Fanfics sobre Xena a Princesa Guerreira

    Tinha sido um longo e intenso dia, tanto emocionalmente como fisicamente. Haviam levado uma senhora surra, tanto física como espiritual. Nesse dia tinham se deparado com a estranha e perturbadora revelação que não era a primeira vez e nem seria a última que caminhariam lado a lado. Que o presente era apenas uma parte da jornada que percorreriam em muitas vidas, passadas e futuras.

    A guerreira refletia se essa nova informação teria alguma implicação na forma que viviam suas vidas, e em como percebiam o amor uma pela outra. Já tinham passado por dramas quase insuperáveis e, ainda assim, permaneciam juntas. O fato que suas almas estavam entrelaçadas pelo destino de alguma forma ajudava a explicar como, mesmo diante das mais aterradoras circunstâncias, não perdiam o vínculo uma com a outra.

    Xena inclinou-se em direção ao fogo, colocando uma lenha a mais e atiçando as brasas. O ensopado de raízes e vegetais que cozia na fogueira começava a exalar um cheiro agradável. Xena distraiu-se por um momento com o delicioso aroma da comida, até que um barulho a arrancou de seus devaneios.

    Era o barulho da pena arranhando o pergaminho. A morena sorriu levemente. Lembrou quando há muito tempo atrás o barulho a enervava um pouco, e agora era parte do seu cotidiano, isso quando não era simplesmente agradável, nas muitas vezes em que parava para olhar Gabrielle escrevendo. A loira frequentemente ficava tão absorta nessa atividade, que dava à  Xena a oportunidade de admirá-la sem ser notada.

    Agora mesmo Gabrielle sentava-se ligeiramente de costas para o fogo, de modo a aproveitar o máximo de sua luz, enquanto a pena percorria agilmente a superfície amarelada. Certamente teria muito o que escrever sobre esse dia. Como sempre, Xena recriminou-se um pouco por nunca ler o trabalho da mulher mais jovem.

    Os pensamentos de Xena foram mais uma vez tomados por outro fator distrator, que era maneira como a luz tremulante da fogueira desenhava formas no cabelo dourado de Gabrielle. Tinha sido obrigada a cortá-lo para livrá-la das garras de Alti, e por um momento achou que fosse sentir falta do bonito cabelo da mulher, mas a verdade é que o corte curto lhe caíra muito bem. Conservava os traços suaves e delicados que Xena adorava, mas o corte adicionara um ar de seriedade e experiência que a morena descobriu que gostava.

    A mulher mais alta levantou-se, pegou um pano e estendeu-o no chão próximo à jovem loira, sentando-se nele e recostando-se numa pedra. Gabrielle finalmente pareceu notar sua presença. Ergueu os olhos para Xena e sorriu.

    – Parece inspirada hoje – falou Xena.

    – De fato – respondeu Gabrielle, os olhos de volta ao pergaminho – muito que falar e pensar sobre.

    – Quer saber – disse Xena – eu realmente, realmente gostei de seu cabelo assim.

    Gabrielle riu.

    – Fico feliz que goste. Ainda me sinto um pouco estranha.

    Xena afastou as pernas e bateu no chão entre elas.

    – Vem aqui – disse.

    Gabrielle olhou para ela, sorrindo meio contrariada.

    – Xena, estou no meio de um pergaminho.

    Xena fez um muxoxo.

    – Vamos lá, o ensopado está quase pronto. Terá que parar para comer de toda forma. Fica aqui um pouco.

    Gabrielle revirou os olhos de forma brincalhona e moveu-se para sentar entre as longas pernas da morena. Recostou-se nela, apoiando a cabeça no colo da mulher e fechado os olhos. Sorriu, satisfeita, e seu corpo começou a relaxar. A mão da loira começou a subir e descer pela coxa da outra mulher, num carinho despretencioso, enquanto Xena lhe envolvia com os braços.

    – Ok, isso é agradável – murmurou Gabrielle, ainda de olhos fechados. Xena sorriu ao ver a expressão satisfeita da pequena loira. Um ar malicioso tomou seu rosto, pois os seus planos não tinham nada a ver com simplesmente recostarem-se relaxadas uma contra a outra.

    A morena inclinou a cabeça e começou a depositar leves beijos no pescoço agora significativamente mais acessível da outra mulher, ao mesmo tempo que acariciava seu antebraço. Subiu e desceu os beijos por algum tempo, percebendo como se arrepiavam os pelos do braço da mulher e a pulsação em seu pescoço acelerava. Encostou os lábios na parte posterior da orelha de Gabrielle e abriu a boca, deixando seus dentes arranharem a pele daquela região. Deu uma espiada no rosto da mulher e viu que ela agora trazia os lábios entreabertos.

    – Sabe, Gabrielle – Xena começou a falar baixinho no ouvido da jovem, sem interromper nenhum de seus movimentos – tem uma imagem que não sai da minha cabeça desde que a vi assim.

    – Qual, Xena? – Gabrielle perguntou, ligeiramente ofegante devido à respiração acelerada. Xena sentiu como o solto carinho que a jovem fazia em suas pernas tinha se tornado uma firme massagem cheia de ânsia.

    Xena virou o rosto de Gabrielle para beijá-la. Gabrielle saiu de sua posição, sem descolar sua boca da outra mulher, e virou-se, passando suas duas pernas por cima da perna de Xena. As duas mulheres colaram-se o máximo que podiam, deleitando-se no beijo e no contato de seus corpos.

    Com alguma dificuldade, Xena interrompeu o beijo. Tentou falar, mas sentiu a língua de Gabrielle em seu pescoço, enquanto a jovem sugava a pele que pulsava sob sua boca. A boca desceu e chupou logo acima de seu seio, e a língua percorreu uma trilha de volta à boca da morena, apertando-a para mais um beijo que lhe roubou a respiração.

    – Qual imagem, Xena? – sussurrou Gabrielle provocativamente, enquanto sua mão subia até o seio da morena e lhe dava um leve aperto – o que está pensando?

    Xena novamente colou a boca no ouvido da loira e falou numa voz quase suplicante:

    – Não consigo parar de imaginar como seria vê-lo no meio das minhas pernas.

    Um gemido incontido saiu da garganta de Gabrielle ao ouvir aquelas palavras ousadas. Voltou a beijar a morena, dessa vez fazendo menção de puxá-la da pedra e deitá-la no pano estendido, esticando seu corpo sobre o dela. Apoiou-se num dos braços, enquanto com a outra mão começava a tentar se livrar da roupa de couro da mulher sob ela, ao mesmo tempo que Xena tentava apressadamente puxar seu sari.

    Interromperam o beijo por um momento para jogar as roupas de lado. Gabrielle entrelaçou suas pernas nas de Xena e começou a movimentar seus quadris, esfregando sua coxa no centro úmido que já se movia sob ela, enquanto abaixava seu corpo e friccionava seus seios contra os da mulher mais alta.

    Xena inclinou a cabeça pra trás, perdida na sensação do corpo de Gabrielle em cima do seu. Suspirou quando sentiu a boca da jovem começar a sugar seu colo, sua língua traçando caminhos vorazes por aquela região. Gabrielle começou a mordiscar e lamber a carne macia dos seus seios, até o momento em que seus lábios se fecharam em volta do bico endurecido e ela sugou com força.

    A morena passou os dedos pelos cabelos de Gabrielle, puxando-os, gostando da sensação de fluidez proporcionada pelos fios curtos. Gabrielle continuou seu trabalho nos seios da outra mulher, aproveitando o sabor da pele sedosa e a sensação das unhas de Xena em sua nuca.

    Gabrielle esticou as pernas, colocando-se entre as coxas de Xena, abrindo-as mais. Subia e descia seu estômago contra o sexo da morena, enquanto sua boca continuava o caminho até o destino pretendido. Uma de suas mão massageava o seio da mulher, enquanto a outra apertava sua bunda. Seu corpo movia-se no ritmo da turbulência da mulher sob ela, e seus gemidos sobrepostos misturavam-se com os sons da noite.

    Gabrielle deixou seus lábios apenas roçarem suavemente os lábios inferiores de Xena, antes de afastar-se um pouco e erguer os olhos para fitar o rosto da outra mulher, o qual estava jogado pra trás em seu abandono.

    – Disse que queria olhar, Xena – Gabrielle falou, quase inaudivelmente. Xena ergueu a cabeça e olhou, e assim que os olhos azuis encontraram os esverdeados Gabrielle mergulhou entre as pernas da mulher.

    Xena apoiou-se nos cotovelos, tentando sustentar os tremores que percorriam toda a extensão do seu corpo, enquanto olhava os movimentos da mulher mais jovem e sentia seus lábios e língua percorrendo seu sexo inteiro. Seus dedos enfiaram-se novamente nos cabelos de Gabrielle. Quase perdeu completamente a força no braço que ainda a apoiava quando as carícias da jovem concentraram-se no seu ponto de prazer, e seus quadris começaram a perder completamente o controle.

    Chegou o ponto em que suas forças desapareceram e teve que abandonar a visão de Gabrielle para poder jogar seu corpo pra trás e entregar-se à liberação do prazer que sacudiu seu corpo e a fez gritar e puxar os cabelos de Gabrielle com força.

    A mulher menor não se deteve, e colocou dois dedos dentro da outra mulher, curvando-os e massageando a rugosa protuberância interna, fazendo com que uma segunda avalanche despencasse sobre o corpo de Xena, e ela sentiu que se derramava na boca de Gabrielle e prendia seus dedos com tanta força que a jovem talvez não conseguisse tirá-los nem que quisesse.

    Quando as convulsões começaram a diminuir, Gabrielle afastou lentamente a boca e tirou vagarosamente os dedos, sentindo ainda as contrações daquela área sensível. Foi subindo pelo corpo da morena, beijando com doçura toda a extensão do seu corpo, até depositar um beijo carinhoso nos lábios de Xena.

    – Então? – perguntou, um sorriso travesso nos lábios.

    Xena ainda não era capaz de falar, apenas grunhiu e apertou fracamente a mulher sobre ela. Gabrielle riu, deliciada.

    – Vou supor que gostou – disse Gabrielle, deitando-se no ombro de Xena.

    – Você acaba comigo – Xena conseguiu murmurar – a realidade supera em muito minha imaginação.

    Gabrielle sorriu e beijou o ombro de Xena. Esta começou a correr suas mãos pelas costas de Gabrielle. Podia sentir em sua coxa como a jovem loira estava úmida e sorriu ante a perspectiva de retribuir o prazer que acabava de receber.

    Puxou o rosto de Gabrielle para o seu e começou a beijá-la. Sentiu o corpo da jovem se erguer e apoiar-se nos cotovelos, enquanto começava a movimentar o sexo em sua coxa, espalhando sua umidade naquela região. Xena começou a massagear os seios da loira e surpreendeu-se quando ela agarrou sua mão e a levou até o meio de suas pernas, apertando-se com força contra ela.

    – Preciso Xena… agora – suplicou Gabrielle, trêmula.

    Xena não se fez de rogada e deslizou dois dedos dentro da mulher, usando a força da sua perna para aumentar a pressão. Gabrielle gemeu alto e começou a cavalgar os longos dedos, seus quadris logo adquirindo um ritmo frenético e descontrolado enquanto se empurrava contra a mão de Xena e sentia a massagem interna que ela lhe fazia.

    A outra mão de Xena subiu até um de seus seios, enquanto ela mesma encarregava-se do outro. Ergueu o corpo e teve que apoiar-se na pedra ao lado quando sentiu que atingia o ápice e seu corpo parecia se desintegrar. Deixou-se cair deitada sobre Xena, fraca, e a morena a abraçou e beijou o topo da sua cabeça, começando a acariciar seu rosto.

    Passaram alguns minutos em silêncio, perdidas na sensação de satisfação e nos carinhos suaves que trocavam, até que um cheiro as tirou bruscamente desse estado de enlevo.

    – Xena, o ensopado! – Gabrielle levantou-se de chofre e correu nua até a fogueia.

    A água tinha secado até o limite possível e os vegetais começavam a assar. Gabrielle imediatamente jogou mais água dentro da panela, salvando a comida, mas, ainda assim, teriam um jantar um com leve gostinho de carvão.

    Fim

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