Capítulo 12
por Fator X - LegadoCapítulo 12
Quando chegou a hora de ir para a cama, Rose vestiu sua habitual camisa de Dartmouth enquanto Ronnie colocou uma calça e uma camiseta. Deslizaram-se para debaixo das cobertas e se encolheram juntas por um momento antes que a jovem mulher soltasse uma pequena risada. “O que foi?” Ronnie perguntou.
“Desculpe, é só que parece estranho estarmos vestidas depois desta noite”, admitiu, seus dedos deslizavam por debaixo da manga curta e acariciavam a suave pele que se encontrava ali.
“Não há nada que diga que temos que estar vestidas”, Ronnie afirmou. Sem prévio aviso se incorporou e tirou sua camisa, a luz da lâmpada revelava seus generosos seios ao olhar de Rose. “Por que não tira a sua também?”.
“Bem… acho que isto não faria nenhum mal”.
“Acho que não”. Olhos famintos tomaram conta de sua visão fazendo-a sentir água na boca pelos mamilos de Rose quando a camisa de Dartmouth foi tirada. “Deus, Rose…”Ronnie engoliu. “… Você é tão linda”. Cobriu o corpo menor com o seu e deixou que suas bocas encontrassem algo melhor para fazerem do que falar. Os lábios de Rose se separaram delicadamente quando o beijo se fez mais profundo e suas mãos rodearam as costas de sua amante em uma tentativa de puxar seus corpos para estarem mais próximos. As paixões se acenderam e os quadris se encontraram incapazes de permanecerem quietos. “Rose…”. Seus lábios se moviam sobre a delicada pele do pescoço da jovem mulher e os beijos começaram a baixarem, porém foram parados a centímetros de seu objetivo da rosada pele franzida.
“Ronnie… estou no meu período, lembra?”. Riu diante do desanimado olhar no rosto de sua amante. “É só por alguns dias”. Seus dedos tocaram os lados dos seios de Ronnie. “Com certeza…”. Um polegar tocou um escurecido mamilo. “… você não”. O outro polegar repetiu o movimento. “Ronnie… deixe-me fazer-lhe amor”.
A mulher de cabelo escuro se afastou do corpo de Rose e se acomodou a seu lado e longe dos dedos brincalhões. “Não posso”. Contornou o desenho dos lábios da mulher mais jovem com seu dedo. “Desejo lhe dar o mesmo prazer que você me dá”. Fez uma pausa. “Sabe… há alguns casais que tem sexo inclusive em seus períodos”.
“Não sei, Ronnie… isso parece desagradável para mim. Não posso fazer isso”. Rose rodou sobre seu costado e apoiou sua cabeça em sua mão. “Te amo, mas não posso deixar que me toque agora ali”. Esticou sua mão livre somente para ser detida.
“Não, você não. Não me enrole”. Ronnie esticou o braço e apagou a luz. “Te amo Rose. Vamos dormir”.
“Tem certeza que não posso fazer nada por você?”. Sua mão vagueou outra vez, desta vez alcançando seu objetivo.
“Rose…”. Resolvida tirou a mão de sua amante de seu seio. “Só se for mútuo”. Inclinou-se e seus lábios encontraram os de Rose. “Agora vamos dormir”.
********
O alarme foi desligado, apontando o começo de um novo dia. Ronnie acordou e se dirigiu para baixo para seu treino matutino, imaginando que Rose dormiria até que ela voltasse. Ficou surpresa, portanto, quando voltou e encontrou a jovem mulher sentada na mesa, completamente vestida e bebendo café. “Pensei que ainda estaria dormindo”.
“Oh não. Esqueceu que dia é hoje?”.
Ronnie se serviu de café em sua xícara. “Humm?”.
“Disse que poderíamos ir ao escritório hoje. Laura vai embora no final de semana”.
“E eu disse que isso seria hoje?” Tentou parecer séria, mas o sorriso no canto de sua boca a traiu. “Claro que lembro, amor. Só imaginei que levaria mais tempo para levantar”. Tomou um gole de café. “Não terá que fazer nenhum trabalho hoje, de qualquer maneira, só vai se acostumar com o funcionamento do escritório e aprender como usar o telefone”.
“Se houver algo que eu possa fazer, farei, não me importo”, Rose disse quando entregou o jornal a Ronnie.
“O que eu fiz para ser tanta afortunada?” Esticou a mão e acariciou o rosto da jovem mulher.
“Acho que a sorte está do meu lado”.
“Acho que meu coração poderia discutir com você sobre isso”. Inclinou-se para um beijo e foi encontrada no meio do caminho. “Te amo, Rose”.
“Também te amo”.
Este foi o passeio mais agradável para o escritório que Ronnie já fez. Quase um passeio turístico quando elas viajaram através das várias ruas de Albany. Numa intenção de evitar passar próximo do parque Washington, a vista do infeliz acidente, Ronnie pegou o caminho mais longo, desviou da rota atravessando a área do centro da cidade até que chegou a State Street e ao edifício Cartwright. Deixou Rose em frente ao gigantesco edifício antes de continuar até o estacionamento. Poucos minutos depois voltou e segurou a porta para que a jovem mulher pudesse entrar.
Nunca havia estado dentro da aristocrática estrutura, a jovem mulher estava rapidamente espantada com os altos arcos do teto e com os espaços abertos do vestíbulo. Uma placa grande de metal lhes dava as boas vindas ao edifício Cartwright.
“Nossos elevadores estão por aqui”, Ronnie disse, sorrindo para si mesma com o olhar no rosto de Ronnie. “Confessa que gostou de meu edifício?”.
“É lindo. E tão grande”.
“Muita gente trabalha aqui”.
“Todos eles trabalham para você?”.
“Não”. Ronnie pressionou o botão para subir, franzindo o cenho quando levantou o olhar e viu o andar em que o elevador estava. “A maior parte do vestíbulo e dos primeiros cinco andares são alugados a outras companhias e negócios. O resto deles trabalha para mim”.
“Sei que é uma companhia grande e tudo mais, mas quantas pessoas trabalham para Cartwright Corp.?”.
“Pergunte a Susan, ela sabe. Acho que entre todas as divisões diferentes há cerca de dez mil trabalhando para nós através da região, mas não estou totalmente certa. Ah! Vamos aqui”. O elevador abriu e várias pessoas saíram. Rose observou a imediata mudança na postura de sua companheira. A relaxada e cômoda Ronnie se foi. Agora a mulher diante dela era Verônica a poderosa e a que inspirava temor. Entraram e o botão foi pressionado antes que as portas pudessem se fechar. “Pode encostar-se contra a parede, Rose. Será um longo passeio até o andar de cima”.
Ronnie manteve a porta aberta enquanto Rose, saía bem em suas muletas. “Laura, quero que conheça Rose Grayson. Rose, esta é Laura”. As mulheres trocaram cumprimentos enquanto Ronnie revisava seus recados. “Tudo estabelecido? Rose, Laura lhe mostrará ao redor e conseguirá que você se situe. Estarei em meu escritório se precisar de algo”. Deu uma piscada para Rose antes de fechar a porta.
A mesa da executiva estava cheia com papéis e o almoço era a última coisa em sua mente quando Rose chamou a porta e assomou sua cabeça por esta. “Faminta?”.
“Já está na hora?”. Ronnie olhou seu relógio e levantou uma sobrancelha com a quantidade de tempo que havia passado. “Há uma lanchonete no andar de baixo se quiser ligar e fazer um pedido eles entregam”. Levantou o olhar e se encontrou perdida nos olhos de jade. Levantou-se e fez um gesto com a cabeça. “Venha, entre e feche”. Rose fez o que lhe foi pedido e se sentou no sofá, deixando sua perna esquerda apoiada sobre as almofadas. Ronnie de abaixou a seu lado, esfregando os lábios suavemente contra a orelha da jovem mulher. “Sabe o quanto te amo?”. Suspiro.
“Sabia que poderia lhe demandar por assedio sexual?”, Rose brincou. “A grande chefa má vem sobre sua inocente secretária jovem… ohh…”. Seus olhos se agitaram quando a boca exploradora desceu para morder seu pescoço. “Humm, que secretária de sorte”.
“Que chefa de sorte!”. Ronnie murmurou em resposta quando seus lábios viajaram pelo pescoço de Rose. “Vamos esquecer o almoço”. Seus longos dedos se levantaram para desabotoar a blusa cor oxido, mas foram detidos.
“Ronnie, não podemos fazer isto. Como acha que alguma de nós consiga trabalhar se me mantém presa no seu sofá?”. Liberou-se dos dedos da mulher mais velha e colocou suas mãos nos amplos ombros na intenção de evitar que a boca de Ronnie viajasse mais baixo. “O que quer para almoçar?” Viu o travesso brilho nos olhos azuis antes que sentisse a cálida respiração acariciando seu ouvido. Seus olhos se dilataram ao ouvir as eróticas palavras sussurradas em um tom incrivelmente sensual. “Humm… oh Deus… você não pode me falar assim”.
“Você gosta disso, não é?” A sobrancelha se mexeu diante do pensamento. “Humm…”. Acariciou o dourado cabelo e seus lábios desceram ao ouvido da jovem mulher. “Tenho toda a intenção de fazer amor com você justamente aqui neste sofá”. Sua voz era pura sedução e suas mãos se moviam para cumprir sua promessa, tomando o seio de Rose.
“Ronnie, não podemos fazer isto agora”. Moveu-se do contato muito erótico. “Estou em meu período, lembra?”.
“Você sabia, que um corajoso guerreiro pode estar disposto a entrar em um sangrento campo de batalha”.
“Verônica!” Chiou dando uma palmada de brincadeira no ombro da mulher mais velha. “Não posso acreditar que disse isso”. Suavemente se afastou de Ronnie e se incorporou. “Precisa tirar sua mente desse canal e pensar sobre o almoço”.
“Já lhe disse que não estou faminta… de comida”. Sua boca reclamou a de Rose quando se moveu sobre o sofá, cobrindo o corpo menor com o seu próprio.
A porta se abriu abruptamente. “Hei Ronnie, pensei que talvez pudéssemos almoçar em…”. A voz de Susan se arrastou apagando-se quando olhou sua irmã saltar fora do sofá e desviar o olhar. A ruiva sorriu maliciosamente quando uma muito envergonhada Rose se incorporou e precipitadamente abotoava os botões que os hábeis dedos haviam desabotoado. “Oh, suponho que já tem planos para o almoço. Oi Rose”.
“Oi, Susan”. A jovem mulher baixou o olhar de maneira culpada.
Incapaz de resistir, a Cartwright mais nova olhou para sua irmã. “Hei Ronnie, realmente você precisa se lembrar de trancar a porta com a chave quando não quiser ser interrompida ou você ainda quer continuar dizendo que nada acontece?”.
“A maioria das pessoas sabem que para se entrar em meu escritório deve anunciar-se”, a executiva grunhiu, claramente tão envergonhada como Rose. “Você disse algo sobre almoçar?”.
“Bem, não quero interromper seus planos”.
“Não temos planos, ainda”, Rose disse, recuperando a maior parte de sua compostura. “Acabava de entrar para perguntar a Ronnie o que ela queria quando…”. A sensação das mãos de sua amante sobre seu corpo estava ainda fresca, fazendo-a respirar profundamente. “Humm, o que teria em mente?”. Esforçou-se para não olhar para Ronnie.
Susan sorriu maliciosamente antes de continuar. “Acabaram de abriu um novo lugar chinês no North Pearl Street. Ouvi dizer que seu bufê é maravilhoso”.
“Sabe o que mamãe diria se soubesse que comeu de um bufê em público?” Ronnie brincou. “Com certeza, soa bem para mim”. Viu Rose alcançar suas muletas. “Oh… não há absolutamente nenhum estacionamento próximo dele”. Pensou por um momento. “Já sei, as encontro lá embaixo, desço, então trago o carro de novo para o estacionamento. É só cinco minutos de caminhada de volta”.
“Não precisa fazer isso”. A jovem mulher respondeu. “Em absoluto está tão longe. Posso caminhar”.
“Não sei, Rose… cruzar State Street com todo esse tráfego do meio dia”, Ronnie balançou a cabeça. “Susan, por que não pedimos para que entreguem aqui?”.
“Isso para mim está bem”.
“Tem certeza?” Rose perguntou. “Parecia que queria sair um pouco”.
“Não, só queria que algo mais que as telenovelas me fizessem companhia para o almoço hoje”. A ruiva olhou para seu relógio, o telefone, e então para sua irmã. “Mas realmente estou com fome”. Outro pensamento lhe ocorreu. “Onde vamos comer?”.
“Por que não, na sala de conferências?” Ronnie perguntou.
“Não podemos. Brooker tem uma reunião ali”.
“Não há um refeitório?” Rose perguntou inocentemente. As irmãs olharam uma para a outra e riram suavemente.
“Há uma lanchonete no vestíbulo e uma sala de descanso no corredor, mas não há realmente um refeitório”, Susan disse. “A maioria das pessoas sai para o almoço ou come em suas mesas. Os refeitórios tendem a fazer com que as pessoas tomem longos descansos e isso reduz a produtividade”.
“Oh, não comece com isso outra vez”, Ronnie avisou. “Primeiro seriam os preguiçosos, depois os fumantes, depois as fofocas”. Aproximou-se e colocou as mãos nos ombros de sua irmã mais nova. “Antes que saiba ela emitirá todo tipo de notas e terei a Clerical Unión gritando para mim outra vez”.
O almoço e o resto do dia de trabalho voaram rapidamente. Como Ronnie esperava, todos conheceram a Rose e imediatamente gostaram dela. A jovem mulher rápido se situou em sua nova posição. A executiva rapidamente aprendeu os benefícios complementares de ter sua amante sendo sua secretária. Ronnie podia chamá-la a seu escritório e não só ter suficiente dos beijos da mulher loira como também provar da doçura da boca de Rose uma vez mais. As fantasias brincaram na mente da executiva. Fantasias que incluíam, o incrível sofá de couro em seu escritório e Rose nua esperando por ela. Além disso, sabia que elas poderiam fazer isso. Porém tanto como se amavam uma a outra, havia um tempo e lugar para tudo e em seu escritório durante horas de trabalho não era este. Abrindo sua agenda, os olhos azuis caíram no próximo sábado. Tinha certeza que o período de Rose já teria então acabado. A frisada caneta verdeazulada girou em seus dedos antes que distraidamente desenhasse um coração na seção de notas da página. Logo o coração encontrou letras gravadas dentro dele. R.G. + V.C. Emotivas rosas começaram a encher as margens, quando Rose as viu mais tarde, provocaram que a jovem mulher irrompesse em lágrimas de felicidade. Tanto quanto Ronnie estava surpresa pela reação, ela estava mais que disposta a se oferecer para consolo, tomando a amante em seus braços e descansando seu queixo sobre o dourado cabelo. Este era um dos momentos que mais desfrutava, consolar Rose em seus braços. Era nesses momentos que Ronnie se sentia inteira, completa. Sabia que nunca poderia viver sem os dançarinos olhos verdes e o lindo sorriso de sua preciosa Rose.
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Quando esse sábado chegou, Ronnie acordou com o sol, lembranças de quando fez amor com Rose dançavam em sua mente uma e outra vez. Uma imagem em particular concentrava-se em sua mente quando saiu da cama e caminhou sem pressa ao banheiro.
“Oh, droga!” O grito de exclamação despertou Rose de seu sono.
“Que foi?”.
“Nada”. Outra palavra ruim sufocada, então o som da água correndo.
“Ronnie?” Rose pegou suas muletas e se dirigiu ao banheiro. “Você está bem?”.
“Sim”, Ronnie respondeu do outro lado da porta. Sua roupa íntima acabou na pia com a água correndo sobre ela. Lavou-se então abriu a porta. “Advinha o que aconteceu?” Disse quando passou, alegrando a Rose com a visão das firmes bochechas que balançavam debaixo da camiseta cinza.
“Está brincando!”.
“Não”. Tirou uma calcinha da gaveta e a colocou. “Falando de péssima sincronização”. Inclinou-se e deu um beijo rápido em Rose. “Mas não há por que você não fazer”, sussurrou com uma voz rouca, suas mãos deslizaram por debaixo da dobra da camisa de Dartmouth em busca dos montículos gêmeos. A jovem mulher se afastou do alcance da outra mulher.
“Espera um minuto aí, senhorita… Não pude lhe tocar quando estava no meu”.
“M-mas…”. A executiva fez uma careta, dando-se conta de onde esta conversa estava se dirigindo… E era sobre quando ela não estava. “Rose… você sabe que só porque você não pôde me tocar isso não significa…”.
“Nem sequer pense em tentar isso. Não funcionou quando eu tentei, lembra?” Os olhos da jovem mulher pousaram-se no corpo atlético diante dela e suspirou. “Desejava isso também, você sabe”.
“Mas… mas…”. Ronnie foi silenciada pelos dedos de Rose contra seus lábios.
“Espero que o supere rapidamente, querida”. A jovem mulher disse carinhosamente. “Talvez no próximo mês reconsidere quando eu quiser lhe tocar”.
*********
Rose desejava que Ronnie pudesse estar com ela no consultório quando a doutora Barnes lhe tirou o molde, mas uma importante reunião forçou a executiva a permanecer no trabalho enquanto que Maria levou a jovem mulher à consulta. A pequena serra alternadamente cortava o gesso, lhe fazendo cócegas no processo. “Só um pouco mais”, a doutora lhe disse. A serra foi colocada de lado e umas tesouras cortaram através do algodão e soltaram o molde que sustentava a perna de Rose. A primeira coisa que viu quando desceu o olhar a sua perna foram os longos filamentos dos longos pêlos loiros que surgiam além da pele seca e escamosa. Balançou os dedos do pé, franzindo o cenho no tingir da dor que atravessou seu tornozelo. Havia estado fazendo isto por várias semanas e a resposta havia sempre sido a mesma, no entanto Rose de alguma maneira havia acreditado que quando o molde fosse tirado a dor desapareceria. Depois de tudo, não levou muito tempo para que sua perna direita se curasse e agüentasse seu peso. “Quando posso começar a caminhar nele?” Flexionou seu pé, assobiando na agonia que isto causou.
“Temo que caminhar não seja algo que vai acontecer ainda, Srta. Grayson”.
“Mas…”. Olhou a médica de maneira temerosa. “A senhora disse que não colocarei mais moldes”.
“E assim será, nada de novos moldes”, a médica a tranqüilizou. “Mas seu tornozelo sofreu muitas lesões e não se curou tão bem como havia esperado. Não podemos deixá-lo sem suporte. A senhorita precisará de um reforço”. Cruzou a sala e pegou um na gaveta. Uma lona azul escura cobria umas correias planas metálicas e o velcro o mantinha todo unido. Rose olhou o objeto com desânimo. Este representava o achatamento de sua esperança e outra lembrança do acidente. Escutou silenciosamente quando a doutora explicou a necessidade da terapia física e insistiu que o tornozelo estava muito debilitado para suportar algum peso e ainda mais uma dezena de outras coisas que Rose não quis ouvir. Seu único consolo era que poderia tirá-lo para tomar banho. Tanto quanto a mulher loira havia estado desejando colocá-lo de molho em uma banheira de água quente, isto parecia agora insignificante.
Embora Maria tentasse fazê-la conversar durante o caminho de volta a casa, seus intentos só conseguiram respostas entre dentes ou silêncio. Uma vez dentro, Rose disse que estava cansada e se retirou a seu quarto.
Esperando ansiosamente que a doutora estivesse enganada, colocou as muletas contra a parede e deixou seu pé esquerdo se apoiar contra o chão. Havia uma pontada de dor, mas nada com que não pudesse viver. Inclinou-se, colocando mais peso no delicado tornozelo. A terrível dor a atravessou e caiu sobre o chão. A dor foi catalisador quando as vias lacrimais se abriram e sua respiração saiu em sutis soluços. Maria entrou e a ajudou a se meter na cama onde Rose rapidamente adormeceu.
Ronnie entrou um pouco de tempo depois, havia sido chamada pela preocupada governanta. Ouviu somente uma breve explicação do que havia acontecido no consultório da doutora para que a executiva se desse conta do porquê de sua amante estar tão transtornada. Rose havia estado emocionada no café da manhã sobre a perspectiva de ter o molde tirado completamente. Atraída dentro do bom humor da jovem mulher, Ronnie não havia pensado na possibilidade de que eles pudessem substituir o molde por um apoio. De fato, havia estado mais enfocada no conhecimento de que seu período finalmente havia terminado e depois de uma semana e meia finalmente poderia fazer amor com Rose outra vez. Agora olhando os olhos inchados e a reveladora umidade no travesseiro, sentiu um pedacinho de culpa. Todos os pensamentos amorosos se afastaram de sua mente, Ronnie deu um ponta-pé em seus sapatos e subiu na cama junto a sua amante.
Rose sentiu uma suave carícia em seus ombros quando a consciência lhe voltou. Inalou a fragrância do perfume de Ronnie e sorriu, sabendo que sua querida estava ali com ela. Rodou sobre si e fez uma careta por causa da dor em seu tornozelo. “Oi”.
“Oi”, Ronnie respondeu. Sua testa se franziu em preocupação. “Deram-lhe algo para a dor?”.
“Mais Percocet”, encolheu os ombros, seu tom era baixo. “Posso tomar um banho agora, mas não muito mais”. Deixou-se se arrastada contra a mulher mais alta e enterrou seu rosto na blusa de seda. “Ainda tenho que usar as malditas muletas”. Encolheu-se mais próxima, suas gemas dos dedos remontaram o braço de Ronnie. “Tentei colocar peso nele”, admitiu. “Mas isto doeu muito”. Suas pernas se esfregaram uma contra a outra. “E agora isto pica”. Ronnie assentiu, lembrando quando o molde direito de Rose foi tirado. “E diga-me”, Rose continuou. “Como foi o último dia de Laura?”.
“Bem. Ela se alegrou com sua festa de chá de bebê surpresa”.
“Bom, fico contente que ela tenha desfrutado. Sinto não ter podido estar presente”.
“Sim, ela entendeu. A propósito, ela amou as roupinhas e os abrigos para bebês”. Os nós de Ronnie tocavam contra a suavidade das bochechas de Rose. “Mas agora não quero falar dela. Você teve um dia bastante duro por conta disso. Olha, seu molde foi tirado e ela disse que poderia tomar banhos agora, correto?”.
“Correto…”.
“E o que acha de deixarmos Maria ir para casa mais cedo hoje e você e eu aproveitarmos dessa grande e assombrosa banheira que temos lá em cima, hummm?” Sentindo a excitação de Rose, acrescentou, “Tenho uma garrafa cheia de espumas de banho justamente esperando por você. E se você for uma boa garota posso inclusive ser convencida a me unir a você”.
“Está me dizendo que terminou seu…”. Os olhos de Ronnie brilharam de maneira travessa quando assentiu. Rose engoliu em seco. “Oh!”. O dedo que havia estado remontando a linha do braço agora percorria de um lado para o outro contra a atraente bunda. “Isso quer dizer que posso lhe tocar agora”. A jovem mulher murmurou, sua voz era um sensual sussurro. “Senti falta disso, você sabe. De lhe tocar”. Levantou sua cabeça, seus lábios encontraram os de Ronnie. “Não me castigue assim outra vez”.
“Não farei mais isso”, a executiva prometeu, sabendo bem o que a jovem mulher estava sentindo. “Como está sentindo agora o tornozelo? Acha que está pronta para esse banho?”.
“Vai me acompanhar?” Rose perguntou sem vergonha, a visão de uma Ronnie ensopada e nua, fez com que seu coração batesse mais rápido.
“Adoraria fazê-lo”, a mulher de cabelo escuro respondeu.
**********
Ronnie atenuou a luz, trocando o brilhante branco por um suave amarelo antes que sua amante entrasse em seu dormitório. “Sente-se na cama, vou lhe ajudar a se despir”, lhe ofereceu. Economizando tempo, começou a se despir, tirando sua saia e a blusa antes de perceber que Rose estava parada ali, a observando. Virou de frente a mulher mais jovem, lentamente tirando o resto de sua roupa. Estava parada ali nua, seus escuros cachos destacando-se contra sua pele. Rose engoliu várias vezes enquanto seus olhos vagavam de cima a baixo no escultural corpo.
“Tão linda”, a jovem mulher sussurrou.
“Minha vez de ver sua beleza”, Ronnie contra-arrestou, conduzindo Rose a beira da cama. As muletas foram afastadas do caminho e um por um dos botões foram abertos para revelar a cremosa carne branca. Por fim toda a roupa foi tirada, somente deixando o apoio azul marinho para empanar a imagem. Cuidando de não golpear o delicado tornozelo, Ronnie abriu as correias do velcro e tirou o apoio. “Acho que primeiro uma ducha para tirar toda essa pele morta seria uma boa idéia”.
“Você vai me segurar na ducha?”.
“Não, há um banco construído dentro na parede e a ducha tem uma mangueira. É uma dessas do tipo massageadores”.
“Você realmente tem…”.
“Todos os brinquedos?” Ronnie interveio. “Sim”. Sorriu amplamente quando seus olhos caíram em sua gaveta do criado mudo e sua mente se encheu de imagens do que estava escondido em seu interior. “Sabe Rose…” sua voz adquiriu um tom sensual. “Tenho alguns brinquedos que você ainda não viu”.
“Que tipo de… Oh”. Olhos verdes se abriram em surpresa, então se fecharam com o pensamento dos possíveis usos. “Esse tipo de brinquedos”.
“Humm, humm”. Quando se beijaram, Ronnie pressionou seu corpo contra o de Rose, gemendo ao sentir a coxa da mulher mais jovem pressionar contra seu inchado centro. Devolveu o favor, movendo sua musculosa coxa contra as úmidas dobras de Rose. “Continue fazendo isso e nunca entraremos nesse banho”, disse de maneira rouca. Com grande autocontrole levantou o corpo da mulher menor e a recolheu em seus braços. Sorriu quando sentiu os braços de Rose se envolver ao redor de seu pescoço. Como uma previsão esticou uma mão e com seus dedos enganchou a beira da manta, puxando a ponta enquanto esta ainda se sustentava sobre sua amante.
“Gosto quando você me segura assim”, Rose disse, plantando carinhosos beijos por todo o ombro e clavícula de Ronnie. Logo estavam no banheiro e tiveram que se soltarem do abraço. Balançando-se em um pé e inclinando-se contra a parede para se apoiar, esperou enquanto que Ronnie rápido abria a água e regulava a temperatura. Uma vez que estava pronta, deixou que sua alta amante lhe ajudasse na ducha.
“Se for muito bruta com você, me diga, Ok?” Ronnie pediu quando se ajoelhou ao lado dela.
Mas a executiva foi tudo, menos bruta. Envolveu a toalhinha ao redor de seu dedo e deu a esta uma generosa quantidade de espuma antes de ir a alguma parte da pele de Rose. Pouco a pouco a pele morta foi sendo retirada, deixando um novo rosado atrás. Quando essa tarefa foi terminada, usou seu gel para raspar colocando uma boa quantidade de espuma antes que seu depilador tirasse o picante pêlo da perna de Rose. Uma vez finalizado, aproximou-se da banheira quente e acrescentou bolhas de sabão de banho antes de voltar à ducha. “É uma banheira grande. Vai demorar cerca de dez a quinze minutos para enchê-la. Quer esperar ou se meter nela enquanto ela enche?”.
“Acho que prefiro esperar e me afundar nela quando estiver cheia. Passei muito tempo sem poder me banhar”.
“De acordo. Deixe-me lhe secar. Então pode se sentar nesse acolchoado branco até que esteja pronto”. Aproximou-se do closet de roupa branca para pegar mais toalhas.
Rose olhou e sobrecarregou-se ao apreciar o vai e vem dos quadris do firme corpo da morena. O monte de toalhas bloqueou a visão dos seios de Ronnie quando a mulher voltou, mas sabia que os veria próximo e pessoalmente muito logo. Seu desejo foi concedido um minuto depois, quando os fortes braços a recolheram e a sustentaram de maneira apertada contra os montículos. Rose se aproveitou de sua posição para dar uma pequena mordida no pescoço de sua amante enquanto era levada para a banheira. Não querendo que Ronnie acidentalmente escorregasse, parou seu atormentar e desceu o olhar, as agitadas, bolhas que cobriam a água. “Cuidado com o tornozelo”, a mulher mais velha lhe recomendou. “Não tem nada para protegê-lo aqui dentro”. Rose estendeu os braços aos lados da banheira quando Ronnie se ajoelhou e a baixou dentro desta.
“Ohhh… Isto é muito bom”, a jovem mulher ronronou quando a água quente amontoou-se ao redor dela. Um moldado assento lhe fez sinais para que se sentasse e assim o fez, surpresa de encontrar minúsculos jatos lhe massageando suas costas. Virou para ver que havia de fato vários buraquinhos brotando na corrente de água debaixo da superfície. “Isto é muuuiiito agradável”.
“Então gostou disto, humm?”. Ronnie perguntou quando se colocou no assento adjacente, a diferença de altura motivou que seus mamilos se destacassem sobre a água enquanto que os de Rose se ocultavam debaixo da espuma.
“Vejo claras vantagens nesta banheira”. Rose disse quando sentiu uma suave, mas decidida mão se mover debaixo d’água. Separou suas pernas, dando a Ronnie o acesso que precisava. “Algumas… definitivas vantagens… humm, humm”. Girou sua cabeça e encontrou seus lábios sendo reclamados por sua amante de cabelo escuro. O beijo rapidamente ficou apaixonado e quando a mão de Ronnie subiu até o alto de seu seio, Rose estava certa que ia ter um orgasmo justo ali.
“Foram oito longos dias”, a executiva grunhiu, seus olhos eram atormentados sem piedade pelas bolhas que se negavam a deixá-la ver os tesouros ocultos embaixo destas. Girou e montou a cavalo nas coxas de Rose, com a intenção de beijar sua amante. Mas se esqueceu de uma coisa importante… A diferença em sua altura. Antes que Ronnie pudesse de colocar novamente, a boca de Rose havia aceitado o aparente convite e havia reclamado seu mamilo. “Oh Rose…”. Os olhos azuis se fecharam quando deixou que a jovem mulher se saciasse primeiro de um, então do outro seio. Finalmente se jogou para trás descendo o olhar aos lindos olhos verdes. “Continue fazendo isso e ficaremos aqui por muito tempo”. Afundou-se novamente em seu assento.
“Não sei o que faz comigo”, Rose disse quando um lindo rubor apareceu em suas bochechas. “Você se moveu e de repente eles estavam ali”.
“Transformei-a em uma maníaca sexual com somente uma noite de paixão?” Ronnie brincou.
“Só com você”. A mão da jovem mulher se moveu debaixo da água para apóiá-la na coxa de sua amante. “Te amo e amo lhe tocar”.
“Isto acontece da mesma maneira comigo, sabia?”. Ronnie disse, colocando sua mão no rosto de Rose. “É melhor eu me mover para o outro lado ou então você não conseguirá se molhar”.
“Não, está bom assim. Eu prefiro ter você assim comigo”.
Bom resultou ser um termo relativo quando ambas se aproveitaram da intimidade que a banheira quente lhes oferecia. Os lábios encontraram uma razão para se buscarem freqüentemente e os seios nunca estiveram tão limpos. As mãos ensaboadas vagaram livremente, às vezes atormentando, às vezes acariciando, sempre prometendo uma apropriada recompensa durante uma longa espera. A paciência de Ronnie havia sido provada ao limite. Seus dedos vagaram sobre a sedosa pele, no entanto não podia tocá-la da maneira que desejava. “Rose…”. Sua voz soava crua, profundamente sensual em sua rouquidão. “Acho que é hora de sairmos da banheira. E irmos para a cama”.
A mente de Rose se fechou a tudo exceto as grandes palmas que acariciavam seus doloridos mamilos. “Oh… você sabe bem como fazer isso…”. O toque era suave e ao mesmo tempo tortuoso… Justo na correta quantidade de fricção quando Ronnie desenhou pequenos círculos com suas palmas. Rose meteu seus dedos através do sedoso cabelo escuro, porém só as pontas realmente estavam molhadas, e puxou sua amante para um beijo. As mãos de Ronnie estavam encaixadas entre os seios levantados e isto só serviu para fazer com que ambas mulheres desejassem mais. Os beijos eram apaixonados, conduzidos pela dolorosa necessidade, ambas de maneira silenciosa haviam decidido dizer não ao prazer e preferiram esperar até agora, até este momento. Ronnie demorou bastante tempo para liberar suas mãos de sua suave prisão e para tirar a mulher menor de seus braços. Saiu da banheira e parou tempo suficiente para que Rose pegasse algumas toalhas da estante antes de entrar na suave luz do dormitório. Colocou a jovem mulher sobre o cobertor, não se preocupando em nada que este se encharcasse. Utilizaram as toalhas para secarem uma a outra, ambas sabiam que havia um lugar que não se secaria logo.
Rose se deitou sobre suas costas, encontrando o confortável calor de Ronnie sobre ela. “Acho, minha pequena rosa, que estou desesperadamente apaixonada por você”. As carinhosas palavras foram pontuadas com um carinhoso beijo em seu rosto. “Realmente”, Ronnie corrigiu. “Sei que estou”. Rose sentiu um longo dedo traçar o caminho até seu rosto. “Você é a melhor coisa que já me aconteceu”, sua amante continuou. “Sei que isto soa brega e tudo mais, mas isto é verdade”. O dedo que vagava encontrou seu caminho até seus lábios e Rose pensou que seu coração arrebentaria pela emoção que corria através dele. “Te amo”.
“Te amo, Ronnie”. A espera de Rose havia acabado quando sentiu os suaves lábios sobre os seus. Poderia lhe beijar sempre, pensou para si. “Siimm…”. Hábeis dedos encontraram seu mamilo e o apertaram suavemente, trazendo muito mais prazer que tudo o que suas próprias mãos haviam feito antes. Devolveu o beijo com fervor, suas mãos subiram para regressar a deliciosa sensação. Ronnie interrompeu o beijo e deu um gemido hedonista. Rose lembrou do quanto desfrutou do toque na primeira vez que fizeram amor e repetiu os movimentos, apertando suavemente com seu polegar e indicador. Sim, Ronnie assim.
“Isso… isso é delicioso, Rose”.
“Fico alegre”, respondeu, incrementando o ritmo nos cheios topos endurecidos dos mamilos de Ronnie quando suas bocas se juntaram outra vez. As línguas se lançaram e dançavam, dando e tomando enquanto exploravam uma a boca da outra. Quando o beijo finalmente se interrompeu, Ronnie se moveu até embaixo e Rose sentia os úmidos cachos tocarem sua coxa. “Ronnie onde você está… unggh…”. Seu mamilo foi rodeado pelo calor úmido, uma língua esperta funcionando em um concerto com os brancos dentes para tirar as mais maravilhosas sensações de seu corpo. “Sim amor… siiimm…”. Enterrou seus dedos profundamente no sedoso cabelo, impulsionando sua amante a fazê-lo. Seus quadris começaram a se mover para cima em busca de alívio, encontrando este na flexível pele da coxa de Ronnie. “Oh…”. Levantou-se outra vez, cravando seus calcanhares na cama. Uma cegante dor atravessou seu tornozelo esquerdo. “Ow, ow… ow… espera”.
Ronnie saiu em um abrir e fechar de olhos e alcançou a lâmpada. “Que foi? Machuquei-lhe? Foi muito bruta? O que foi?” As palavras saíram numa rajada de preocupação.
“Não, não, não foi você”. Gemeu, alcançando seu desprotegido tornozelo. “Não estava pensando”. A cama se levantou um pouco quando Ronnie desceu desta, voltando um momento depois com o apoio.
“Não vou correr nenhum risco em que haja algum dano outra vez”.
“Desculpe…”. O resto de sua frase foi cortada pelos lábios de Ronnie sobre os seus.
“Não tem porque”, a executiva disse quando o beijo terminou. O apoio foi assegurado, a colocação foi comprovada, então com uma acrescentada preocupação Ronnie as moveu de lado para que os pés de Rose pendurassem sobre a beira. “Agora onde eu estava?”.
“Creio que você estava justo aqui”, Rose acrescentou atentamente, usando suas mãos de ambos os lados do rosto de Ronnie para dirigir a mulher de novo a seus erguidos mamilos. “Ahh…”. Recostou-se e deixou sua amante de cabelo escuro chupar seus seios, perdendo-se na sensação. Mas logo esses amorosos lábios se moveram para baixo, plantando suaves beijos sobre seu tronco. Rose sentiu que suas pernas eram separadas e percebeu o que estava a ponto de acontecer. Havia lido sobre isto num livro na biblioteca, inclusive viu esta atuação no vídeo para adultos, mas nunca havia experimentado o ato intimo. Longos dedos separaram suas pregas e antes que Rose pudesse reagir à cálida respiração a acariciava, sentiu a língua de Ronnie sobre ela.
“Humm”, a executiva gemeu em aprovação.
“Oh… oh sim é delicioso, Ronnie… ahh…”. Era indescritível, era como se fosse levada ao lugar mais alto do que jamais havia conhecido, no entanto não sentiu medo. Moveu-se contra o músculo invasor, seus dedos como garras contra a cabeça de cabelos escuros. A língua de Ronnie buscou cada resquício e fenda, provocando que os quadris de Rose tomassem vida própria. “Sim… oh…”. Sentiu suas pernas levantadas e logo estas se apoiaram sobre os ombros de Ronnie quando a amorosa língua trocava de longas carícias a rápidas sacudidas sobre sua parte mais sensível. “Oh Deus… Ronnie…”. Oh não, não ainda, pediu silenciosamente quando seu corpo começou o espasmo. Por favor, é muito cedo. Mas a jovem mulher foi impotente quando seu corpo fraquejou a um clímax contra a língua de sua amante.
O peito ainda batia com força, Rose apenas teve tempo para conseguir que sua respiração novamente voltasse ao normal antes que seus lábios fossem reclamados e os dedos de Ronnie encontrassem o manancial de desejo que os esperava.
“Rose…”. Sentiu que Ronnie esperava justamente no exterior de sua entrada, suavemente rogando-lhe permissão para entrar. Tão logo? Não sei se eu… Ooh. Qualquer duvida que Rose podia ter tido sobre estar pronta para mais foi apagada quando sentiu o dedo de Ronnie deslizando-se dentro dela. A cálida respiração acariciou seu ouvido. “Oh Rose… isto é tão delicioso…”.
“Deli-ci-o-so…”. Repetiu, sua atenção construía um túnel ao lugar onde eles estavam reunindo-se. “Mais… ooh…” O dedo de Ronnie a encheu profundamente, tocando Rose em lugares que não sabia que existiam. Girou sua cabeça para ver os olhos azuis lhe sorrindo.
“Gosta disto?”.
“Siimm… siimm… mais…”. Sentiu uma sensação de perda quando Ronnie se retirou novamente da beira de sua abertura, então gritou com prazer quando dois dedos a penetraram completamente. Oh Deus, isto é maravilhoso. Não pare, por favor. Rose de maneira desesperada procurou os lábios de sua amante e gemeu seu prazer dentro da boca de Ronnie. Um surpreendente movimento foi estabelecido quando se beijaram de maneira faminta. Incapaz de usar sua perna esquerda para se apoiar, Rose subiu seu calcanhar direito sobre a cama e se arqueou nas pressões de Ronnie. “Siimm…”.
“Oh Rose… você é maravilhosa, tão deliciosa… te amo”.
“Eu… te amo”. As palavras de Rose saíram sem ar quando os oscilantes movimentos aumentaram. Os dedos de Ronnie continuaram enchendo e retirando-se enquanto seu polegar tocava de um lado para outro contra o rígido clitóris de Rose. “Oh Deus… por favor”. Não tinha idéia do que estava pedindo, mas confiava em Ronnie para lhe dar isso.
“Siimm”, a mulher de cabelo escuro grunhiu. Rose sentiu os suaves lábios pressionar contra seu pescoço e gemeu com aprovação quando os dedos de sua amante buscaram novos lugares profundamente dentro.
“Oh sim, Ronnie… sim… oh isto é maravilhoso… sim…”. Arqueou-se novamente, pressionando seus seios contra o firme corpo sobre ela. Ronnie moveu-se, encontrando um rígido mamilo que pedia sua atenção. Isso foi muito para Rose. A umidade contra sua perna, os dedos acomodados profundamente dentro dela, a amorosa boca quente beijando seu seio…Um fogo começou em sua garganta, e seus músculos se apertaram para baixo, negando-se a deixar que os dedos de Ronnie saíssem. “Oh Ronnieee…”.
“Sim, amor”. Os aprisionados dedos se moviam tanto como podiam. “Estou com você, se deixe ir…”.
“Eu… eu… oh Deus, Ronnie!” Os músculos internos se convulsionaram, o orgasmo que estilhaçou atravessou Rose com uma força que esta jamais havia conhecido. Nada existiu somente os amorosos braços que a sustentam e as carinhosas palavras que eram sussurradas em seu ouvido. As pálpebras de Rose se negaram a abrir-se, seu corpo pulsava com réplicas sísmicas. Isto aconteceu antes que se desse conta que seu agarre ao redor do corpo de Ronnie evitava provavelmente que sua amante respirasse. Relaxou os braços, deixando-os cair frouxamente de novo na cama. “Oh Ronnie”, suspirou, sua boca estava seca e sentia seu corpo totalmente desossado.
“Shiii… estou com você, amor”. Rose abriu lentamente os olhos, a suave luz da lâmpada permitiu que visse o amoroso sorriso no rosto de Ronnie. “Vou tirar meus dedos agora, OK?”. Disse, seus dedos ainda estavam absolutamente dentro de Rose. Rose assentiu e se estremeceu suavemente quando a íntima conexão foi quebrada.
“Você é maravilhosa”, sussurrou, encolhendo-se dentro dos braços abertos. “Hummm, poderia permanecer assim para sempre”.
“Eu também gostaria disso”, Ronnie disse. Quando sua mão acariciou o rosto de Rose, a jovem mulher inalou o cheiro de si mesma e seu corpo se moveu ao lembrar de onde haviam estado esses dedos. Meteu sua mão esquerda entre seus corpos parando somente quando seus dedos tocaram os úmidos cachos.
Ronnie gemeu e seus quadris se moveram para frente em resposta. “Deite-se”, Rose sussurrou.
Colocando sua alta amante de maneira diagonal na cama, se moveu até que seus lábios encontraram um enrugado ponto para colocar sua boca dentro. A firme mão em sua nuca falava tão alto como o gemido que vinha dos lábios de Ronnie. Seus dedos encontraram a quente umidade esperando por eles. Levantando a cabeça de sua tarefa por um segundo, trouxe os dedos a seus lábios e os provou, sua língua deslizava para fora para retirar cada gota. “Rose… Deus isso é sexy”, Ronnie murmurou. Inspirada pelas palavras de sua amante, a jovem mulher começou a fazer uma demonstração da limpeza de seus dedos, recompensada pelo ansioso retroceder debaixo dela. Com desejo, curiosidade, e uma boa dose de nervosismo, Rose desceu até que seus lábios estavam próximos do escuro triângulo de pêlos. A mão em sua nuca permanecia, suavemente impulsionando-a a continuar. As pernas de Ronnie se separaram de par em par em um convite. Subindo sobre uma perna e se colocando dentro da posição, Rose encontrou seus lábios a escassos centímetros de seu objetivo. Grossos escuros pêlos faziam cócegas em seu rosto antes que sua língua dividisse o caminho e se afundasse dentro para provar o doce líquido. Os gemidos de Ronnie eram amortecidos pelas coxas pressionadas contra os ouvidos de Rose, mas a jovem mulher os sentia de qualquer maneira. Sua boca rapidamente aprendeu seu caminho ao redor quando a respiração de Ronnie se fez mais rápida. “Siimm, oh Rose, aí… não… sim assim, justo aí, sim”.
Longas pernas se envolveram ao redor de seus ombros, segurando Rose em seu lugar. Não que lhe importasse. Sentir Ronnie reagindo a sua língua era mais que suficiente para manter a jovem mulher nessa posição para sempre. Alternou entre lamber o clitóris de Ronnie a submergir-se mais baixo e beber mais do líquido que evidenciava seu efeito sobre sua amante. Os gritos e gemidos foram o incentivo para estimulá-la, seu objetivo para enviar Ronnie sobre o mesmo pináculo maravilhoso que havia alcançado apenas há alguns minutos antes. Quando envolveu seus lábios ao redor do pequeno eixo e começou a chupar, Ronnie gritou e moveu seus quadris para cima, movendo-se contra o rosto de Rose. Continuando por instinto, a jovem mulher começou a chupar de maneira mais forte, sua língua firmemente se movendo de um lado para outro sobre o engolido clitóris. Logo as pernas de Ronnie tremiam e Rose envolveu os braços ao redor delas para manter sua posição. Os músculos em seu pescoço puxaram contra o agarre para cima de Ronnie quando um forte grito foi rasgado da garganta da mulher mais velha. Rose chupava o mais forte que podia, sua língua se movia rápido sobre o pacote de nervos. Sua alegria no momento da liberação de Ronnie rivalizou com a sensação de seu próprio orgasmo e seu próprio sexo convulsionou em resposta. Permanecendo afastada do hipersensível clitóris, Rose deixou sua língua viajar ao longo das pregas, não desejando terminar o momento íntimo. Somente quando sentiu que as mãos de Ronnie a impulsionavam a subir a fizeram abandonar sua apreciada localização e deu aos lábios cobertos com escuros cachos um beijo final. Fortes braços a subiram recostando-a contra seu amplo ombro. Durante longos minutos nenhuma falou nada, simplesmente contentes de descansar no resplendor. Mãos percorrendo preguiçosamente sobre a pele nua, silenciosamente comunicando seu amor uma a outra. “Te amo”, Ronnie finalmente sussurrou, dando a Rose um beijo na testa.
“Hummm, também te amo”. Levantou sua cabeça, olhando dentro dos satisfeitos olhos azuis. “Espero que não nos faça esperar assim outra vez”, advertiu.
“Prometi-lhe antes que não faria”, Ronnie disse suavemente.
“Eu sei, só queria lhe lembrar”, Rose baixou sua cabeça e suspirou satisfeita. “Podemos dormir aqui em cima esta noite? Estou confortável”.
“Sempre fica confortável sobre mim”, a mulher mais velha riu suavemente. “Podemos dormir em qualquer lugar que você queria”. Olhou o relógio. “Ainda é cedo. Quer ver televisão? Um vídeo? Fazer amor outra vez?”.
“Humm, vamos ver”. Rose levantou sua cabeça e sorriu maliciosamente. “Ver algo que já vimos antes e estar vendo outra vez ou fazer amor com a mulher mais maravilhosa do mundo”. Colocou o dedo contra seu queixo. “Garota, é uma decisão muito difícil”.
“Bem, vamos ver em que posso influir”, Ronnie disse, rodando a mulher menor sobre suas costas. “E se eu começar com a parte superior e percorrer o caminho até em baixo ou começar da parte inferior para cima?”.
Olhando do chão, Tabitha bocejou e começou a se limpar, certa de que suas donas não abandonariam a cama tão cedo.
*********
Na insistência de Rose de que ela poderia subir as escadas com suas muletas, Ronnie havia transferido a cama ajustável para um dos quartos de hóspedes e as coisas da jovem mulher para dentro de seu quarto. Tabitha descobriu que o assento próximo à janela era muito mais confortável que sua cama de gato, muito para tristeza de Maria cada vez que entrava para passar o aspirador. Enquanto Ronnie luzia seus músculos para mover os móveis ao redor para acomodar a penteadeira extra, Rose estava parada junto ao centro de entretenimento olhando as fitas de vídeo à procura de algo que elas pudessem ver. Uma fita sem etiqueta em cima do gabinete atraiu sua atenção. Pensando que esta era outra das fitas para adultos de Ronnie, Rose a colocou no VCR e ligou a televisão. Para sua completa surpresa era um vídeo do escritório de Ronnie e Delores estava parada ali. O volume estava desligado e sua antiga mãe adotiva parecia como que estivesse gritando. Rose apertou o botão de stop e voltou à fita. “Amor, por que não me disse que Delores passou em seu escritório?”.
Ronnie parou de mover a penteadeira e se virou para ficar de frente a sua amante. “Não queria lhe magoar”.
“Isto aconteceu antes ou depois que ela esteve aqui?”.
“Depois”.
“O que aconteceu?” Deu uma olhada no VCR quando um clic de apagar anunciou que a fita havia sido retrocedida. “Ela pediu dinheiro?”. Perguntou reservadamente.
“Rose…” Ronnie se aproximou por trás de sua amante e envolveu seus braços ao redor da mulher menor, com muletas e tudo. “Você é tudo para mim. Não quero lhe ver sofrer com isto”.
“Quero ver o que aconteceu”. Rose se afastou do abraço e se dirigiu a cama. “Sente-se junto a mim”. No momento em que Ronnie se reuniu com ela na cama, o volume estava no nível correto e Rose apertou o botão de play.
A fita começou com Delores entrando no escritório e olhando ao redor. “Bonito escritório. Você emprega?”. Ronnie notou o olhar envergonhado de Rose e colocou seu braço ao redor da mulher menor, a aproximando. Sabia que o resto da fita seria duro de ver. A cena apresentada se revelou, culminando com Delores sendo escoltada para fora do escritório.
Ronnie esticou a mão para pegar o controle remoto. “Isso é tudo”. Para sua surpresa, Rose manteve o controle fora de seu alcance.
“Não espera, há mais”. Na tela, Susan entrou no escritório. “Ronnie? Que aconteceu? Ouvi que chamaram a Segurança de seu escritório”. O diálogo continuou, atraindo a atenção de Rose enquanto estudava as reações de sua amante. “Te amo, sabia”, disse suavemente quando a fita terminou.
“Eu sei”, Ronnie sorriu. “Estava só tentando lhe proteger, isso é tudo”.
“Vi isso”, respondeu. Apoiando sua cabeça contra o ombro da mulher mais velha Rose continuou. “Notei que não usou a caneta que eu lhe dei para escrever esse cheque”.
“Não, não pude”, Ronnie admitiu. “Mesmo sabendo que poderia rasgá-lo, não podia usar sua caneta para fazer isso”. Um pensamento lhe ocorreu. “Rose… ela tentou entrar em contato com você em algum momento?”.
“Não, não desde o dia em que esteve aqui e pegou o cheque”. Apertou sua alta amante contra ela. “Foi tudo uma mentira dela”, disse reservadamente, olhando fixamente a tela em branco. “Você é a única que me mostrou o que o amor significa”. Levantou o olhar nos intermináveis olhos azuis e sorriu. “O amor é próximo de dar, não tomar”. Encolheu-se mais próximo. “Como o que você e eu já temos. Não é só sobre sexo. É sobre honestidade e cuidar de todas as pequenas coisas”. Deu um carinhoso beijo em Ronnie. “O que nós temos é…”. Rose lutou pelas palavras. “… é…”. Nada veio, nenhuma palavra poderia descrever como se sentia por estar com Ronnie. Finalmente moveu sua cabeça em derrota. “Tudo o que sei é que quando estou com você me sinto completa”.
“Curioso, sinto-me da mesma maneira sobre você”. Devolveu-lhe o beijo, usando sua língua para separa os lábios de Rose e para deslizar dentro para uma rápida provada. “Sempre vou te amar, Rose”.
“Nada mais de segredos, Ronnie”. Os lábios da jovem mulher se moveram ao longo da queixada da executiva. “Nada escondido entre nós”.
A mulher de cabelo escuro ficou tensa com as palavras. Não sabe o que está me pedindo, Rose. Não pode saber todos meus segredos. Apenas não posso me arriscara a lhe perder. Ronnie pensou que a distração poderia funcionar e começou a morder o lóbulo moldurado pelos dourados cabelos. “Falando de segredo”. Abriu primeiro um, então dois botões na camisa de Rose. “Por que você e eu não aproveitamos a banheira quente e brincamos de ‘encontrar’ o sabão?” Deixou que sua língua traçasse o contorno da orelha de Rose e desceu sua voz a um grunhido na garganta. “Humm? Prometo fazer este digno de seu tempo”. Outro botão rendido aos hábeis dedos. “O que me diz, Rose? Sei que estava se perguntando por esse massageador na ducha”.
“Ele… realmente… está…?”.
“Humm… Ficaria feliz de lhe mostrar”. Envolveu seus braços ao redor de Rose e se dirigiu ao banheiro, decidida a por todos os pensamentos do passado fora da mente da beleza de cabelos dourados.
*********
Quando as flores floresceram e os dias ficaram mais longos, Rose trabalhava duramente em sua terapia física. Tomou cada oportunidade para fortalecer e construir resistência em seu tornozelo. Enquanto que Ronnie se assegurava que permaneceria descansando este em casa, às vezes sua sobrepotretora amante não podia mantê-la fortemente vigiada no escritório. Rose havia progredido desde que não colocasse peso, que tocasse seus dedos do pé e o descanso para pés debaixo de sua mesa no escritório lhe proporcionava a perfeita defesa se opondo a exercícios durante o dia. Quando acontecia de se exceder, todas as dores e aborrecimentos apareciam. Com certeza isto freqüentemente conduzia as novas amantes encontrar outras coisas para tocar e acariciar, mas isso estava bem com Rose. O decoro profissional que elas mantinham durante o dia no trabalho se ia ao instante em que entravam em casa. Na cozinha ou na mesa de jantar, se sentavam uma junto à outra, compartiam mutuamente dos pratos e passavam beijos junto com sal. A sobremesa requeria somente uma taça com duas colheres e as tardes mais quentes eram passadas no balanço abraçadas juntas olhando as estrelas. Era o céu na terra e Rose não podia se imaginar o ser mais feliz, exceto ao ser livrada das muletas.
Quando o dia veio a princípios de Junho as muletas puderam ser deixadas para trás no consultório da doutora Barnes, Ronnie insistiu que celebrariam saindo para jantar, ir ao cinema e uma última parada da noite a um dos pequenos drive-in por um sorvete e alguns minutos a mais para baixar a comida. Chegaram em casa depois das onze, mas nenhuma mostrava sinal de estar cansada. Ao contrário, uma proposta foi aceita e fizeram amor ao longo da noite.
A noite inclusive não havia cedido seu lugar ao tênue cinza da manhã quando uma buzina tocou no caminho de entrada, acordando Ronnie de seu profundo sono. “Que demônios…?” Agarrando seu roupão no extremo da cama, o colocou e se aproximou da janela. “Tabitha, desce. Juro que você deixa aqui suficiente pêlos para fazer outro gato”. Inclinou seu joelho contra as almofadas brancas do assento da janela e olhou, seus olhos se abriram em surpresa na caminhonete e no barco estacionados em seu caminho de entrada. “Que merda!”. Maldisse quando lembrou a data. Abriu a janela e colocou a cabeça. “Frank!” O homem que estava parado ao lado do carro sorriu e a cumprimentou.
“Hei Cuz, vamos, os peixes estão beliscando”.
“Esqueci-me por completo do dia da abertura. Não posso ir”.
“Ir onde?” Uma sonolenta Rose murmurou antes de afundar sua cabeça novamente dentro do travesseiro e imediatamente adormecer.
“O que quer dizer com que não pode ir? Está acordada, não é? Tem uma licença para toda a vida e hoje é o dia da abertura. Tem que ir. Sempre vamos e quero testar meu barco no Mohawk”. Olhava seu relógio. “Vamos Ronnie. Quero chegar lá a tempo de pescar algo”.
O dia da abertura da temporada baixa era uma data estabelecida há muito tempo entre Ronnie e seu primo mais velho, uma tradição que datava desde quando eram crianças. Olhou a mulher nua na cama, então colocou sua cabeça novamente pela janela. “Frank, Rose pode ir?”.
“A loirinha? Claro, só seja rápida, sim?” Olhou seu relógio outra vez.
“Estarei pronta em cinco minutos”. Fechou a janela e se aproximou da cama. “Rose… Rose, levante, meu amor”.
“Ouvi você dizer a alguém que vamos pescar?”. Levantou sua cabeça e olhou Ronnie tirar o roupão e abrir várias gavetas.
“Sim. É o dia da abertura para a temporada baixa e Frank está aqui para irmos pescar”.
“Não lembro de você ter mencionado nada sobre nós irmos pescar hoje… ou algo desse assunto”. Rose se incorporou e se esticou preguiçosamente, atraindo uma apreciativa olhada de Ronnie. “E por que ir tão cedo? Eles não farão as malas e abandonarão a água se esperarmos mais um par de horas”.
“Se nós esperarmos mais tempo, eles não beliscam. Vamos, preguiçosa. Será divertido”.
Rose se sentou atrás do assento do passageiro, lhe permitindo uma bela vista do maníaco no qual Ronnie confiou suas vidas. Frank acreditava firmemente que seu avançado detector de radares lhe avisaria de qualquer armadilha de velocidade que se aproximasse e o Ford oito cilindros voava sobre a estrada lhe revirando o estômago rapidamente. “Então loirinha, já pescou antes?” Gritou acima do ensurdecedor som da música Coutntry-Western.
“Hum… não, não em um barco”.
“Cuz coloque isca no anzol dela”, disse a Ronnie. “Espero que ela não enjoe”.
“Claro que não”. Girou-se em seu assento. “Você não enjoa, não?”.
“Não, mas pode ser que eu enjoe no carro se ele continuar dirigindo assim”, Rose disse suficientemente baixo para que só Ronnie ouvisse.
“Está tentando recuperar o tempo perdido”.
“Nós recuperaremos muito tempo se todos formos ao hospital”.
“Farei que vá mais devagar”, Ronnie assegurou, virando-se sobre seu assento. “Hei Frank, sabe que a polícia tem esses detectores laser agora. Você não pode evitá-los. Olha, a polícia está encostada a uma milha na estrada. Não quer ser preso outra vez este ano, não é?”.
O velocímetro baixou a uma velocidade razoável somente enquanto eles passavam pela polícia que esperava escondida atrás de uma árvore. “Droga, tem mais deles este ano”, disse, vigiando melhor sua velocidade. Rose se atreveu a dar uma olhada no formulário de instruções, satisfeita por ver só dois dígitos próximos do extremo da agulha alaranjada. Deslizando sua mão direita ao redor do assento, deu ao braço de Ronnie um suave aperto de agradecimento.
Quando chegaram à rampa do barco, Frank entrou de ré no cais, parando o barco a alguns pés da linha de flutuação. “Será melhor que nós subamos antes que eu coloque o barco na água”.Saíram da caminhonete e Frank subiu nos vinte e dois pés de comprimento, na parte superior da linha do Ranger Bass Boat, Ronnie subiu Rose e ficou para recolher as varas da caminhonete, deixando a jovem mulher nos robustos braços de Frank. Após alguns segundos Rose estava sentada numa das almofadas brancas do barco. “Aqui. Será melhor você colocar o colete salva-vidas. Ronnie me matará se você chegar a ser a isca”.
“Pensei que não havia aqui nenhum peixe perigoso neste rio”, Rose disse quando Ronnie ligou o carro e moveu para trás o barco na água.
“Não há, embora os bagres possam lhe dar absolutamente uma mordida”.
“Não tente assustá-la”, Ronnie gritou desde a caminhonete. Recolheu as diversas varas e caixas do equipamento de pesca da parte traseira e as passou para o Frank antes de desatar o barco e mover a caminhonete para a área do estacionamento.
Já tinha o motor funcionando e pronto no momento em que ela voltou. “Ok, Senhoras, segurem-se agora. É hora de ir pescar”. Afastou-se do cais e dirigiu-se rio acima. “Só vejamos o que quatrocentos cavalos podem fazer em águas abertas”. A água atrás deles se sacudiam e a proa se levantou quando ele ligou os motores.
Rose olhou de maneira nervosa para Ronnie. “Por favor, diga-me que não dirige um barco como dirige essa caminhonete”.
Pararam várias milhas, rio acima, com o motor principal levantado a favor do carretel das varas de pescar. Ronnie colocou a isca no fio de pesca de Rose primeiro, depois no seu. Frank instalou um par de fios para ele e tomou uma posição na proa do barco, se colocando em uma das elevadas cadeiras giratórias. Ronnie ajudou Rose a se colocar em uma da popa e ficou a seu lado. O nascer do sol da manhã começava a clarear o céu e como esperavam os peixes estavam saltando. Frank rapidamente fez a primeira captura, um pequeno linguado que apenas estava sobre o limite. Este aterrissou no depósito de reserva com a esperança de ser descartado mais tarde.
“Está tudo bem?”. Frank perguntou.
“Excelente”, Ronnie respondeu, lançando seu fio para fora uma vez mais.
“Hei!” Rose sustentou sua vara em um agarre de morte. “Acho que peguei algo”. A ponta de sua vara afundou uma vez, depois duas vezes, então um forte zunido encheu o ar quando o peixe saltou, levando seu fio com este. Ouviu a vara de Ronnie bater na popa seguida imediatamente pelos fortes braços envolvidos ao seu redor para lhe ajudar a segurar a vara.
“Traga seu fio para trás”, disse Ronnie, sua respiração fazia cócegas na orelha de Rose. “Não o deixe que se afrouxe ou ele balançará rápido livrando-se”. Rose encontrou as mãos de sua amante cobrindo as suas e juntas trabalharam animadamente.
“Conseguiu um lunker aí, hein?”.
“Tem este, Frank”, Ronnie respondeu. “Com certeza é maior do que esse pequeno peixe que você lançou ali dentro há alguns minutos. É melhor pegar uma rede para este”.
O peixe tentou outra vez escapar, quase tendo êxito em puxar a vara livremente da mão de Rose. “Oh Ronnie, é muito forte, segure você a vara”. Tentou lhe dar a vara, mas a mulher de cabelo escuro não aceitou.
“Não, você pode fazer isto”, Ronnie disse quando soltou seu agarre e deu um passo atrás, deixando Rose manejar o lobina¹ sozinha. “Isso mesmo, mantenha a vara esticada, canse-o”.
“Oh meu…, ele é muito grande”, a jovem mulher exclamou, puxando ainda de maneira forte a vara com o peixe que tentava se livrar. De repente este saltou diretamente da água, lhes mostrando tudo contra o que Rose estava levando.
“Merda santa”, Frank exclamou. “Resista, eu deveria ter trazido a rede grande”.
“Tem um monstro ali”, Ronnie disse, parando ao lado de sua amante. Pensando que seu primo não estava olhando, estendeu o braço e colocou sua mão no ombro de Rose, acariciando-o com carinho. O lobina finalmente se cansou e permitiu ser trazido para o barco onde Frank o tirou com a rede.
“Filho da puta. É um peixe fodidamente grande”, disse alegremente, metendo sua mão dentro da traquéia para levantá-lo para que elas pudessem vê-lo.
“Bonita língua, Frank”, Ronnie o repreendeu, olhando para Rose sutilmente.
“Oh ela já ouviu isso antes”, disse, recebendo um brilho de sua prima. “Hei loirinha, com certeza pescou aqui um inferno de boca grande. Deveria ter trazido uma câmara fotográfica”.
“Olha como é grande”, Rose disse. “Posso devolvê-lo agora?”.
“Devolvê-lo?” Frank riu. “Meu amor, este não é o tipo de peixe que você devolva. Este é o tipo que você leva ao embalsamador para uma exibição”.
“Exibição?” Virou-se para Ronnie, quem estava ocupada tirando o anzol. “Não quero conservá-lo”.
“Não posso acreditar no quanto grande ele é”, a executiva disse. “Rose tem certeza de que não quer participar no concurso para um troféu? Ele é uma beleza”.
“Tenho certeza”.
“Não quer nem tocar antes de devolvê-lo?” Levantou o culebreante² peixe diante do rosto de Rose.
“Não”, praticamente gritou, empurrando o braço de Ronnie. “É grande e é lindo e quer voltar para a água, por favor”.
Os Cartwrights trocaram olhares antes que Ronnie se agachasse e deixasse o peixe na água. Colocou isca no anzol de Rose outra vez e voltaram à pesca.
“Ele não está zangado porque devolvi o peixe?” Rose perguntou uma vez que Frank estava a uma certa distância.
“Zangado? Não, não zangado. Em shock, mas não zangado”.
“Você está zangada?”.
Ronnie se virou para ficar de frente. “Você é tão terna que isso é assombroso”. Rose sentiu o calor da palma da mão de sua amante em seu rosto. “Não amor. Não estou zangada. No entanto, não posso acreditar que deixou ir um premio ganhador assim. Não é definitivamente desta classe de pesca”.
“Não, acho que não sou”, admitiu. “Mas estou me divertindo, inclusive gosto de deixar os peixes irem”.
Ronnie sorriu e se sentou novamente em seu lugar. “O importante é que está se divertindo”.
“Sempre que estou próxima de você estou me divertindo”, Rose respondeu, tirando um cálido sorriso de sua amante. Frank grunhiu com outra beliscada, mas o lobina empalidecia em comparação ao colossal que Rose havia pescado.
Ronnie foi à proa para ajudá-lo. “Caramba Frank, pesca outra dezena ou algo assim desse e ali pode ter suficiente para um sanduíche”, brincou, levantando o pequeno peixe.
“Robusto ra, ra, ra, ra, Cuz”. Franziu o cenho quando Ronnie mediu o peixe e o acho muito pequeno para conservá-lo. “Talvez a loirinha nos pesque outro”.
“Seu nome é Rose”.
“Oh, sim?” Frank se virou para olhar à loirinha em questão. “Hei loirinha, está se divertindo?”.
“Sim”, respondeu, alegremente vigiando ambas varas a sua e a de Ronnie. “Isto é divertido”.
Frank inclinou-se até sua prima. “Você e eu já temos pescado aqui no dia da abertura por mais de vinte anos e nunca pescando um tão grande”.
“Ela é algo mais, não é assim?” Ronnie respondeu, sorrindo na direção de sua amante.
“Penso como consegue, Cuz”, disse, olhando para Rose. “Garota agradável. Se acreditar nos rumores que andam flutuando por aí, devo esperar vê-la em todos os eventos familiares de agora a diante”.
“Que rumores?”. Ronnie deliberadamente baixou sua voz, não queria que Rose ouvisse por acaso. “Que ouviu sobre ela?”.
“Vamos Ronnie, somos Cartwrights. Sabe que não há segredos em nossa família. Todo mundo sabe que vocês duas estão compartilhando os lençóis”. Frank respondeu. “Tenho que admitir, no entanto, que depois de toda a merda que lhe aconteceu quando você estava na Universidade, pensei que não andaria com uma mulher nunca mais”. Olhou para Rose de novo. “Mas ela parece muito agradável”.
“Não creio que com quem estou dormindo ou não seja assunto de alguém”, disse defensivamente.
“Calma, Cuz”. Levantou suas mãos. “Não é um grande problema”. Ronnie relaxou um pouco. “Hei, pelo menos escolheu você mesma uma linda. Não é que tenha que ir a outro lugar procurar isso quando tem algo assim lhe esperando em casa”.
“Hei Ronnie, acho que peguei algo”, Rose gritou enquanto olhava o extremo da linha se sacudindo.
“Sim, pegou sem dúvida”, Frank brincou bem baixo para que somente sua prima ouvisse. “Se você me perguntar, toda a pesca”.
Claro que sim, Ronnie pensou para si mesma enquanto se dirigia a popa. Então gostou dela também, hein? Um sorriso se formou em seus lábios quando olhou o vento brincar com o cabelo de Rose. A aceitação de Frank do papel da jovem mulher em sua vida era importante para Ronnie. As viagens para pescar aos sábados pela manhã que tanto desfrutava continuariam como sempre… Somente que agora com a mulher que amava ali junto a eles. Ronnie fechou os olhos e virou seu rosto para o céu, deixando que os raios de sol esquentassem sua pele bronzeada. Alguns dias são simplesmente perfeitos, murmurou. O sol saiu, os peixes estão beliscando… Tenho Rose…
“Ronnie, você está pensando no que?” Rose disse mais insistentemente.
“Oh, desculpe”, disse, saindo de seus pensamentos.
Eram cerca de dez horas quando finalmente se dirigiram novamente ao cais. O peixe de Rose havia sido o maior do dia, embora Ronnie tivesse tirado dois que eram impressionantes. Frank usou cada isca em sua caixa de equipamento de pesca e ainda não valeu a pena mostrar seus esforços. O orgulho masculino lhe fez lançar de volta os pequenos que havia pescado. Dirigiram-se ao restaurante para almoçarem antes de voltarem para casa. Enquanto Rose foi diretamente ao banheiro, Frank ajudou Ronnie a guardar as varas e o equipamento de pesca. “Bom dia de pesca, Frank”.
“Para você e para a loirinha, talvez”, bufou. “Poderia ter tido melhor sorte pescando um resfriado”.
“A temporada acaba de começar, Frank. Conseguirá um troféu na próxima vez, tenho certeza”.
“Sim, mas não importa o quanto seja grande, este não se comparará a sua pesca, Cuz”. Olhou para seu relógio. “Falando de pesca, se não aparecer em casa logo a chefa vai pensar que encontrei uma linda como a sua”.
“Não há ninguém como Rose”, Ronnie disse enfaticamente.
“Não duvido disso. Deve ser algo muito especial para permanecer com você depois do acidente”.
“Humm, Frank…”. O afastou, para que Rose não pudesse ouvi-los. “Tem que tomar cuidado com o que diz. Ela não sabe sobre o acidente”.
“Que quer dizer com que ela não sabe? Não é a que estava em muletas e tudo? Quero dizer, é a razão pela qual seu Porshe ficou destruído, não é? Recebo uma agitada ligação sua uma noite e depois disso ela aparece. Não se precisa de um título universitário para se calcular”.
“Ela não sabe sobre o Porshe”, a executiva esclareceu. “Olha Frank, é o tipo de coisa que Rose não pode saber”.
“Não lhe contou?” Esfregou a incipiente barba em sua cara e olhou a casa. “Oh homem, Ronnie. Está caminhando em uma linha fina com esse tipo de segredo. Droga, a pior coisa que escondi de Agnes são algumas insignificantes aventuras e uma conta bancária secreta”.
“E estou certa de que a mãe de seus filhos aprecia isso”, Ronnie disse secamente.
“A mãe da maioria de meus filhos, é o que você quer dizer”.
“Ela não sabe sobre o garoto?”.
“Não. Sei muito bem esconder minhas pegadas”. Abriu a porta de sua caminhonete e se deixou cair sobre o assento. “Ela é uma garota agradável, Ronnie. Traga-a para pescar em qualquer momento”. Girou a chave, e o Ford rugiu a vida. “Vejo você, segunda no trabalho”.
“Adeus Frank”. Ronnie esperou até que ele saiu do caminho de entrada antes de dar a volta e se dirigir novamente para o restaurante, rogando que pudesse confiar que seu primo guardaria segredo.
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Rose digitava um memorando quando o telefone tocou. “Escritório de Verônica Cartwright. Srta. Grayson falando”.
“Oi Rose, sou eu Wendy da contabilidade. Ronnie está aí?”.
“Sinto muito. Ela está em uma reunião agora. Há algo em que eu possa lhe ajudar?”. Lembrou-se da contadora da vez do imposto em que havia entregado seu W-2 de Money Slasher.
“Estou justamente na metade da estimação trimestral do imposto de Ronnie e não pude encontrar os papéis de seu Porshe”.
“Porshe?” Ronnie nunca me disse nada sobre ter um carro esportivo com exceção do Mustang. “Wendy, tem certeza? Sei que tem a Cherokee e o Mustang, mas não sei nada sobre um Porshe”.
“Humm, a menos que ela se desfez dele. De qualquer maneira preciso do papel sobre ele ou não poderei terminar isto. Acha que pode encontrá-lo e me enviar?”.
“Claro. Vou procurar agora mesmo”.
“Obrigada, Rose. Estarei esperando”.
“Ok, adeus”.
“Adeus”.
Rose desligou o telefone e alcançou sua bengala. Se há tal carro, Ronnie teria esse papel em seus arquivos particulares. Alcançando a gaveta de sua mesa, tirou uma chave e se dirigiu ao escritório de Ronnie.
Efetivamente, atrás dos papéis da Cherokee e do Mustang estava uma pasta que indicava o Porshe e Rose o tirou do arquivo e voltou a sua mesa. Deixou a pasta nesta e ligou para a secretária de Susan para que a cobrisse enquanto levava o papel a Wendey. Quando pegou a pasta outra vez, uma foto caiu. Olhou o carro vermelho pensando que este era muito rápido para o gosto de Ronnie. Abrindo a pasta para devolver a foto, seus olhos caíram em um recibo que sobressaia em cima dos outros papéis. Era uma fatura de reparação da importadora de carros de Hans. Seus olhos se abriram quando olhou a parte inferior. Não posso me imaginar pagando uma fatura de reparação como essa. Cálculos de horas e materiais enchiam a fatura, mas foi uma notação escrita à mão justo sobre o total que capturou sua atenção. Começo da reparação 05-12, terminado 18-01.
Rose se afundou em sua cadeira sentindo como se um martelo tivesse golpeado em seu peito. As reparações começaram 05-12. Justo depois do acidente. Se isso não fosse suficiente, outro recibo mostrava que o Porshe havia passado na inspeção só uma semana antes. “Oh Deus…”. Uma sensação de náusea revirou seu estômago e teve que engolir várias vezes para manter seu café no estômago.
O estranho misterioso motorista não havia bebido. Este era Ronnie. As lágrimas começaram a cair, manchando o rimel no rosto de Rose. É por isso que queria tanto me ajudar. Foi tudo uma mentira para se proteger. Limpando seus olhos com um Klenes, estendeu suas mãos trêmulas e abriu o Rolodex. Seu lábio inferior tremia e sua visão estava desfocada quando tentou encontrar o número da companhia de táxis que Ronnie usava para pegar os clientes no aeroporto. Foi tudo uma mentira. Suas mãos tremiam tanto que errou o número duas vezes antes de finalmente alcançar o correto. A voz de Rose era muito titubeante quando falou com o encarregado.
Foi informada que havia somente um táxi em uma quadra afastada e que este a encontraria em frente ao edifício. Sem esperar que a secretária de Susan chegasse, Rose pegou sua bolsa e bengala e abandou o escritório. Está bem, Ronnie. Não tem que se preocupar mais comigo. Sufocou de novo um soluço. Entendo.
Maria estava surpresa de ver um táxi entrando pelo caminho de entrada e ainda mais ao ver Rose sair deste. Abriu a porta de correr. “O que está fazendo em casa na metade do dia? Rose? Criança, você está chorando?”.
“Não é nada, Maria”, soltou. “Onde está Tabitha?”.
“Ela está deitada em alguma parte, por que?” Rose não respondeu, em lugar disso passou pela governanta e se dirigiu a escada. “O que está acontecendo? Onde está Ronnie?”.
“No trabalho”, viu a triste resposta. Para tristeza de Maria, o táxi parecia estar esperando por Rose. Poucos minutos depois, Rose desceu as escadas, uma das malas de Ronnie estava em sua mão.
“O que está acontecendo? Aonde você vai?” Para sua surpresa, os verdes olhos estavam bordados com vermelho.
“Poderia, por favor, dizer ao homem que esta é a única mala? Tenho que pegar Tabitha”. Deixou a mala no fundo da escada e voltou para pegar sua gata.
“Rose espere”. Maria a seguiu até em cima, parando a jovem mulher com uma firme mão em seu ombro. “O que está acontecendo? Você e Ronnie tiveram uma briga?”.
“Você sabia que foi ela quem me atropelou?” O olhar nos olhos da governanta respondeu a pergunta. Rose assentiu, suspeitando disso. “Gostaria que tivesse me dito. Gostaria que ela tivesse me dito”. Engoliu com dificuldade, não querendo começar a chorar novamente. “Preciso encontrar Tabitha”.
“Para onde você vai? Ronnie sabe que você está indo embora?”.
“Maria, não posso falar sobre isso. Por favor, só quero encontrar minha gata e sair daqui”. Nesse momento o alaranjado felino apareceu na parte superior da escada e se dirigiu a seus braços abertos. “Tabitha, venha aqui, doçura”. Pegou o gato em seus braços. “Vamos, coração. Temos que ir agora”.
“Rose, por favor, espere um minuto”. Maria estava parada diante da porta, se negando a deixar a jovem mulher passar. “Você falou com Ronnie? Precisa falar com ela antes de ir e tomar alguma decisão precipitada”.
“Não há nada para dizer”, Rose soluçava, de maneira irritada limpou uma errante lágrima. “Devolverei sua mala tão logo que possa”.
“Para onde vai?”.
“Não sei”, admitiu. “Só sei que tenho que ir”. A buzina do táxi tocou, atraindo sua atenção. “Preciso ir. Por favor, se cuide Maria”.
“Rose, não vá, por favor. Tenho certeza de que se conversar com Ronnie…”.
“Não”. Seu tornozelo estava começando a palpitar pelo excesso. “Diga a ela que não vou processá-la ou algo assim, de modo que ela não tem com que se preocupar”. Foi à cozinha e então atravessou a cortina da porta. O motorista ajudou a ela e a Tabitha a entrar no carro, então veio a porta para pegar a mala. Maria deu a ele uma bolsa contendo uma caixa e várias latas de comida para gato, sua outra mão de maneira atarefada discava o marcado rápido no telefone.
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