto seja mútuo”, Ronnie disse firmemente, apesar do que seu corpo estava lhe dizendo.

    “Mas…”.

    “Nenhum mas. Nós podemos esperar até então”. Vendo o olhar no rosto de Rose, se ajoelhou e levantou o pequeno queixo com seus dedos. “Hei, olhe para mim. Esperei anos por você. Alguns dias mais não vão me matar”. Deixou seu dedo viajar até a delicada garganta e a gola da camisa de Rose. “Te amo”. Colocou-se de pé e recolheu a calcinha suja. “Levarei isto a Maria para que possa ser lavada em seguida enquanto termina aqui dentro”.

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