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Warning Notes

Este capítulo contém temas de escravidão, manipulação de poder, e a intercessão divina, e pode ser perturbador para alguns leitores. É adequado para um público maduro que compreenda a complexidade narrativa e os aspectos psicológicos envolvidos.

Ao fundo, centralizada está a cadeira da Conquistadora e a sua esquerda um escriba tomaria notas, registrando o julgamento para os anais do Império. Na lateral direita ficariam os oficiais e ocupando o espaço em frente Conquistadora, quinze Falcões de cada unidade.

No centro deste quadrado, havia um pequeno escudo de aço, com um pé de diâmetro, sobre o qual o interrogado deveria permanecer durante sua fala.

A Conquistadora entrou na tenda e de imediato todos se colocaram em prontidão.

Xena olhou para Gabrielle e sorrindo para os Falcões reunidos, começou o julgamento justo que condenaria as amazonas por seu crime.

Iniciou sua fala, como se estivesse explicando a estratégia de batalha.

– Senhores, estão aqui, neste tribunal militar, para testemunhar o julgamento destas mulheres e chegarmos a um entendimento do real motivo de seu crime. Estas vinte e seis amazonas descumpriram o tratado que o Império firmou com a rainha Melosa, aproximando-se mais do que o permitido pelo tratado, com um grupo armado, sem ter notificado sua presença nem recebido autorização.

Vamos avaliar se é um crime deste grupo ou da Nação Amazonia e punir em conformidade. Tenham em mente apenas a verdade amazonas, pois deste julgamento depende a aniquilação completa ou a permanência de seu povo na terra.

Capitão, podes começar.

O capitão Xilant foi escolhido para conduzir o interrogatório e começou sua exposição quase didaticamente.

– Estas mulheres que estavam armadas e acampando nas cavernas de Tahal, fizeram Ciro prisioneiro, ferindo-o na captura e me mantiveram sob a mira de uma flecha quando fui entregar uma mensagem. Vamos ouvi-las quando responderão apenas o que for perguntado e irão faze-lo em sua integralidade. Chamo Eponin.

Eponin subiu no escudo.

– Por que estavam nas cavernas de Tahal?

Eponin tomou uma decisão. Não iria negar a posição de Gabrielle que já era de conhecimento da Conquistadora . Honraria a posição de Gabrielle e só podia rezar para a Zorah a respeito da forma de tratamento ter sido anulada com a identificação para a Conquistadora ou estaria em sérios apuros se sobrevivesse. Respondeu da melhor maneira que encontrou.

– Para a princesa Gabrielle descansar enquanto íamos buscar o medicamento no templo de Atena.

– Você queria extrair informações pessoalmente de Ciro. O que isso significa realmente?

– É uma questão de defesa. Precisávamos de informações e ele não queria dar.

Todos os homens riram. Militares, entendiam a importância de informações e métodos de extração. Cada um conhecia vários.

– Você concordou com a liberação dele e a minha ou recomendou nossa morte?

– Sim. Era uma questão de fato, nada pessoal. Dei o conselho que me pareceu mais adequado. Não concordei com a liberação de nenhum dos dois. Ele havia visto nossas reais condições e você seria uma arma a mais contra nós nos dias que seguiriam.

Murmúrios dos Falcões que assistiam. Todos concordavam que Eponin tinha dado um conselho pertinente.

– Mas mesmo assim acatou a decisão.

– Ordens não se discute, se cumpre.

– As ordens estavam certas?

– Sim.

– Então você errou na avaliação da situação. Dispensada. Chamo Ephiny .

Eponin voltou ao seu lugar e ficou pensando, repassando perguntas e respostas tentando entender aonde pretendiam chegar com esta farsa.

Ephiny subiu no escudo e ficou olhando para a Conquistadora , ignorando Xilant.

– Você tomou a decisão de acampar em Tahal?

– Sim.

– Sabia do campo de treino dos exércitos da Conquistadora ?

– Sim.

– Mesmo assim resolveu sair com um grupo armado, sem autorização dentro do perímetro acordado no tratado?

– Não foi bem assim! Não imaginava que a Conquistadora estivesse próxima!

– Então pensas que a Conquistadora deveria manter as amazonas informadas de seu paradeiro, quando resolvesse sair pelo Império ?

– Não. Nós apenas estávamos de passagem então a doença da princesa piorou e precisamos fazer acampamento. As cavernas era o abrigo mais próximo.

– Você concordou com Eponin sobre não permitir o retorno dos homens às fileiras da Conquistadora ?

– Não sabíamos tratar-se da Conquistadora . Eram apenas inimigos nos cercando. Quando soubemos que era a Conquistadora , agimos de acordo.

– Qual a doença que alegam ser tão importante, que arriscaram sair em grupo armado, sem autorização da aldeia?

– Não sabemos. Apenas fizemos o que tínhamos de fazer.

– Deu certo?

– Conseguimos o medicamento. Creio que sim.

– Não, vocês não estão com ele, estão? Você errou na avaliação da situação. Dispensada. Chamo Solari.

Solari subiu no escudo e ficou olhando para Xilant.

– Por que haviam dezoito amazonas de vigia fora da caverna quando chegaram com o medicamento?

– Elas estavam ansiosas e seria melhor menos barulho lá dentro.

– A que distância montaram o perímetro externo?

– Dois estádios o primeiro e um estádio o segundo.

– Você achou esta distância segura para evacuação em caso de necessidade?

– Não foram tomadas medidas para evacuação.

– Não tinham rota de fuga alternativa?

– Não.

– Então você errou na avaliação da situação. Dispensada.

Gabrielle estava atônita. Nada do que foi perguntado levaria a alguma avaliação de autoria do “crime”. O que Xilant estava fazendo era conduzir suas irmãs a assumirem a culpa pela atual situação e ela sabia de quem era a culpa, tinha consciência de que a culpa era totalmente sua. Foi a busca do amenizar suas dores que levou a saírem daquela maneira, pois não havia tempo para solicitar autorização ao Império quando o medicamento somente estaria disponível naquela lua cheia. Fechando seus olhos orou a Artemis que protegesse sua Nação e suas irmãs da retaliação. Se crime houve, ele foi dela individualmente e implorava a virgem Caçadora proteção para seu povo.

– Chamo Lara.

– Estás com medo criança?

– Não, e não sou uma criança. Sou uma escoteira amazona.

– Todos riem da resposta daquela pequena loira com cabelos longos presos como rabo de cavalo, inclusive a Conquistadora .

– Ops, desculpe. Quantos verões tens?

– Quinze.

– A Rainha deu sua benção com alguma recomendação ao grupo?

– Sim, ela abençoou nossa viagem e ordenou que ficássemos longe da Conquistadora.

– Então diga escoteira , por que estavam nas cavernas de Tahal?

– Íamos em caravana para o templo de Atena quando a noite avançou e a dor da princesa ficou mais forte.

– Como você sabe disso?

– Dava pra ouvir seus gemidos de minha posição mais atrás. A Comandante Ephiny decidiu que pararíamos nas cavernas . Mais tarde as comandantes decidiram ir as quatro até o templo de Atena sozinhas. Nós ficamos para cuidar da princesa.

– Você sabia que precisavam de autorização do Império para sair em grupo armado da aldeia?

– Não. Eu não preciso saber disso. Preciso saber ir onde devo ir e fazer o que tem de ser feito. Eu confio que minhas comandantes farão as coisas direito.

Novamente, murmúrios de aceitação e aprovação entre os Falcões, uma vez que eles também seguem ordens confiando em seus superiores. Xilant olha para a Conquistadora que discretamente faz o sinal que combinaram para quando devesse agir de forma a deixar a princesa assustada por suas súditas.

– Lara, então você errou na avaliação da situação. Uma última pergunta escoteira. Você é virgem?

– Sim, sou.

– Dispensada.

Neste instante os Falcões gritam e assoviam, até que a Conquistadora levanta a mão fazendo o silêncio voltar a estar e Xena sorri ao observar o terror nos olhos de Gabrielle.

– Chamo Gabrielle.

Gabrielle estava tão apavorada, concentrada redobrando suas súplicas a Artemis que não escutou ser chamada.

Xilant repete.

– Eu chamo Gabrielle.

Xena sorria. Tinha atingido o alvo. Ela sabia que a menção da virgindade de algumas e a reação dos Falcões colocaria pavor nos olhos da princesa amazona, com a fragilidade de sua situação exposta.

Naquele momento Gabrielle percebeu o que Ephiny havia dito no lago enquanto bebiam. Ephiny afirmou que estavam mortas e qualquer que fosse a argumentação o veredito de culpadas já havia sido selado.

Deviam, no entanto buscar para si o ônus, não deixando ir até a Nação como um todo.

“Graciosa Artemis, Deusa das Amazonas. Palas Atena, guerreira da justiça, ouçam esta miserável mortal que sabedora de sua insignificância implora sua misericórdia. Guia minhas palavras para que outras não pereçam. Possa a verdade encontrar abrigo no coração e na mente da Conquistadora e sua sentença ser equilibrada pela balança de Themis, Deusa guardiã do juramento dos homens e das leis. Juro que cumprirei fielmente toda e qualquer decisão que me atinja pessoalmente. Acatarei humildemente em total integralidade a sentença que a Conquistadora emitir em seu nome, mas salva meu povo da aniquilação Misericordiosa Atena . Guarda teu povo Artemis Caçadora.”

Assim ia orando Gabrielle, enquanto subia no escudo e assumindo seu lugar, fez contato visual com Xilant o tempo todo.

– Você não parece uma amazona. Você nasceu amazona?

– Não.

– Como se tornou uma princesa?

– A versão curta ou longa?

Xilant estava observando a Conquistadora, ela fez o sinal de pequeno, deixando pouco espaço entre o indicador e o polegar da mão esquerda, quase sem se mover, com o braço ainda apoiado na cadeira como estava desde o início dos interrogatórios.

– Curta.

– Eu tentei salvar uma mulher que se afogava e aconteceu dela era uma princesa amazona. Me deu seu Direito de Casta e aqui estou eu.

– Que doença misteriosa é esta que parece não estar agindo no momento?

– Não sabemos. A medida que a noite chega ela piora e com o sol ela melhora.

– Que medicamento é este , como souberam dele e por que não pediram autorização para deslocar tantas amazonas pelo Império ?

– Não sabemos o que contém o odre. Apenas que é um medicamento que ameniza as dores, independente da hora do dia. Nossa sacerdotisa recebeu a revelação no templo da aldeia e apenas estaria disponível nesta lua cheia, motivo pelo qual não poderíamos esperar uma autorização. Somente a solicitação levaria mais tempo do que dispúnhamos. Nós realmente não sabíamos que a Conquistadora estaria dentro do perímetro de proibição!

– Responda apenas exatamente o que for perguntado amazona. Nada a mais, nada a menos. Qualquer outra manifestação diferente disso será considerado desrespeito a este tribunal.

Derrotada, Gabrielle apenas balança a cabeça afirmativamente. Fixou seu olhar na Conquistadora , enquanto redobrava seus pedidos à Artemis .

– Sua presença nas cavernas descumpre o tratado. É simples assim e tudo que foi dito até agora apenas deixa claro que o fizeram por conta e risco, sabendo dos termos. Você sabia os termos do tratado?

– Sim.

– Você achou que seriam descobertas na violação?

– Não.

– Então você errou na avaliação da situação. Dispensada.

Todos ouvimos os relatos. Aguardaremos agora a palavra da Senhora Conquistadora a emitir sua decisão.

Lentamente a Conquistadora se ergue em toda sua altura, e sua aura de comando se torna mais evidente. Calmamente, sua voz ecoa pela tenda, ecoando em cada ouvido como ressoar das ondas e fixando em cada olhar como se fosse o único.

– Todas sabiam o que estavam fazendo e seguiram fazendo, como disse o capitão, por sua conta e risco avaliaram errado. Farei algumas perguntas simples, para dar oportunidade de defesa, permitirei que falem livremente as respostas, autorizando-as a usarem qualquer argumento que julguem válido e então darei a sentença.

– Princesa, você sabia dos termos do tratado e da recomendação da Rainha de que fossem respeitados?

– Sim, mas desconhecíamos o quão próxima vossa majestade estaria. Apenas fomos buscar um remédio, grande Deusa ! Não é como se fossemos espionar ou realizar uma conspiração ou atentado. Somos súditas da rainha Melosa e honramos sua palavra. Fomos a um templo e não a lugares obscuros! As armas usamos para nossa proteção, nada mais. Se seus homens tivessem dado a conhecer pertencerem ao seu exército, não teríamos capturado nenhum. Somos aliadas do Império e a ele estamos vinculadas pela honra da Casa Real .

– Conheço a honra de Melosa, vocês afrontaram sua própria rainha. Diga capitã Ephiny , o que diz a lei amazona sobre membro da Casa Real ou da guarda real descumprir uma ordem direta dada pela Rainha da Nação?

– O descumprimento de uma ordem direta é punido com a morte, a menos que haja comutação de pena. Mas é raro. A Rainha representa Artemis, descumprir uma ordem direta é também um sacrilégio.

– E vocês Falcões, acham meu sistema de punição militar rigoroso. São uns injustos ! Estão vendo eu sou até misericordiosa.

Pequenos risos são escutados aqui e ali, como Xena pretendia.

– Já é meio da tarde, tempo de sentença. Ouvimos de suas bocas que descumpriram propositalmente o tratado e a ordem de sua rainha. Estou ciente de que Melosa também sabia do risco, quando permitiu que saíssem armadas sem comunicar. Assim sendo…

Xena ia emitir a sentença quando uma luz se faz notar sobre o escudo e pouco a pouco uma imagem vai tomando forma.

Palas Atena, Deusa da guerra e da justiça se faz notar.

– Eu quero que me ouças, Conquistadora !

Todos os Falcões se colocam a um joelho imediatamente, o mesmo acontecendo com as amazonas.

Xena faz uma reverência.

– A Deusa da Justiça em pessoa, ao que devo a honra?

Apontando os Falcões , divertida, Xena lembra à Deusa.

– Eles não poderão prestar atenção se ficarem olhando para o chão, Atena.

– Levantem-se todos. Tenho um pedido a te fazer Xena e quero que o considere com cuidado.

– Estou ouvindo.

– Quero esta amazona viva, de preferencia em uma peça, inteira, e se possível as outras também.

– O que a Deusa guerreira tem de interesse no destino destas mulheres? Isso não seria assunto para a Caçadora?

– Não teria sentido eu providenciar um medicamento para esta amazona e olhar parada que tu a mates Xena . Tens razão, elas infringiram a lei e devem ser castigadas, mas lembra que para seres livres existem destinos piores que a morte.

– E quanto ao resto da Nação? Pedes por elas também?

– Faz como desejar, mas não é ruim para a Conquistadora ter a Artemis como amiga. Não entregue a sentença de morte.

– É uma ordem Atena? Sabes que não obedeço a ninguém, homem ou Deus.

– Não, é uma recomendação junto com um pedido. Tenho um interesse em jogo e quero vencer. Xena castiga-a como quiseres, mas não entregues sentença de morte. Esta sentença é a única que não poderá ser alterada mais tarde. É irreversível.

– Não matar, você diz. Que tal uma mão ou um braço? Talvez a língua… ela fala demais!

– Que tal uma cidade na Macedônia?

– Não me ameace Atena.

– Está certo. Eu disse que era um pedido, não uma exigência. Considere com carinho meus interesses. E tu amazona, lembra de teu juramento. Ele foi pesado e aceito como adequado.

Os Falcões sempre ouviram falar que Xena conversava com os Deuses. Nunca, sequer em seus sonhos tinham imaginado que eles conversavam com ela. Xena a Conquistadora , a Escolhida de Ares e Amada de Atena. Estes títulos nunca foram tão evidentes para os afortunados que presenciaram, talvez pela única vez na vida a presença de uma Deusa do panteão.

Atena simplesmente desaparece, deixando um silêncio pesado no ar e aos poucos um burburinho começa a se instalar, sobre a visita da Deusa da Justiça, da Guerra e Sabedoria ao tribunal da Conquistadora.

Xena faz um sinal e Eliano bate com a espada em seu escudo e comanda : Atenção!

Imediatamente os Falcões se colocam em prontidão e se reestabelece a ordem.

– Na facilidade Falcões .

Os Falcões assumem postura mais relaxada, aguardando o rumo dos acontecimentos.

– A sentença estava para ser proferida, vamos continuar como programado.Como eu dizia, antes de ser rudemente interrompida, Melosa também sabia do risco, quando permitiu que saíssem armadas sem comunicar, mas não apenas permitiu como emitiu ordens a respeito que visavam garantir a observação do tratado. Assim sendo a guarda real estava apenas cumprindo ordens em seu papel de não deixar uma princesa sem escolta nos caminhos do Império.

– Você tem amigos altos Gabrielle. Atena tem interesse que viva, por enquanto. Desejo saber se acatará a decisão deste tribunal sem apelações, princesa.

– Sim Conquistadora.

– E suas amazonas, Ephiny ?

– Seguiremos o comando da Casa Real , Conquistadora.

– Muito bem. Tomo Gabrielle como única responsável pelo delito e sua sentença é escravidão que cumprirá por prazo indefinido a meu serviço pessoal. Vou atender ao pedido de Atena e mantê-la viva, por agora, estenderei a todas as outras o perdão de um soldado e estou imediatamente invocando o parágrafo de serviço militar do tratado, convocando as vinte e cinco amazonas como um pelotão paralelo aos Falcões , se prestarem juramento de fidelidade em nome da Caçadora e de Atena.

Manterão os mesmos postos , funções e hierarquia até que eu pessoalmente determine o contrário. Vocês acatam esta sentença, amazonas?

Todas olham para Ephiny, ela olha para Gabrielle que baixa os olhos e afirma que sim com um leve movimento de cabeça.

Ephiny responde que sim, todas aceitam. Coloca-se em um joelho, sendo copiada por todas e recita o juramento de fidelidade amazona, com alguma modificação para o momento.

“Juro por Palas Atena e por Artemis servir lealmente a casa da Senhora Conquistadora , no melhor de minha capacidade, em todas as situações no seu melhor interesse e conforme seus desejos, sem nenhum pensamento que não o de cumprir os comandos recebidos de meus superiores e em total fraternidade com meus camaradas de armas.”

Assim o juro! Repetiram a uma só voz as vinte e quatro amazonas, levantando logo depois e aguardando.Eram agora membros da guarda de elite da Conquistadora.

Todos ficaram olhando o que aconteceria.

Xena chamou Gabrielle para realizar sua parte da sentença.

– Agora tu Gabrielle. Vem aqui, princesa, ajoelha e faz teu juramento de servidão.

“Juro por Palas Atena e por Artemis Caçadora, servir leal e fielmente a Senhora Conquistadora e somente a ela, em seu melhor interesse e no melhor de minha capacidade, conforme suas vontades manifestas ou não, sem nenhum pensamento que não o de atender seus desejos e cumprir os comandos recebidos.”

Ignorando propositalmente Gabrielle, Xena vira-se para as amazonas determinando seu futuro.

Iodia, assumirá suas funções junto a Ieranus, podendo levar sua auxiliar. Ephiny , toma teu lugar junto aos meus oficiais. Tu, Eponin , Solari e Assoyde continuarão no comando, mas apenas as amazonas serão subordinadas a vocês até se provarem merecedoras de minha confiança. Algum falcão será subordinado a vocês apenas no caso de integrarem alguma força tarefa.

Gaius irá entregar suas armas e será entregue alguma roupa adequada semelhante aos Falcões, juntamente com uma barraca que vocês erguerão ao lado direito da minha.

Dínia , Helena e Fabíola , apresentem-se! As três deram um passo a frente, colocando o punho direito no peito.

– Conquistadora.

– Vocês deverão atender e atualizar as amazonas de nossa situação, sinais, manobras e ordens do dia. Também irão conduzi-las até a tenda de cozinha para almoçar e aos cavalariços, podendo ficar com seus cavalos ou escolher outros. Vocês servirão de ordenanças para as três oficiais subalternas à Capitã amazona, depois de prestarem relatório em minha barraca. Aguardem!

Saudando e se colocando em prontidão, o trio se afasta um pouco e elevando sua voz, Xena garante novamente a atenção de todos.

– Falcões! Que o acontecido aqui fique na memória de todos, pois neste dia a Deusa da Guerra esteve entre nós! Em respeito a Grande Atena, este julgamento está em sigilo militar. Não comentem com seus camaradas, amantes ou familiares. Foram privilegiados com uma visão que poucos tiveram, se congratulem e mantenham isso em silêncio.

Temos um jogo para vencer! Reunião com os oficiais ao por do sol, onde verei seus planos Alceu. Você também Ephiny . Falcões! Julgamento encerrado! Dispensados.

Todos se colocam em prontidão.

– Conquistadora!