Officer Kiramman
Histórias 12
Capítulos 64
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Leitura 11 h, 20 m
- Foi quando o sol atingiu o meio do céu que a escuridão gradualmente começou a tomar conta, a princípio como uma atmosfera de um simples dia no qual uma tempestade chega de fininho transformando o dia em noite, exceto que dessa vez era um fenômeno um tanto mais raro. Carregando meu arco nas costas, acompanhei Imogene para dentro do palácio através de mais uma de suas tantas entradas secretas. Não que eu não conhecesse totalmente as instalações do local onde passei o final da minha infância e…
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- Pelos próximos dois dias que se seguiram, Ayleen praticou com o arco por incansáveis horas. Tinha plena noção de que nenhum milagre aconteceria a ponto dela se tornar uma guerreira habilidosa em tão pouco tempo, mas queria ter pelo menos algum recurso para não se sentir tão indefesa e poder ajudar. O resto do tempo, ajudou Edalyn a manter a taverna em ordem, exceto no horário de almoço do segundo dia quando o casal de taverneiros, para espanto da população local, decidiu não abrir. Imogene…
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- Não havia nenhuma explicação racional para o que havia ocorrido que – na opinião de Imogene – não coubesse na categoria de “bruxaria” ou “sorte de principiante”. Não que ela duvidasse de Ayleen, mas ela podia ver nos olhos arregalados da própria loira a mais pura incredulidade. A flecha voou afiada pelo ar e se cravou diretamente no centro do alvo. Talvez Ayleen tivesse os favores dos espíritos, ou talvez apenas fosse uma aprendiz realmente muito boa, mas o fato é que lá estava a…
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- -Me ensine a usar o arco. Foi com essas palavras que Ayleen quebrou o silêncio que perdurava um longo tempo à mesa do salão principal da taverna. Era tarde da noite, os clientes já haviam ido para casa e os últimos bêbados importunos já haviam sido expulsos. A cozinha já havia sido arrumada, os odres vazios de vinho levados para fora e agora uma pequena vela queimava num castiçal improvisado a partir de uma garrafa velha em cima de uma das mesas de madeira. Na mesa também se encontravam alguns…
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- -Primeiro – explicou Enoch – Não é seguro que vocês sejam reconhecidas por qualquer pessoa aqui. Existem guardas fiéis a Agur por todo o condado que já devem estar cientes da queda da Fortaleza na Cornualha e existem membros da resistência que assim como eu o fiz, enxergariam a rainha como moeda de troca. Não há tempo de avisar a todos para não atacarem Ayleen, então não é seguro que saia por aí. Vocês precisam se disfarçar. Imogene, deve continuar agindo como alguém indefesa para…
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- Sentir a água morna envolvendo seu corpo era um bálsamo para todas as dores físicas que sentia. Ayleen se afundou na tina de madeira relaxando os músculos do seu corpo dolorido e esfregando as manchas de sujeira e sangue seco que cobriam parte do seu corpo. Os primeiros raios da manhã iluminavam o vidro fosco do quarto onde havia sido hospedada, e ao longe ela podia ouvir os barulhos característicos de uma Taverna se colocando em funcionamento. Caixotes sendo arrastados, cutelos batendo contra carne…
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- Devon era inconfundível para Imogene. Sabia que se aproximavam do condado quando sentiu o cheiro da resina dos plátanos e viu de longe inúmeras pessoas nos campos de trigo e de batatas. Ela havia crescido naquela terra e apesar de todas as adversidades que enfrentava nesse momento, retornar a Devon era como um acalento. Ela tinha plena noção de que o local não era o mesmo, afinal, agora haviasoldados de Agur patrulhando as ruas e os tributos eram pagos à Coroa atual, mas ainda assim, era seu lar…
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- O barulho de um córrego e de uma fogueira acordaram Ayleen, que sentiu a luz perfurando seus olhos conforme os abria. Sua cabeça doía como jamais havia doído e vários pontos de seu corpo ardiam com ferimentos. Ela apoiou as mãos no chão e levantou-se olhando ao redor. Para sua surpresa, encontrou Imogene recostada no tronco de uma árvore, de olhos fechados, segurando o cabo de uma espada com as duas mãos, mas claramente ressonando. Seu rosto, parcialmente escondido por um capuz, tinha algumas…
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- Ayleen acordou com o solavanco de ser puxada violentamente de sua cama pelo braço e logo sentiu uma forte pancada na cabeça. Sua visão ficou borrada e por mais que tenha lutado para se manter de olhos abertos nos minutos que se seguiram, foi em vão. As próximas sensações que conseguiu sentir foram apenas flashes estranhos, o atrito do chão de pedra do castelo em seu corpo enquanto era arrastada, pequenas centelhas de luz que podia ver através da trama de tecido que cobria sua cabeça e o gosto de…
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- Presente, mas algumas horas antes... -Você deveria perguntar aos espíritos o motivo de eu mentir. – Imogene levantou-se do círculo e olhou a velha Muirne nos olhos seriamente. A expressão de fúria da anciã começou a misturar-se com um pouco de confusão. -Está zombando dos espíritos? -Eu jamais faria isso. Nunca me passou pela cabeça desrespeitar o povo de Ayleen. É inclusive, em parte para protegê-lo, que estou mentindo. Se não acredita em mim, pergunte aos seus guias e se achar que deve…
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