Capitulo III Virada do destino

Gabrielle se prepara para dar o ultimo golpe, mas se ajoelha na frente dela segurando o seu rosto com as duas mãos:- Eu não consigo… Eu não consigo te odiar… Droga… Eu não consigo não amar você. Eu te amo Xena, eu te amo tanto que chega a doer. Por favor, me desculpe?_Ela encosta seus lábios levemente aos de Xena que corresponde ao beijo puxando o corpo de Gabrielle para si.

As nuvens começam a escurecer, o céu é cortado por raios fazendo barulhos horripilantes e uma densa chuva começa a molhar o chão. Quando as primeiras gotas tocam as peles das duas que continuavam com o beijo delicado pelos machucados de Xena uma luz dentro de cada uma faz com que se afastem tornando tudo muito brilhante para enxergarem alguma coisa.

Quando elas abrem os olhos estavam no barco dentro da cabine do capitão, Gabrielle estava com o top verde e a saia marrom e Xena com a sua habitual armadura.

– Nossa! Eu tive um sonho muito estranho…_Gabrielle repara que os lábios de Xena estavam machucados assim como ela se lembrava do suposto sonho: – Xena, seus lábios…

Xena vai ate Gabrielle e a beija.

– Não foi um sonho. Acho que de alguma forma nós conseguimos destruir o poder.

Elas estavam sorrindo quando escutaram um barulho e uma luz forte vinda do barco, Xena franze a testa numa expressão brava e pega sua espada. Quando elas saem pela porta um dos marinheiros estava com o rosto vermelho de vergonha, pois tinha deixado cair fogo grego em cima de uma tocha, o que tinha provocado uma pequena explosão fazendo a tripulação inteira cair no riso. O capitão se aproxima de Xena com um sorriso largo no rosto.

– Xena desculpe pela bagunça desse desastrado.

– Não tem importância. Eu e Gabrielle vamos nos recolher. Por favor, peça que não nos incomodem.

– Pode deixar Xena. Descansem bem.

– Obrigada.

Ao entrar no aposento do capitão o rosto de Xena empalidece quando vê a mesma mulher de verde de antes, Gabrielle quase chora ao lembrar por tudo que passou, o quanto toda aquela raiva consumiu seu coração fazendo a sua alma sofrer mais que nunca.

– O que você esta fazendo aqui? Nós já fizemos a nossa parte.

– Calma garotas, só queria falar que por mais incrível que pareça vocês não só conseguiram dominar seus poderes como destruíram qualquer vestígio dele. Você Xena não só dominou-os completamente como fez Gabrielle ver o que realmente é importante. E você Gabrielle foi forte como um dragão por conseguir passar por toda dor que estava sentindo e transformar tempestade em calmaria.

– Conseguimos isso juntas. Ainda bem que tudo acabou, e uma hora ou outra vamos descobrir qual dos deuses do Olimpio queria o controle de tudo.

– Vou deixar vocês em paz agora. Não tenho mais o que fazer na terra. Adeus minhas amigas._ A mulher desaparece deixando Xena e Gabrielle olhando uma para a outra sem saber o que falar.

Xena coloca suas mãos dos dois lados do rosto de Gabrielle, encostando seus lábios de leve nos lábios dela, a Barda abre a boca com a respiração um pouco descompassada, enquanto Xena apenas rosava os lábios nos dela.

– Gabrielle… Eu…

– Você o que Xena?

Xena respira fundo como se estivesse buscando forças de algum lugar:- Eu te amo.

– Como eu sonhei em escutar isso dos seus lábios, quando finalmente achei que isso fosse possível o destino nos pregou uma peça. Eu te machuquei…

– As coisas acabaram melhores do que eu imaginava. Foi horrível olhar para você e ver uma coisa que eu via antigamente em meus próprios olhos.

– Você sabe o que me fez voltar ao normal Xena?

– Não, o que?

– Cada vez que você falava que me amava parte de mim derretia, como se uma luz acendesse aquecendo meu coração.

– Então nunca vou o deixar ficar frio. Sempre vou manter ele aquecido junto com o meu.

Gabrielle se aproxima de Xena tocando seu rosto:- Como senti falta de olhar para você e ver o jeito que seus olhos ficam brilhantes olhando para mim.

– Eles ficam assim quando estou com você, eu te amo mais que a minha própria vida.

Elas se beijam novamente e dessa vez o beijo tinha gosto de saudade e desejo era doce e terno e seus corações batiam tão rápido que chegava a doer. Xena segurava o corpo da Barda contra o seu perdendo a noção de espaço e lugar, os olhos fechados e os beijos cada vez mais ardentes faziam seus corpos só pensarem naquele sentimento. Quando as costas de Xena esbarra na parede atrás delas a guerreira franze a testa e serra os dentes pra tentar esconder a dor atordoante que sentia pela surra que pouco tempo tinha levado.

– Pelos deuses Xena, você esta bem?

– Estou sim Gabrielle, é só uma dorzinha de nada.

– Eu te conheço para você ter feito essa cara de dor é porque realmente deve estar doendo. Vamos tirar essa armadura e ver o estrago que eu fiz.

Xena solta as fivelas da sua armadura enquanto Gabrielle a tira evitando deixar Xena fazer movimentos rápidos e logo em seguida ajuda ela a tirar o resto de sua roupa.

– Nossa Xena todos esses hematomas. Isso deve estar doendo muito. Desculpa-me por isso?

-Ei, daqui uns dois dias eu já estou nova, você sabe que eu me recupero rápido e nem esta doendo tanto assim.

– Mesmo assim acho melhor você tomar um banho quente vai ajudar diminuir a dor.

– Sim senhora. Eu vou só que tem uma condição, você vem comigo.

– Você acha que nós duas cabemos na tina?

– Existe apenas um jeito de descobrir.

Xena entra na tina e logo afunda na água quente molhando seus cabelos e olha Gabrielle atentamente enquanto a Barda retirava as roupas.

– A água ainda esta quente Xena?

– Ela esta ficando cada vez mais quente._ Gabrielle olha curiosa para saber o motivo de a água estar cada vez mais quente quando se depara com o olhar brilhante de Xena devorando o seu corpo. Seu rosto cora na mesma hora, mais o desejo que emanava do seu corpo só em saber que o amor da sua vida estava completamente nu na sua frente à fez caminhar ate a tina e entrar na água também. Gabrielle senta no colo de Xena entrelaçando suas penas nas costas da guerreira.

– Xena você é tão linda sabia. E seus olhos… Eu me perco em seus olhos.

– Você que é linda meu amor, a luz da minha vida.

– Desculpe-me de novo por eu ter te machucado_ Gabrielle cobre de beijos o rosto inteiro de Xena:- Onde esta doendo mais?

– Aqui._ Xena com sobrancelha levantada aponta a própria boca.

A Barda segura o seu rosto e encosta seus lábios lentamente nos da guerreira, suas línguas se encontram no começo devagar e depois com mais volúpia e desejo. As mãos de Gabrielle acariciando o tempo todo o rosto de Xena, o beijo só para quando alguém bate na porta do quarto delas.

– Agora eu fiquei brava._ Xena levanta com dificuldade enrolando seu corpo em uma toalha seguida por Gabrielle que faz a mesma coisa, e logo abre a porta:- O que foi capitão? Esqueceu que eu pedi que não me incomodassem?

– Desculpa Xena é que uma tempestade se aproxima, não conseguiremos chegar a terra firme no prazo que eu te falei.

– Tudo bem. Eu não estou mais com presa. Você acha que consegue controlar seu barco sem nos afundar?

– Esta tudo sobre controle meus marinheiros são excelentes. E essa tempestade tem cara de ser passageira, ela veio apenas para nos atrasar mesmo.

– Ótimo já que não estamos em perigo você não precisara de mim.

– Não Xena. _ O capitão faz um aceno com a cabeça e se retira.

Ela fecha a porta e olha Gabrielle que já estava na cama secando os cabelos.

– Você ficou preocupada com o que ele falou sobre essa tempestade?

– Não porque eu sei que você esta aqui para me proteger._ A Barda levanta se aproximando de Xena:- Você sempre me protege e saber disso me tira o medo de quase tudo.

– Porque quase tudo? Do que você tem medo?

– De não te ter do meu lado. De acordar e não te ver ou pior…_ Gabrielle segura os dois lados do rosto de Xena:- …tenho medo de perceber que tudo isso é um sonho ou uma miragem, porque você é tão linda e perfeita que às vezes chego a pensar que você não é real.

A guerreira segura o quadril de Gabrielle apertando o seu corpo contra o dela e logo em seguida captura sua boca com urgência que faz as penas da Barda ficar moles e tremulas e mesmo com toda a dor que sentia em suas costelas Xena a levanta do chão e a puxa sobre seu corpo fazendo as pernas de Gabrielle se enrolarem na sua cintura enquanto nem por um segundo as bocas se separavam. A guerreira se aproxima da cama e delicadamente deita sobre Gabrielle mantendo seus corpos separados apenas pela toalha que os cobria.

Xena separa seus lábios dos de Gabrielle e segue ate seu olvido sussurrando:- Isso foi real o suficiente para você?

A barda morde os próprios lábios de tamanho arrepio que sente por todo o seu corpo:- Acho que ainda preciso de…_ Xena nem a deixou acabar de falar beijando a sua boca novamente abafando qualquer palavra. Com as pontas dos dedos ela puxa a toalha lentamente descobrindo os seios do seu amor, o centro da perna de Gabrielle estava em chamas de tanta excitação assim como o de Xena que não estava mais conseguindo se controlar, seus olhos faiscava desejo um desejo quase insaciável como se Gabrielle fosse combustível e ela fogo como se uma consumisse a outra em total entrega.

 Gabrielle puxa a toalha de Xena de seu corpo deixando a guerreira completamente nua, aquele corpo a enlouquecia era grande e forte e ao mesmo tempo delicado e macio, seus lábios se separam em meios de gemidos que saiam de suas bocas teimosamente. Gabrielle aproxima a sua boca do olvido de Xena:- Eu te amo, eu acho que sempre te amei desde a primeira vez que te vi.

  – Em todo o universo nunca vai existir alguém que te ame mais do que eu te amo. Você é a razão da minha felicidade de cada sorriso e cada batida do meu coração.

 Xena acaba de tirar a toalha que ainda cobria o corpo de Gabrielle, o amor que elas sentiam era demonstrado em todos os movimentos de seus corpos, seus sexos se fundindo um no outro misturando os seus líquidos era algo que nenhuma das duas já tinha feito era como se as almas de ambas dançassem juntas era amor que saia de cada poro de suas peles. Xena alcançou o meio das pernas de Gabrielle com a mão direita massageando seu clitóris inchado de desejo, as costas da Barda se arquearam quando a guerreira introduziu delicadamente seus dedos na superfície pulsante os movimentos de vai e vem dos dedos estava levando as duas as alturas e quando viu que Gabrielle iria gozar retirou seus dedos e começou a pressionar seu sexo contra o dela fazendo os corpos tremerem pelo contato quente e intoxicante que o clímax do momento proporcionava e as duas gozaram juntas em profunda entrega.

Elas mantiveram seus olhos fechados tentando controlar as respirações descompassadas, Xena estava deitada ao lado de Gabrielle com um sorriso lindo no rosto.

– Nossa Xena como você fez isso? Nunca senti algo tão forte.

– Eu também nunca senti algo assim. Foi perfeito.

– Você é perfeita.

– Foi real o suficiente para você ou ainda acha que eu sou uma miragem ou sonho?

Gabrielle apóia seus cotovelos na cama ficando de frente para Xena olhando fixamente em seus olhos.

– Não acho que você seja uma miragem mais com certeza é um sonho… Um sonho que se realizou._ Gabrielle beija delicadamente os lábios de Xena deitando sua cabeça no ombro da guerreira.

– Eu te amo Gabrielle.

– Eu também te amo Xena.

Elas se abraçam e adormecem. Na manhã seguinte Gabrielle acorda se recusando a abrir os olhos porque naquele momento tudo que tinha acontecido realmente parecia um pesadelo com um final maravilhoso, e bem devagarzinho ela abre apenas um olho e vê os olhos azuis e um sorriso tão lindo que um sorriso involuntário brota em seus lábios.

– Você ainda esta achando que tudo foi um sonho Gabrielle?

– Pelos deuses que não foi. Faz tempo que você acordou.

– Algumas horas.

– E porque você não me acordou?

– Se você te visse dormindo me entenderia. É magnífico.

Elas se beijam e Xena sai da cabine do capitão para pegar algo para as duas comerem só então elas lembram que na noite passada houve uma tempestade e bem vinda ainda porque assim nenhum marinheiro escutaria os gritos e gemidos de amor que seria uma coisa constrangedora no dia seguinte. Quando Xena voltou para a cabine com uma bandeja com pão de nozes e água fresca viu que Gabrielle estava com um rosto muito serio quase preocupado.

– O que foi Gabrielle? Aconteceu alguma coisa?

– Xena eu posso te fazer uma pergunta?

– Quantas você quiser_ A guerreira senta ao lado dela as duas já estavam vestidas.

– Quando aquela mulher colocou todo o poder em você foi como se você já conhecesse cada sentimento que aquilo causava, cada pontada dilacerante de raiva e o gosto amargo da fúria. Foi como se aquilo fosse normal para você.

– Era uma coisa normal para mim. O que você sentiu quando estava com o poder da fúria era como eu me sentia todos os dias e por muito tempo. E achar paz quando se sente uma coisa assim é muito difícil.

– Nossa eu não me imagino sentindo aquilo o tempo todo. Mas o que te fez deixar de sentir aquilo.

– Eu não deixei de ser daquele jeito só que existem sentimentos mais fortes que dominam meu coração agora, como o que eu sinto por você.

– E se depender de mim você nunca mais vai se sentir daquele jeito.

– E nem você meu amor, alguém como você nunca deveria sentir isso. Mais agora já passou.

Elas levaram mais cinco noites para chegarem a terra firme, a viagem foi tranqüila como se elas estivessem de férias, ou melhor, se conhecendo melhor, as palavras doces de amor e as caricias intermináveis faziam de cada noite única e maravilhosa.