Fanfics sobre Xena a Princesa Guerreira

Ouvir Você Dizer

Autoria: Soto e Carla

As personagens não me pertencem, são da Universal e não há interesses lucrativos.
Não é aconselhável que homofóbicos e menores de 18 leiam. Se o seu país ou sua religião também são contra… Bom, não leia.
E agora a parte interessante: eu quero agradecer MUITO a Carla pelas correções, sugestões e PRINCIPALMENTE pelas frases safadas! \o/ Não sei o que seria de mim sem ti, mulher!

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Uma figura morena postava-se sentada numa cadeira ornamentada dentro de uma tenda. Ela parecia em estado de êxtase, seus olhos estavam fechados e seus lábios esboçavam um sorriso daqueles teimosos, que mesmo que juntemos todas as forças para retraí-los, sempre aparecem triunfantes.
À frente da mulher, a uns 7 passos de distância, encontrava-se uma mesa com vinhos, uvas, pães, entre outras iguarias. A cadeira, a mesa posta e principalmente a confiança e superioridade da mulher, demonstravam que aquela tenda pertencia ao comandante do exército fixado fora daquele aposento.
Nesse instante, ao lado da cadeira, brilhou uma luz esverdeada, onde segundos depois apareceu uma mulher loira, de cabelos curtos e trajes de guerra pretos.
-Se não é a minha garota favorita? – Disse a recém-chegada, percorrendo o braço da guerreira com a ponta dos dedos. – Meus parabéns pela vitória.
A morena sorriu.
-Obrigada…você sabe: é em seu nome. – Disse levantando-se e indo até a mesa, onde serviu um pouco de vinho.
A loira se aproximou, escorando-se de costas na mesa, ao lado da guerreira.
-Não oferece, Xena?
A morena se vira, bebe um gole olhando fixamente para a loira e cola o seu corpo ao da mulher menor.
-Que falta de educação a minha… Você quer? – Ela disse ainda fitando-a com malícia, fazendo com que ela se arrepiasse. – A Deusa da Guerra está com frio? – Xena perguntou com um sorriso irônico nos lábios que foi logo substituído por uma expressão de impaciência.
Com um toque em seu peito, a morena foi arremessada de volta para o seu trono.
-Eu odeio quando você faz isso!
A deusa se aproximou, ajoelhando-se nas laterais da cadeira, sentando-se no colo de Xena. O ato rapidamente mudou o humor da morena.
-Sabe, Gabrielle, se eu não soubesse da cadela que você é, até acharia suas feições muito angelicais. – Disse percorrendo o rosto da loira com o dorso da mão.
-Angelical? É uma pena… Eu soube que você tem um histórico com badboys. – Falou Gabrielle se levantando, mas foi impedida por Xena, que a segurou pelo pulso e a fez voltar à posição original.
-Onde pensa que vai?
-Em quem você pensa que manda? – Disse Gabrielle aproximando seu rosto ainda mais do da morena. – Eu sou a deusa aqui. – Falou próximo à boca de Xena, roçando os lábios.
Xena já havia sido provocada demais, cansou dos joguinhos e pressionou seus lábios com força contra os da garota. Suas línguas se procuravam com pressa enquanto as mãos da morena buscavam as coxas da loira por baixo de sua saia.
Gabrielle havia retirado a armadura de Xena apenas com um acenar de mãos, deixando-a ainda com o vestido de couro. Aos poucos foi descendo com sua boca pelo pescoço da morena, beijava, chupava, mordia… Gabrielle segurou a nuca de Xena com uma das mãos, elevou o rosto novamente e aprofundou o beijo. Com a outra mão estimulava o sexo da morena, ainda coberto pela calcinha. Pela lateral da peça íntima, a loirinha alcançou o sexo molhado de Xena. Ficou provocando-a, ora estimulando o clitóris, ora ameaçando penetrá-la.
-Pede guerreira.
O orgulho de Xena não deixou que a provocação passasse mesmo na situação em que estavam.
-Às vezes você se esq…quece com quem está falando!
– É porque eu sei bem quem eu estou comendo. – Dizendo isso Gabrielle penetrou-a com força, deliciando-se com os sons que ela própria provocava na morena. Os movimentos eram acelerados e quando sentia que Xena iria gozar, a loira diminuía a velocidade, prolongando o momento para intensificá-lo no final.
Enquanto sentia os dedos da loirinha elevá-la a níveis de prazer cada vez mais altos, Xena ouviu barulhos fora do aposento. Interrompeu o beijo e voltou parte da sua atenção para a abertura da tenda. De repente sentiu um puxão forte na sua nuca, que fez com que expusesse seu pescoço.
-Presta atenção aqui, vadia! – Disse Gabrielle abaixando o rosto para devorar a carne que fora exposta pra ela. Foi subindo pelo queixo para então encontrar os lábios novamente. Beijou-a delicadamente e, roçando os lábios, disse:
-Em mim, Xena, presta atenção em mim.
Quando sentiu os músculos da guerreira se contraindo, aumentou o ritmo e a força das estocadas, levando-a a um orgasmo intenso. Sentiu o sexo pulsando contra seus dedos enquanto via o peito da morena arfar em busca de oxigênio.
Gabrielle retirou os dedos de dentro da guerreira e levou-os à boca, lambendo o líquido. Xena sentiu a boca seca, levou a mão à nuca da loirinha e puxou-a para um beijo. A deusa se apertou contra a guerreira, colando mais seus corpos e bocas. As mãos da morena desceram pelas costas de Gabrielle, alcançando seu quadril e trazendo seu sexo de encontro ao seu abdômen. Percorreu as pernas da garota sem pressa, arranhando delicadamente o interior.
A loirinha gemeu, movimentando seu quadril instintivamente contra Xena. Percebendo a ansiedade da garota, Xena afastou a calcinha e penetrou-a lentamente. As ondas de prazer foram aos poucos tomando conta do seu corpo. O toque de Xena era gentil e ao mesmo tempo provocante, não demorando muito para que Gabrielle chegasse ao ápice, explodindo num gozo intenso.
A loira foi se recompondo, restabelecendo o ritmo da respiração. Abriu os olhos e o carinho que encontrou na face de Xena lhe apertou o peito, para logo em seguida senti-lo aumentar e quase explodir por não ser grande o suficiente para conter o sentimento que o olhar, o toque… que Xena lhe despertava.
A morena a beijou.
-Se eu não soubesse que você é a Deusa da Guerra, diria que você está apaixonada.
Gabrielle sorriu e se levantou.
-Quando foi que você virou comediante?
Xena esboçou um sorriso triste.
-Sempre tive uma veia humorística.
-Ta certo, entretenha-me outra hora. A reunião de família é em 20 minutos e Zeus não vai gostar se eu me atrasar para outra.
Disse e desapareceu num lampejo.

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-Tem certeza que isso é o melhor?
-Eu faço isso há mais de 10 anos, quer mesmo discutir comigo, Crassus? – Disse Xena cravando uma adaga na mesa.
-Não senhora. –Respondeu um homem encorpado, a cor dos seus cabelos e barba ficava entre o loiro e o ruivo e seus olhos eram escuros.
-Então avise os homens, vamos atacar esta noite.
-Sim, senhora
Quando o segundo no comando saiu, Gabrielle apareceu.
-Xena, não acho uma boa idéia. Vai perder muitos homens atacando frontalmente.
-Quer ensinar padre a rezar missa? – Disse Xena sem paciência.
-Porque não divide seu exército e ataca em dois flancos?
-Isso me tomaria mais tempo. Olha aqui, Gabrielle, desde quando você abdicou do cargo de Deusa da Guerra e assumiu o de Deusa da Estratégia?
-Então agora eu só sirvo para chutar bundas? O esquema de posicionamento e cronometria é todo trabalho de Atena? Ora, vá se ferrar!
-Qual é o seu problema? Não dá pra entender que eu NÃO preciso de ajuda?!
-Deixa de ser orgulhosa. Só estou sugerin…
-Não tem nada melhor pra fazer não?! Você é uma deusa, deve ter mais alguma coisa para fazer além de vir aqui e me encher o saco!
Faíscas saíram dos olhos de Gabrielle.
-Não pense que vou aparecer na próxima vez que precisar de mim.
E desapareceu.
-Precisar de você… eu nunca precisei de ninguém, não vou começar agora!

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Xena e seu exército aguardavam escondidos atrás de uma colina, esperando o momento certo de atacar.
-Xena, acho melhor esperar até a madrugada, eles estarão mais cansados e…
-E nós também. Olha, eu não estou com saco para pensar hoje…- Xena se levantou, montou em Argo e ergueu a espada. – ATACAAAAR!
Demorou alguns segundos até que todos os soldados percebessem que a ordem já havia sido dada e que a comandante já estava a uns 10 metros à frente do exército.
A morena parou de repente, virando o seu tronco para encarar seus soldados que ainda estavam estáticos fitando-a. Uma sobrancelha se ergueu perigosamente e logo todos os subalternos montaram em seus cavalos e começaram a cavalgar, agitando as espadas no ar e gritando.
As frentes dos exércitos se chocaram, fazendo com que ambos os lados perdessem muitos homens. Xena se destacava no meio da batalha, acabando com vários soldados ao mesmo tempo.
Um lampejo verde apareceu no meio da batalha, mas não foi percebido por ninguém. A loira começou a caminhar livremente pelo campo, atravessando os combatentes sem interferir. Parou ao lado de um soldado inimigo das tropas de Xena. Era um homem baixinho, quase sem dentes e com um ar doentio. Ele não estava lutando, seus olhos viajavam pelo corpo de uma morena excepcional, que derrotava todos no seu caminho.
Gabrielle sorriu e comentou, mesmo que o homem não pudesse ouvir:
-Linda, não é? Mas muito geniosa. Difícil lidar com ela certos dias.
Parou e continuou admirando sua campeã em batalha, até que ouviu um comentário do homem ao seu lado.
-Eu vou pegar essa vadia e ensiná-la a.. AI!
Gabrielle havia lançado uma bola de fogo no traseiro do FILHO DE UMA BACANTE! Cadê a educação desse povo?
Ela se virou para o sujeito e começou a gritar.
-Lave essa sua boca suja antes de sequer pensar em mencioná-la! Um homem da sua idade agindo como um menino de 12 anos com os hormônios à flor da pele! O senhor acha respeitável essa atitude para com…
Gabrielle ia continuar seu discurso quando outra coisa lhe chamou atenção: Xena continuava a lutar contra vários homens e parecia se divertir, mas em cima de uma árvore, não muito longe da batalha travada pela morena, se encontrava um arqueiro, com a flecha apontada para a guerreira. Xena a pegaria sem problemas se não estivesse tão ocupada. Gabrielle resolveu interferir para não arriscar. Com um estalar de dedos arrebentou a corda do arco, tornando-o inútil. Com um sorriso satisfeito nos lábios, perguntou:
-O que seria de você sem mim, hein guerreira?
A loira se sentou em uma pedra e ficou observando o fim da batalha. Não deveria ter impedido o arqueiro, pelo menos assim Xena daria mais valor ao que ela tinha para dizer… daria mais valor a ela própria.
O exército da morena saiu triunfante do campo de batalha, mas havia perdido mais homens do que o necessário. Xena sabia disso e sabia que um certo subcomandante a incomodaria por isso.

Já no acampamento, Xena estava se preparando psicologicamente para a discussão que teria assim que Crassus entrasse na sua tenda.
Parece que nunca estão felizes! Não basta vencer, não não…Tenho que mantê-los vivos também! Povinho insatisfeito!
Assim que a morena terminou o raciocínio, o subcomandante foi anunciado.
-Xena, vencemos a batalha, mas perdemos 40 homens. Um número muito alto e desnecessário, se tivéssemos atacado em dois…
-Crassus, dispenso a sua opinião. Ganhamos o forte, é isso que interessa.
-Sim, senhora. – Respondeu e saiu.

-Gabrielle. – Xena chamou. – Ganhamos mais uma, hora de come…morar. –Xena esperou mais um pouco, mas a garota não apareceu. – Anda, Gabby, deixa de ser teimosa, foi só uma discussão. –Xena falava sozinha na tenda. – Gabrielle, eu não gosto de falar com as paredes!
Xena pegou uma garrafa e arremessou contra uma das hastes da tenda.
-Mas que merda!
A guerreira saiu do aposento, montou na sua égua dourada e cavalgou em direção à cidade.

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Ainda estava escuro quando a guerreira chegou. O templo estava vazio, nenhum sacerdote. Xena observou as estátuas, pinturas e oferendas do templo. Nas laterais havia duas filas de pequenos pilares, com vasos exatamente iguais. A morena se aproximou da fila da esquerda e empurrou o primeiro pilar, que foi derrubando todos os outros num efeito dominó.
Cacos de porcelana e de mármore se espalharam pelo chão, transformando o templo numa bagunça. Xena foi se aproximando da fileira da direita quando quem ela esperava apareceu.
-Você está louca? – Disse Gabrielle vendo a destruição que Xena estava fazendo no seu templo. – Resolveu fazer hora extra como destruidora às 5 da manhã e justamente no MEU templo?!
A morena não disse nada, apenas encurralou-a contra a parede e tomou sua boca com urgência. Intercalou suas pernas, pressionando sua coxa contra o sexo da loirinha que gemia dentro da sua boca. Xena quebrou o beijo e abriu os olhos, vendo que os de Gabrielle permaneciam fechados. Sorriu e contornou a boca da garota com o seu dedo indicador.
-Gabby…
Um par de esmeraldas se abriu lentamente, o rosto corado evidenciava ainda mais o verde daqueles olhos.
-Hum?
Xena sorriu novamente e beijou-lhe o queixo, descendo para o pescoço, onde encontrou uma marca.
-Isso aqui fui eu?
Gabrielle tocou automaticamente o local avermelhado.
-Claro, sua vampira sangue-suga.
Xena capturou os lábios dela rapidamente, apenas provando-os.
-Porque “claro que fui eu”? Você não come outras guerreiras, não?
-Para que isso agora?
-Não trepa com outras mulheres doidas para serem a oferenda do mês?
-Pára Xena! – Disse Gabrielle virando-se e tentando se afastar, mas Xena a puxou de volta.
-Responde!
-Não é da sua conta!
Xena empurrou-a contra a parede com força e pressionou seu corpo contra o dela. Aproximou sua boca do ouvido da loirinha.
-Diz, Gabby. Com quantas você trepa por semana? Quantas entram em você? Me diz!
Os olhos de Gabrielle estavam marejados, ela lutava para as lágrimas de raiva não caírem.
-Você sabe quantas!
-Eu quero que você me fale. Me diz quantas, Gabrielle, QUANTAS?
-UMA! – Disse a deusa olhando pelas janelas do templo, algumas cores já começavam a pintar o céu.
Xena não se surpreendeu com a resposta. Apenas aproximou seu rosto novamente do da loirinha, tentando beijá-la, mas ela se esquivou.
-Idiota. Tudo isso só para satisfazer o seu ego gigantesco.
-Não, Gabby. Tudo isso para você me dizer por que só comigo.
Gabrielle se aproximou com um sorriso jocoso.
-Porque você fode gostoso.
Xena ficou estática.
-Covarde.
Virou as costas e foi em direção à saída do templo. Quando estava quase atravessando a porta, ouviu um murmúrio bem baixinho.
-Porque eu te amo.
Xena quase não ouviu a frase, mas não ia pedir que ela repetisse. Só precisava que ela dissesse uma vez. Não sabia o porquê, só sabia que isso havia tirado um peso enorme do seu coração.
Sorriu e se aproximou lentamente. Gabrielle não a encarava, ficou fitando o chão. Tocou o queixo da garota delicadamente, num pedido silencioso para que a olhasse.
-Por quê?
-Porque eu precisava ouvir.
-Sabe, se você dissesse primeiro facilitaria muito o processo.
-Eu gosto de deixar as coisas mais complicadas. – Disse e beijou Gabrielle delicadamente. O já sol havia nascido, iluminando o templo e as duas mulheres que lá estavam.
Ambas foram se afastando lentamente, quebrando o contato. Gabrielle sorriu e ficou observando Xena, que caminhava em direção à saída, mas parou uns 5 passos antes.
-Ahh, Gabby!
-Que?
-Você também fode gostoso. – Disse e correu, mas não conseguiu escapar de um pequeno raio que a atingiu no bumbum. – Golpe sujo.
-Boca suja.
-É, mas você gosta.
-Eu amo.

FIM

Nota