Fanfics sobre Xena a Princesa Guerreira
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protegendo os seus

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Notas de advertência

A história se passa em um contexto histórico/fantástico, abordando a escravidão, a luta pelo poder e a complexidade das relações humanas em tempos de guerra. Recomendado para leitores maduros interessados em narrativas épicas com uma abordagem crítica e emocional sobre a condição humana em situações extremas.

Na tenda reservada especialmente para elas, as amazonas encontraram frutas, alimentos e bebidas suficientes para um grupo inteiro de Falcões e também uma pequena escrava ajoelhada sobre almofadas em um tapete central. Havia apenas uma escrava na tenda e seu cabelo loiro poderia informar pertencer ao povo do norte, se não fosse aquele corte rente a nuca e os grandes olhos verdes que elas conheciam tão bem.

– Gabrielle, como você veio parar aqui, quer dizer o que você está fazendo aqui?

– Me foi dito que viesse a esta tenda e proporcionasse divertimento para um grupo especial do exército da Conquistadora . Não esperava que fossem as senhoras. Gostariam de um vinho? Uvas? Gostariam de sentar e apreciar uma história? Não sei muito de divertimento guerreiro, mas farei o melhor para que sua noite não seja um tédio completo.

– Pare com isso, princesa. Serei condenada se aceitar minha princesa me servindo como uma escrava. Sente com a gente.

– Mas, senhora!!!

– Você tem que nos divertir, não? Nada me daria mais prazer do que e conversar como antigamente. Me conte o que aconteceu contigo quando iniciaram os jogos.

– Fui enviada para junto do sanador da Conquistadora para auxiliar com os feridos, juntamente com Iodia e Zenit. Soubemos das noticias através dos homens que vinham até a tenda receber atendimento. O que vocês tem de novidades? Soube que foram decisivas em três dos banners conquistados.

– Foi muito difícil, principalmente para as que vieram por dentro do lago e especificamente quando fomos ao extremo norte, pois tínhamos que atravessar dois campos inimigos. Os homens do campo sul não facilitaram nada, utilizando armamento com ponta real.

– Como estão aceitando o que ocorreu com Dieynisa, Ephiny ?

– Como amazonas. Ela conseguiu participar da premiação da Conquistadora, mas já está recolhida. A ferida está infectando, parece que havia algo na ponta da seta e já tentamos tudo que sabíamos, não obtendo resultado. Iodia já foi até ela e não tem muita fé que ela consiga manter o braço em funcionamento mínimo, podendo ter inclusive que corta-lo fora. Existiria apenas uma possibilidade, mas está fora de questão. Me nego a procurar esta saída indigna.

– Se há uma possibilidade devemos persegui-la Ephiny . O que é a dignidade frente a perda de uma irmã querida? Diga, posso fazer algo? Que saída é esta?

– Esqueça, Gabrielle.

– Eu não vou esquecer, diga o que é possível fazer e eu farei.

– Não pense nisso. Eu proíbo.

– Como assim!!??! Você não pode me dar ordens comandante. Quem você pensa que é?!?

– Pela palavra da Imperatriz, até o nascer do sol, tua senhora.

A luta de vontades permaneceu e as amazonas na tenda não ousavam falar uma palavra, apenas observando as duas amigas neste cabo de guerra mental, onde uma tentava demover a outra de sua posição.

Finalmente Gabrielle cedeu, aquiescendo com sua nova situação, mirou o solo e pediu desculpas por seu comportamento inadequado.

– Sinto muito em incomodar a senhora com meus pedidos comandante. Isto não se repetirá.

O coração de Ephiny estava cortado e sangrando por ter de chamar sua princesa para a realidade de sua atual posição, mas não iria permitir que Gabrielle incorresse na ira da Conquistadora por suplicar atendimento para sua irmã. Era mais provável que a Conquistadora , se estivesse de bom humor, ordenasse uma morte rápida e indolor para Dieynisa do que gastar seu tempo em atender pessoalmente uma guerreira ferida. Se fosse um de seus homens, um de seus amigos talvez, mas uma amazona? Impossível.

Gabrielle não havia desistido. Apenas não queria colocar Ephiny em uma posição de ter de afirmar sua posição de superioridade conforme já havia alertado Xena , em suas próprias palavras. “Tua punição virá rápida se ofender a um de meus Falcões, servos , agentes ou convidados.”

Quando voltasse para a tenda de atendimento acharia uma maneira de perguntar a Iodia ou a Ieranus sobre qual é esta mínima chance que Dieynisa teria.

A noite transcorreu entre lembranças e planos, com Gabrielle saudando as quatro amazonas pela maneira que tem conseguido orientar e proteger as demais. O dia estava quase amanhecendo quando estavam apenas Ephiny e Gabrielle acordadas, conversando sobre o que as esperava no futuro.

– Meu futuro é incerto, Ephiny , mas ao menos vocês mantiveram o grupo unido e bem. Com a benção de Atena Higeia, Dieynisa vai se levantar novamente. Agora, devo aguardar que todas vocês deixem a tenda para poder voltar à tenda da Conquistadora, quais são seus desejos e quais são suas ordens pra mim?

– Eu desejo te ver descansar.

– Não posso dormir com vocês para serem atendidas Ephiny , são minhas ordens atender suas necessidades.

– Tenho necessidade de te ver descansar, Gabrielle. Vem, deita comigo e dorme um pouco. Talvez seja a última chance que tenho de te proporcionar conforto. Soube que estamos designadas para atuar junto ao palácio de Corinto como parte da elite da guarda pessoal e isso significa estar perto mas manter distância das escravas pessoais da Conquistadora .

– Se é seu desejo comandante. Boa noite minha senhora.

– Durma bem, Gabrielle.

Nos dois dias que se seguiram os acampamentos foram desmontados e os homens seguiram para seus aquartelamentos, tendo sido permitido às amazonas manterem uma rotina de treinos que embora não seguindo a rotina dos Falcões , mantinham suas habilidades em dia e aprimorava o ensinamento das jovens.

Dieynisa conseguiu sobreviver às noites que se seguiram ao seu retorno do ataque a Briontis e agora estava no ponto mais crítico, sendo quase necessário a amputação de seu braço e estava por um fio de luz Celesta vir busca-la . No início da primeira noite após a festa da vitória, quando Gabrielle soube que chegara a este ponto pressionou Eponin sobre qual era a fina chance que ela teria para escapar deste destino de viver sem um braço, se não da própria morte.

– Diga de uma vez, Eponin ! Qual a chance que Ephiny referia existir?

– Gabrielle, por favor, não me force a isso. Eu não quero nem vou discutir com você. Ephiny já decidiu e todas concordaram com ela que seria muito arriscada. A própria Dieynisa está de acordo que devemos deixar como está.

– Eu não concordei com nada e você tem razão, não vamos mesmo discutir isso, agora é uma questão de Zorah . Diga-me mestre de armas.

– É dito no campo, entre os homens, histórias sobre a Conquistadora ter atuado como sanadora na batalha de Eiraskan e não só ter salvado a vida de muitos de seus homens, como ter conseguido preservar o membro ferido de muitos deles. Corre a lenda de que ela sabe a maneira de combater infecções causadas em batalha.

– Por que não me disseram isto antes?!? Nossa irmã sofrendo dores terríveis e a possibilidade de não se recuperar de um ferimento quando a cura estava ao alcance de nossas mãos !!! Isto não ficará assim, Eponin e se um dia sairmos desta, vão responder a mim por isso.

Saindo furiosa da presença desta perplexa guerreira amazona, Gabrielle vai resolutamente a procura de Xena .

Xena estava sozinha em sua própria barraca, vestindo apenas uma túnica de seda vermelha, com seus cabelos soltos, escorada nas almofadas a um canto mais escuro, descansando de olhos fechados.

Gabrielle para a três passos , curvando-se profundamente em silêncio, aguardando ser reconhecida sua presença vai formulando em sua mente barda a maneira como abordaria a questão.

– O que você quer , Gabrielle.

– Minha senhora, eu respeitosamente tenho um pedido.

– Interessante, mas o que tuas necessidades têm a ver comigo. Você interfere no primeiro momento de paz e solidão que eu consigo em semanas para fazer um pedido? Sabes que esta impertinência não passará em branco.

– Sim, minha senhora, eu sei que ultrapassei os limites, mas é por uma causa justa, acredite.

– Eu acredito, Gabrielle. Tenho certeza que não irias interromper meu descanso por algum motivo fútil. Então diga, qual é teu pedido para que eu possa ter o prazer de nega-lo.

Ajoelhando na frente de Xena , Gabrielle toca o solo com a testa e sentando em seus calcanhares emite aquilo que desejava por todos os Deuses, fosse um pedido capaz de demover o gelo dos olhos azuis a sua frente e fazer com que a compaixão e misericórdia fluíssem através da Conquistadora .

– Minha irmã, Dieynisa foi ferida nos jogos e seu ferimento está infeccionando. Nem Iodia nem Ieranus conseguem debelar e talvez sequer amputando seu braço consigam salvar a vida dela. É sabido que grande é o conhecimento da Conquistadora e muitos acreditam que por sua vontade, muitos homens tiveram suas pernas e braços salvos de perda certa em Eiraskan. Imploro a vossa majestade que salve minha irmã.

– Estes homens que você falou eram bons homens, dignos de serem salvos, o que é mais que posso dizer de uma amazona cuja princesa não sabe seu lugar e deverá ser ensinada brevemente a diferença entre um homem livre e uma escrava insolente.

– A insolência na escravidão é a arma dos desesperados. Farei qualquer coisa que deseje, darei qualquer coisa que exija, mas por todos os Deuses, se tem o poder, salve minha irmã senhora. Ela sofre pela ação de indignos membros de seu exército que não souberam jogar conforme as regras ditadas por sua mesma autoridade. Ofereço minha amizade, com opiniões sinceras e palavras verdadeiras até o fim dos meus dias, serei uma amiga nesta estrada solitária que a senhora decidiu traçar.

– Você pertence a mim e fará o que eu quiser com ou sem esta barganha, assim não tens nada para oferecer, pois não pertences a ti mesma e qualquer coisa que penses já é minha por definição. Como pode ver Gabrielle, é uma amizade que em nada me interessa e arriscaste minha ira por nada.

– Como dizia uma mulher muito sábia a quem servi na Macedônia, a nossa alma compartilhada através da amizade é um tesouro que apenas pode ser livremente dado e se conseguir algo assim, deverá lutar para mantê-lo, pois nem os Deuses podem remover.

– Que mulher? Em que parte da Macedônia?

– Senhora?

– Onde e quando você ouviu isso?

– Antes de conhecer Terreis, fui barda na Macedônia e uma mulher extremamente sábia me ensinou muitas coisas.

– Quem era esta mulher, Gabrielle?

– Cyrene de Amphipolis, minha senhora. Uma grande mulher, mas ela não significava nenhum desrespeito, por favor senhora é apenas ensinamento para uma jovem perdida.

– Guarda! Yolker!

Os dois chegaram ao mesmo tempo.

– Conquistadora .

– Não deixem que ela saia daqui, fale com alguém ou sirva-se de alimento ou água. Digam a Terquien que envie uma patrulha à Macedônia, quero saber sobre Cyrene de Amphipolis, desejo relatório completo, sem alarde ou serem detectados e em silêncio absoluto. Levem a amazona ferida para a tenda hospital e digam a Ieranus que deve aquecer uma espada, um punhal e uma panela com água. Agora.

Sua irmã será comunicada a quem deve agradecer pelas próximas marcas de velas.

– Minha, senhora! Misericórdia, que sua ira caia somente sobre mim, misericórdia!

– Nem mais uma palavra, Gabrielle ou descobrirás o peso real de minha ira e não restará amazona alguma ou Amphipolis na face da terra.

Por meia marca de vela os gritos de Dieynisa foram ouvidos por todo o campo, sendo seguidos de um silêncio assombroso e novamente gritos lancinantes. As amazonas continuaram fazendo suas atividades e muitas não contiveram as lágrimas. Isso se repetiu a cada três marcas de vela, com a cozinha recebendo recomendações especiais sobre bifes, batatas e uma jarra de vinho quente para a tenda hospital. O amanhecer encontrou um silêncio sepulcral que foi quebrado novamente pelos gritos desesperados de uma amazônia agonizante.

Xena foi ao lago nadar e depois, diretamente à sua cama, dormindo profundamente até o por do sol, quando acordou chamou a sentinela e ordenou um jantar com porções duplas.

Gabrielle não havia saído da barraca, tendo permanecido no exato lugar onde a Conquistadora havia determinado na noite anterior.

– Sente e coma algo Gabrielle, você vai precisar. As regras continuam as mesmas quanto a permanecer aqui e ficar incomunicável.

Xena levantou saindo em direção à tenda do hospital.

– Como ela está Ieranus?

– A febre voltou majestade, mas sem a força de antes. Estamos controlando a dor com medicamento, mas as ataduras precisam ser trocadas e o ferimento novamente limpo.

Xena mandou Iodia retirar as ataduras e Ieranus trazer a bacia com água quente. Abriu o ferimento e apertou de ambos os lados, fazendo com que os gritos de Dieynisa novamente fossem ouvidos até que desmaiou. A Conquistadora colocou um pó cicatrizante a e um emplastro.

– Que ela receba todo cuidado necessário se o ferimento estiver limpo pela manhã não será necessário repetir este processo. Partiremos amanhã e exijo silencio absoluto sobre este processo, o que significa que nada do que foi dito ou feito nesta barraca poderá ser mencionado por nenhum modo a ninguém ou cuidarei de eliminar quem estamos tentando salvar e todos que presenciaram como foi feito. Entendido?

– Sim, Conquistadora .

Xena vai até sua barraca e convoca Ephiny imediatamente.

– Nem uma palavra Gabrielle, nem uma palavra sobre coisa alguma.

– Conquistadora .

– Ephiny , prepare suas amazonas para partir amanhã com os Falcões e a Primeira Divisão , voltaremos à Corinto na terceira marca de vela após o nascer do sol.

– Sim, senhora.

Permanecendo no mesmo lugar, Ephiny não dá sinal de sair.

– Deseja mais alguma coisa, comandante?

– Sim, majestade. Gostaria, respeitosamente de solicitar que a tortura pare. Dieynisa empenhou-se verdadeiramente nos jogos e o ferimento não foi sua culpa Conquistadora, se há uma punição a ser feita, ofereço-me para isso pois era meu o comando.

– Você nem estava presente, então não pode ser sua culpa! Se eu decidir punir alguém de minhas fileiras por decepcionar-me ou apenas para afastar o tédio eu o farei e se eu desejar você irá assistir, colaborar ou executar a menos que tenha intenção diferente. Você pensa diferente, comandante?

– Não majestade, a senhora tem razão, eu aceitaria suas ordens, mas ainda assim peço que o castigo pare.

– Aguarde lá fora, Gabrielle.

Após a saída de Gabrielle, Xena fala mais francamente com a comandante amazona.

– Informe às suas irmãs que a jovem não morrerá. Esta informação que darei agora é apenas para seu conhecimento, comandante e de ninguém mais, principalmente de sua princesa. A situação em que ocorreu tal ferimento ainda está sendo investigada, porém sua amazona não está sendo castigada ou torturada como supõe, mas está sendo tratada. Estou apenas retribuindo uma gentileza de sua princesa e atendendo um pedido feito em termos muito audaciosos e os gritos que escutam é um bom sinal, pois ainda existe sensibilidade no membro afetado, não estando perdido, apenas tendo dor muito forte, onde mesmo os mais corajosos não ficam indiferentes. Ela está sendo atendida por Iodia, sua assistente e Ieranus, com os melhores medicamentos e técnicas disponíveis. Agora mande Gabrielle entrar, você está dispensada.

– Conquistadora .

– Gabrielle! Sirva-me vinho.

– Sim, minha senhora.

– Agora, fale sobre Cyrene, como a conheceu e sobre sua vida com ela.

– Majestade?

– Está surda, escrava? Quero conhecer tudo que sabe sobre Cyrene de Amphipolis. Conta-me de seus dias com ela.

Xena passou boa parte da noite ouvindo falar de uma cidade, uma pousada e sua proprietária. No meio da madrugada a sentinela entra na barraca.

– Conquistadora .

– Sim Gaius.

– Perdoe-me, mas Ieranus pede sua presença no hospital, disse que tem ordens suas para chama-la se necessário.

– Está tudo certo Gaius, avise que já estou indo. Levante-se Gabrielle! Você irá comigo, mas sem dizer uma palavra ou fazer algum tipo de comunicação. Quero que veja o que seu pedido ocasionou. Reze à Artemis que tenha misericórdia de sua irmãzinha e interceda junto a Atena.

Chegando na tenda do hospital, Xena observa o ambiente e manda preparar um emplastro novo, retirando o curativo e a bandagem.

– O que aconteceu Ieranus?

– Ela teve febre muito alta e não conseguimos fazer com que baixasse.

Tocando na testa de Dieynisa, Xena percebe estar muito alta.

– Peguem alguns cobertores e toalhas, vamos até o lago.

Erguendo facilmente Dieynisa no colo, Xena caminha até a borda do lago, entrando com ela na água até a altura da cintura, segurando-a dentro da água por algum tempo, pouco menos que meia marca de vela. Retirando-a da água manda secar e enrolar nos cobertores, levando-a novamente para a tenda.

– Isso deve baixar a febre o suficiente para que o medicamento faça efeito. Mande me chamar se piorar. Boa noite Ieranus.

– Boa noite majestade.

– Vamos , Gabrielle.

Entrando em sua tenda, tirou a roupa molhada a um canto e colocando sua espada ao alcance da mão, deitou em sua cama.

– Venha dormir Gabrielle, amanhã será um longo dia.

– Sim, minha senhora.

– Gabrielle!

– Sim, majestade.

– Cale-se!

O dia rompeu sem mais ocorrências, com Yolker levando o desjejum de Xena como indicado. Gabrielle continuava dormindo quando Xena saiu de sua tenda para ir examinar Dieynisa. A infecção havia sido debelada e tecido bom estava se formando adequadamente. Não era mais tempo para costurar e a ferida deveria cicatrizar por si, com a ajuda de alguns pós cicatrizantes, chás e infusões. Os emplastros e cataplasmas seriam abolidos, deixando como terapia apenas elementos secos no local e outros que deveriam ser ministrados via oral. Não havia mais febre e Dieynisa tinha pouca lembrança do sofrimento que passara.

– Ephiny , providencie uma carroça para a nossa amazona ferida ser transportada, estamos partindo em duas marcas de vela. Gabrielle irá com vocês .

A viagem começou e terminou sem maiores incidentes e chegando a Corinto dezoito dias depois, no meio da manhã. A Conquistadora reuniu-se com seus assessores mais diretos, recebendo relatórios sobre situações ocorridas em sua ausência e missões encomendadas, determinou que Akiba organizasse sua agenda a partir da tarde do dia seguinte, mas atenderia o Tribunal assim que estas reuniões setoriais preenchessem as lacunas e acabasse de se inteirar dos fatos e o jantar com os nobres e principais comerciantes iniciaria quando a lua estivesse a duas marcas de vela no céu.

Convocando Terquien e Volair para uma avaliação dos jogos, determina que façam uma relação dos merecedores de promoção e os que devem ser reavaliados quanto a capacidade de integrar os Falcões ou a Primeira Divisão .

Gabrielle e as amazonas aguardavam ordens no pátio interno e ali permaneceram por quase quatro marcas de vela, quando foram convocadas ao estúdio da Conquistadora .

– Você ficará nestes aposentos ao lado do meu estúdio, devendo permanecer nele apenas quando não estiver atuando ou receber ordens para isso e ali dormirá. Meu estúdio particular é o local onde tomo as decisões e verifico a melhor estratégia para cada caso e será onde você lerá os relatórios, devendo fazer anotações daqueles que lhe parecerem inadequados em valores ou situação. Você entendeu?

– Sim majestade.

– Toda vez que eu entrar em meus aposentos você deverá aguardar naquele tapete, cuidando que há outro semelhante no estúdio para tal fim, atuando imóvel , silenciosa, até ser chamada para prestar contas de tuas tarefas e receber novas ordens.

– Sim, minha senhora.

– As trombetas seguem o gongo quando eu encerro o tribunal e este será teu sinal de que estou vindo para meus aposentos. Djira, Praena, Orin, e Kyla saberão que seus serviços podem ser requisitados e seria interessante pra você que soubesse disso também.

– Certamente, minha senhora.

– Ephiny , vocês ocuparão o aposento frontal ao de Gabrielle , e atuarão na minha guarda pessoal, em patrulhamento do palácio, junto às cavalariças e treinamento com os Falcões . Receberão sua agenda no tempo devido. Dispensadas

– Conquistadora .

Deixando Gabrielle em seu estúdio Xena segue para o Tribunal, onde todos os nobres aguardam pacientemente a entrada da Imperatriz.

“Todos recebam sua majestade, Imperatriz da Grécia, Egito, Chin e Roma, Senhora do Eire, Germânia, Gália e Britânia, Conquistadora das estepes e Terras geladas do povo do norte. “

Todos se curvam quando Xena entra no salão e sentada em seu trono faz um sinal ao guarda à direita que bate com sua lança no chão possibilitando a todos conhecerem que já é momento de levantar.

– Chame o primeiro caso Ovídio.

Xena passou três marcas de vela resolvendo questões justiça que os governantes locais não conseguiram obter solução ou casos que atingiam diretamente o trono.

Quando soou o gongo e as trombetas Gabrielle sentiu que seu coração ia sair pela boca e o fato de ter comido apenas no início daquela manhã não lhe ajudava em nada a acalmar o medo que tinha da noite.

Nota