Fanfics sobre Xena a Princesa Guerreira

    CAPÍTULO 4 

    – É assim que se trata um dalek. – O Doutor disse com um sorriso bobo. – É claro, um dalek de verdade não deixaria você chegar tão perto assim, nem explodiria com uma chave de fenda sônica.

    – Hey! Quando acabar aí, será que dá pra me tirar daqui?

    – Ah, claro, me desculpa. – Ele apontou a chave de fenda para os cabos que se soltaram quase instantaneamente, derrubando Gabrielle no chão. – É sônica, funciona muito bem com cobre e metais de forma geral, só não funciona com madeira… Eu ainda não dei um jeito nisso.

    – Legal, muito instrutivo… Obrigada. – Gabrielle disse se levantando e batendo a sujeira pra fora do corpo.

    – De nada, como eu estava dizendo, eles não são daleks de verdade, são projeções criadas a partir das minhas memórias pela TARDIS. Mas como uma projeção poderia abrir esse buraco na fuselagem da TARDIS, você se pergunta? – Ele disse apontando para o local do tiro do dalek. – Nos últimos 15 minutos eles deixaram de ser projeções e passaram para um estado de semi matéria, o que sendo bem sincero é brilhante!

    – É, quando não estão tentando nos matar. – Ela disse pegando seu cajado do chão.

    – É… Eu acho que a situação pode ficar mais séria se eles saírem desse estado de semi matéria e atingirem um estado de matéria completa. O que faria eles viraram daleks de fato e aí sim nós teríamos um problemão.

    – Você adora se ouvir falando não é? – Gabrielle disse irônica.

    O Doutor deu uma risada convencida.

    – É que eu sou bom. – Ele riu ajeitando a gola da blusa. – Mas me diz, quem é você? Não é uma projeção, certo? Não pode ser uma memória minha eu não sei quem é você! – Ele apontou a chave de fenda para Gabrielle que a princípio teve a reação de se defender, mas logo percebeu que nada tinha a atingido. – Não, os dados dizem que você é humana, terráquea de uma época antiga, aparentemente.

    – Tira isso de mim. – Ela esperneou e afastou a chave de fenda dela. – Eu sou Gabrielle, e eu tô com a Xena, a princesa guerreira!

    – Xena!

    – Conhece ela?

    – Nunca ouvi falar, e olha que eu normalmente sei das coisas.

    – Claro que sabe. – Gabrielle revirou os olhos. – Enfim eu tava com a Xena e a Rose quando…

    – Rose!

    – Também não sabe quem é?

    – Não, essa eu sei quem é sim. Onde é que ela está?

    – Eu não sei.. A gente tava numa sala, mas… Teve um terremoto, eu apaguei…

    – Não era pra Rose trazer os nativos para cá isso é perigoso, é confuso, geralmente vocês ficam espantados com tudo, “é maior por dentro” essas coisas todas.

    Gabrielle estava muito surpresa sobre o como era difícil acompanhar as linhas de raciocínio desse homem.

    – Nós a estamos ajudando! A achar você, eu imagino, você é o amigo perdido dela?

    – Uuuhm. É, sou eu sim. Mas no meu ponto de vista ela que tava perdida… Acho que quando ela decolou a TARDIS acabou se ejetando para fora dela. A TARDIS é muito literal, sabe? Se você diz pra ela que quer ir para a época dos deuses antigos, opressores e reis… Ela vai te mandar pra lá! Eu mandei a TARDIS puxar ela de volta e… Você e sua amiga deviam estar muito perto na hora…

    – Ótimo, então tem como mandar a DARTIS trazer a Xena?

    – TARDIS. Não. A gente tava lutando contra um melecão, bem grande mesmo. Toda aquela gosma ta fritando os circuitos da nave, ela entrou em modo de segurança. Tá incontrolável, imprevisível! Ela começou a mudar todas as salas de lugar e eu…

    – Você está perdido.

    – É… Um pouquinho, mas se a gente seguir por esse corredor – Ele apontou adiante – acredito que estaremos perto da ponte principal. A gente só tem que correr porque toda essa gosma provavelmente vai super aquecer os motores e…

    – E…

    – Explodir. Mas a gente deve ter tempo para impedir isso. Mas é claro, ainda temos um outro problema…– Ele acenou com a cabeça para algo atrás de Gabrielle.

    A loira olhou para trás e viu a montanha de gosma tomando forma, surgindo de vários pontos nas paredes e no chão até ficar mais alta do que ela e o Doutor juntos.

    – CORRE! – O Doutor segurou ela pelo pulso.

    Os dois correram pelos corredores, desviando o máximo possível das bolas fedidas de meleca que o monstro jogava neles.

    – Pelos deuses!!

    – A propósito, eu sou o Doutor!

    – Doutor? Doutor quem?

    – É o que todos dizem! Ahaha!

    Eles entraram num corredor e se depararam com um par de daleks que ao perceberem a presença dos dois começaram a se remexer e em uníssono começaram a falar “EX-TER-MI-NAR” e concentrar energia em seus braços mecânicos.

    –  Pra trás Gabrielle, eu vou…

    Gabrielle não o ouviu, com seu cajado atacou o primeiro dalek que explodiu e imediatamente depois, ligando um movimento ao outro, destruiu o segundo. – Vamos! – Ela disse quando voltou a correr.

    O Doutor, boquiaberto, guardou a chave de volta no casaco e voltou a correr.

    – Gabrielle, aqui! – O Doutor puxou Gabrielle para uma entrada lateral e tapou sua boca fazendo um gesto para que eles fizessem silêncio.

    O monstro de gosma finalmente chegou na encruzilhada, mas não sabia para onde os dois tinham ido. Olhou de um lado para o outro e entrou no corredor errado, se afastando dos dois.

    – Pelos deuses o que é aquilo?

    – Um erro, eu e a Rose recebemos um pedido de ajuda vindo de Limus 268, mas quando chegamos lá… Bem eu acho que eles só queriam delivery de comida, sabe? 

    – Zeus! Eu não entendo uma palavra do que você fala!

    – Não importa, o que importa… – Ele disse abrindo uma porta lateral, revelando outra ponte de comando, completamente melecada da gomas do monstro. – É que chegamos.

    – Parece igual ao lugar aonde chegamos. – Gabrielle disse andando para dentro da sala.

    – Essa é a original, a ponte de controle real da nave. Aquela que vocês estavam era só um backup de segurança. – O homem respondeu selando a porta com a chave de fendas sônica.

    Quando o Doutor terminou de falar eles ouviram uma batida muito forte na porta.

    – Parece que ele achou a gente.

    – Essa não! – Ele disse correndo para o console. – Eu preciso desligar a TARDIS, se não ela vai continuar gerando e materializando as projeções!

    As batidas na porta ficavam mais fortes. Gabrielle se posicionou para proteger as costas de seu novo amigo. Segurava com força o cajado. A porta finalmente cedeu, e Xena e Rose surgiram do outro lado.

    – Xena! – A amazona gritou aliviada e correu para abraçar a parceira.

    – Doutor! – Rose correu para abraçar o parceiro.

    – Que bom que você tá bem! Eu tentei de puxar de volta para cá, mas a TARDIS tá mudando tudo de lugar!

    – Olha eu achei a sua chave de fendas. – Rose disse pegando o aparelho do bolso.

    – Ah! Não, a minha está aqui comigo – Ele disse mostrando o bolso do paletó. – Isso parece ser um backup de segurança também… É brilhante!

    – Doutor, o que está acontecendo com a TARDIS? Tá tudo tão estranho! Xena reencontrou a família dela, eu passei por dois Mickeys um deles era o de plástico nestene!

    – Bem, suponho que a gosma do nosso amigo tenha algum componente que reagiu com a radiação do vortex do tempo da TARDIS e aí quando ALGUÉM – Indicou Rose com a cabeça – fez um pouso forçado e rompeu todas as tubulações de radiação… 

    – Você nunca me ensinou a pousar!

    – A TARDIS tá tentando se proteger e entrou em modo de segurança, tá fazendo backups de tudo o que ela consegue antes de apagar, até das nossas memórias!

    – O que a gente tem que fazer?

    – Isso. – O homem apertou um botão.

    Todas as luzes da sala apagaram e os sons e vibrações do motor da TARDIS se interromperam.

    – Desligou a TARDIS?

    – Isso. Assim ela vai parar de fazer cópias das nossas memórias e vai parar de tirar as salas do lugar.

    – Mas e agora?

    – Agora… – Ele disse indo em direção a Xena e colocando a mão sobre o ombro dela. – Eu e a sua amiga guerreira aqui vamos até a sala de máquinas para que eu possa ativar manualmente os protocolos de limpeza. E você a minha amiga aqui… – Ele empurrou de leve Gabrielle para Rose. – Vão ficar aqui e reiniciar a TARDIS quando a limpeza estiver concluída.

    – Eu não vou me separar da Xena!

    Xena tirou as mãos dele de seu ombro.

    – Muito bem, já chega, eu quero uma explicação de que lugar é esse daqui!

    – Certo… Bem, isso aqui é como um… Um navio! Um navio gigante chamado TARDIS, e é tão gigante que é infinito… E voa! E viaja pelas estrelas, por vários planetas, que são como, países gigantes… E atravessa o tempo.

    Xena o encarou por um momento.

    – Xena, ele parece maluco, mas é confiável. – Gabrielle disse para a amiga – Mas ainda assim, eu não pretendo me separar da Xena de novo! – Ela disse para o Doutor.

    – Eu entendo… Mas eu preciso que você proteja Rose, se a gosma não me seguir até a sala de máquinas ela virá para cá. E eu vi o que você fez com aqueles DALEKS! Mas o mais provável é que ela me siga, e aí eu tenho a sua amiga para me proteger enquanto eu ativo os protocolos.

    – Certo. – Xena apertou a mão na espada. – Então vamos acabar logo com isso.

    2 Comentários

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    1. 1 Nov, '24 at 19:57

      – Você adora se ouvir falando não é? – Gabrielle disse irônica.

      Consigo imaginar a Gabrielle dando aquela clássica torcidinha de nariz que geralmente dá pro Ares falando isso, sendo que ela mesma é tagarela.🤣

    2. 26 Nov, '24 at 12:50

      É sônica, funciona muito bem com cobre e metais de forma geral, só não funciona com madeira

      Nossa, estou perdendo essa referência aqui, n estou? Qm foi que disse isso, foi o Nine ou foi o próprio Ten? Vou ter que ir atrás disso.

      CORRE! – O Doutor segurou ela pelo pulso.

      NOSSAAAAA Q SAUDADE que me deu dele

      O Doutor, boquiaberto, guardou a chave de volta no casaco e voltou a correr.

      Gabrielle boazuda.

      Xena, ele parece maluco, mas é confiável.

      kkkkkkkkkkkkkkk Gabrielle certíssima.

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