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Warning Notes

Esta é uma obra de ficção, sem fins lucrativos, apenas para divertimento e contém: sexo consensual e não consensual (entre pessoas do mesmo sexo e de sexos diferentes), violência, tortura e escravidão. A leitura desta estória por pessoas com sensibilidade aos temas mencionados e menores de 18 anos, não é aconselhada.

Alvoradas

Nas cavernas de Tahal, duas marcas de vela depois da alvorada, quando o sol fazia seus primeiros movimentos na boca da caverna, não levou muito tempo para as guardas de perímetro detectarem acompanhantes. Karin chamou a mestre escoteira e relatou terem sido avistados homens rondando na mata , pegadas indicavam sandálias militares e também Deian tinha avistado alguns movimentos suspeitos perto do lago.

Solari chamou Eponin e Assoyde para formarem um Conselho com Ephiny . Ela decidiria o que fazer. Ephiny determinou que Solari procurasse saber mais sobre quem se acercara e quantos seriam, enquanto Assoyde buscaria ver se havia outra saída das cavernas, uma rota alternativa operacional, pois Gabrielle ainda estava doente.

Eponin deveria reunir as companheiras e começar a executar treino em duplas. Talvez se vissem elas treinando perceberiam não serem camponesas e como já aconteceu em várias ocasiões eles desistiriam de atacar, se fosse o caso. Chacais que escolhem ovelhas, fogem de lobos, com sorte as deixariam em paz. Leah e Zenit ficariam dentro da caverna para atender Gabrielle. Ela buscaria respostas la fora.

Era final da manhã quando Solari voltou trazendo um homem sob custódia. Ele estava com o lábio partido e algumas contusões, mas inteiro. Havia sido capturado por Squiona, quando tentava esgueirar-se para observar o perímetro da caverna principal. Foram vistos uns dois pelo lago, mas deveria haver mais e Taira relatou movimento de três na mata abaixo dela e uns outros três ao norte.

Ephiny rapidamente definiu que se viam oito deviam ser no mínimo o dobro, pois esta corja não anda em poucos números. Calmamente se postou na frente dele.

– Quantos vocês são? O que desejam e quem representam? Porque estão nos cercando?

O homem fechou ainda mais a boca, olhando reto em frente ignorando totalmente suas perguntas e sua presença.

–Deixe ele meia marca de vela comigo que ele contará tudo que precisamos saber Ephiny!

– Olha, não sei quem você é ou por que estão nos espionando, mas não somos o que pensa. Não vamos machucar você , apenas preciso saber o que querem conosco, quantos são e por que estão aqui.

Novamente foi redondamente ignorada. Ele sabia que seus camaradas estavam assistindo e não havia forma destas mulheres levarem a melhor sobre ele. Homens e Falcões não temem a morte. Havia recebido a missão de investigar. Não iria dar nenhuma informação.

– Iodia! Chamou Ephiny . Atenda os ferimentos dele e veja que ele tenha água e comida para se fazer confortável na sombra. Kleith e Deian ficarão de guarda e nós não vamos machucar ninguém sem necessidade Eponin. Sim Assoyde?

– Não há nenhuma outra saída e Solari avisa que foram descobertos sinais de homens por todas as rotas possíveis, mas estava impossível identificar de onde, quantos ou quem eram.

Eponin continuou orientando os treinos, deixando claro porém que na sua opinião , isso não iria espantar os homens. Se eles não avançavam, também não recuavam e isso queria dizer apenas uma coisa: estavam esperando alguém, reforços.

Isso era exatamente a preocupação primeira, mas a questão maior era saber quem estava sendo esperado, Leah apareceu na boca da caverna e Ephiny deu uma corrida até lá. Gabrielle havia acordado e chamado por ela.

– O que está havendo Ephiny ? Que tempo é?

– Como dormiu, Alteza?

– Bem, finalmente algum tempo com menos dor depois que vocês chegaram e sem interrupção, obrigada. Mas que tempo é e o que está acontecendo? Por que esta agitação toda?

– O sol está no seu ponto mais alto Alteza e estamos cercadas por um grupo de homens armados. Ainda não sabemos quem, quantos são, nem o que desejam. Dei ordens para Eponin iniciar um treino mão a mão, para que percebam não sermos exatamente camponesas indefesas. Eles não atacam, mas estão confortavelmente instalados em todas as rotas de fuga. Solari e Squiona capturaram um homem, mas ele não dá informação alguma. Eponin tem certeza que poderia extrair informações, mas eu não desejo ser mais incisiva com ele, pois não sabemos quem é ele ou seu grupo.

– Hum… de maneira alguma aceitarei maltratar ou torturar um prisioneiro Ephiny . Eponin devia saber disso. Traga ele aqui que quero falar com ele. E… Ephiny , corta o Alteza, somente Gabrielle vai servir.

– Sim Alteza.

Irritada com o que percebia ser uma seriedade fútil, a dor levava a melhor sobre ela e não achava graça nenhuma neste despropósito de formalidades em tal situação Gabrielle perde a paciência e descarrega a adrenalina acumulada pelas noites sem sono.

– Já pedi tanto que não me chamasse assim! Se faz questão da minha autoridade Ephiny , farei bom uso dela. Se assim isso é mais fácil pra vocês eu darei uma ordem a respeito, mas não quero isso de títulos entre nós. Principalmente se estamos cercadas entendido? Não quero que eles pensem que a vida de vocês vale menos que a minha.! Comunique a todas que desejo ser chamada por meu nome indicado, até que seja dito diferente e isso é uma ordem. Faça com que todas descansem após o treino com Eponin e diga a ela que venha com você !

– Sim Gabrielle.

O homem é trazido na presença de Gabrielle, que sentada numa rocha, o recebe com um sorriso nos lábios.

–Bom dia Senhor.

– [ ]

–Meu nome é Gabrielle. Eu e minhas companheiras estamos a caminho de casa. Por que vocês estão nos cercando? Quero dizer, não é como se nós tivéssemos um tesouro ou algo assim e sinceramente se vocês são caçadores de escravos, estão em desvantagem. Somos péssimas em cumprir ordens de desconhecidos.

– [ ]

– Olha, nós não somos realmente bom material pra isso e a lei do Império impede escravizar os cidadãos gregos , você sabe disso né.

– [ ]

– Vocês não gostariam de infringir as leis da Conquistadora. Dizem que ela não leva muito bem que não obedeçam seus comandos. Veja, nós apenas desejamos seguir viagem. Não gostaríamos de lutar com você ou seus amigos.

– [ ]

– Já percebeu que somos amazonas, afinal que outro tipo de mulher viaja fazendo exercícios de luta e detectaria sua vigilância? Agora, você não ia querer o povo da Nação amazona lhe perseguindo se algo acontecesse com a gente né.

– [ ]

– Bom, pelo jeito ou é surdo ou não deseja conversar comigo, mas não somos seus inimigos. De nada adiantaria mantê-lo preso aqui. Volte pra junto de seus amigos e garanta a eles que se não somos ameaça, também não somos presas fáceis . Deveriam repensar isso de nos cercarem sem provocação. Poderíamos ficar ofendidas e você não gostaria muito do que aconteceria a seguir.

– [ ]

– Eponin , devolva as armas dele . Solari, você vai liberta-lo e garantir que ele passe ileso pelas sentinelas. Chame-as todas para dentro e perto das cavernas. Não quero nenhuma lá fora, além do necessário.

– Gabrielle, isto não tem sentido!! Libertar o inimigo somente vai fazer com que eles fiquem mais fortes. Ele viu nosso contingente, nossas armas!

– Não Eponin. Ele não é nosso inimigo. Solte-o agora.

– Mas…

– Sem nenhum mas. Faça como foi dito e venham tomar seu almoço, nadar ou o que seja. Todas.

Solari coloca o punho direito no peito e sai com o homem, seguindo suas ordens.

– Ephiny , deixe apenas sentinelas nas árvores próximo à entrada da caverna para que saibamos quando o líder dele chegar e garantir uma rota costeando a montanha. Eles estão aguardando, nós também faremos isso, e calmamente.

– Gabrielle, ficaremos como ratos numa armadilha.

– Ephiny , é para ser realizado conforme eu disse e isto não está em discussão. Este homem não se vangloriou de sua vitória, não nos ameaçou nem tentou fazer com que nos rendêssemos. Isso significa que seja quem for que os comande ainda não chegou a uma decisão sobre nós ou não está perto. Se estamos cercadas como disseram, então negociar pode ser nossa única saída.

– Existem outras saídas honrosas. Eponin e as outras não vão gostar desta sua ideia. Você poderia sair com Squiona , Deian ,Iodia, Leah e Eponin. Nós daríamos cobertura pois não sabemos quantos são, mas as arqueiras poderiam mantê-los longe enquanto vocês passam.

– Isso não é possível Ephiny . Não posso fugir, nem podemos nos esconder. Temos de negociar e não é uma ideia Ephiny , é minha a decisão, é como tem que ser. Estou tornando uma questão de Zorah . É um comando.

Então Ephiny percebeu algo nos olhos de sua amiga que não tinha visto até então. Eles brilhavam com uma determinação assustadora e por instantes, talvez pelo reflexo da luz na água da piscina, Gabrielle pareceu mais alta e mais forte, com a alijava da Caçadora saindo em suas costas e o arco atravessado aparecia nas sombras. Foi apenas umas contagens, mas o suficiente para que ela ficasse sem resposta.

Solari havia retornado de sua missão de libertar o prisioneiro, ouvindo as demais ordens, baixou a cabeça e voltou por onde viera para chamar as demais e colocar vigilância. Aos poucos todas as amazonas estavam conversando baixo, afiando suas espadas e aguardando as marcas de vela. A piscina estava convidativa neste dia quente e as que desejassem foram autorizadas a usarem-na. Gabrielle estava em silêncio, orando a Artemis por sua proteção.

Um acesso de tosse trouxe Iodia pra junto de Gabrielle, que sentada sobre cobertores se recostava em uma pedra. O odre com o medicamento vindo do templo de Atena foi cuidadosamente derramado na medida e uma dose foi ministrada com cuidado. Até o melhor medicamento se torna venenoso na dose errada. A dor tomou conta de todo o corpo de Gabrielle, mas de maneira mais suportável. Eponin não concordava com a liberação do inimigo, nem Solari, nem Ephiny ou mesmo Assoyde. As demais simplesmente confiavam em seus comandantes, mas Eponin estava furiosa. Tinha certeza que com seu toque delicado conseguiria fazer este homem despejar tudo que sabia, mas não podia dizer nada, pois a simples discordância de uma ordem direta era classificada como traição e ela jamais trairia Gabrielle.

Quando Gabrielle caiu doente, acometida de dores atrozes por todo o corpo, que iniciavam com o levantar da lua e diminuíam com o sair do sol, foi dito no templo de Artemis na vila, que somente as sacerdotisa de Atena teriam o remédio para a dor que assolava a princesa e ela deveria fazer a busca pessoalmente. Ao chegarem no meio do caminho, Gabrielle desmaiou e somente as cavernas de Tahal providenciariam a segurança necessária. Em sonho Atena autorizou que o medicamento fosse buscado por representantes da princesa, mas teria de ser um representante de cada grupo. Escoteira, Guerreira, Arqueira, Comando. Assim Solari, Eponin, Assoyde e Ephny foram ao Santuário de Atena, enquanto Iodia e Leah criavam as condições para Gabrielle esperar com menos desconforto possível. Todas as vinte e cinco mulheres faziam parte da guarda real. Dariam sua vida por Gabrielle sem pestanejar.