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Warning Notes

As amazonas da Trácia enfrentam desafios ao confiar em Gabrielle, suspeitando de sua possível associação com a Conquistadora. A narrativa explora temas emocionais e de confiança.

Naquele tempo, a necessidade estava se fazendo cada vez maior desde a noite do solstício de inverno, quando os sonhos começaram. Neles, ela estava subindo a montanha e ao chegar no cume olhava o vale abaixo detectando um mar de homens invadindo a planície além da floresta, como uma grande serpente, onde as corredeiras encontravam com o rio ao norte do grande lago.

Um enorme falcão sobrevoava o vale e circundava a montanha pousando em uma oliveira solitária ressecada no cume , próxima da beirada e majestoso se lançava novamente no ar interceptando uma pomba que voava ferida, depositando-a aos seus pés, sem machuca-la .

Neste momento do sonho, acordava sempre coberta de suor, cansada e tremendo, com uma sensação indefinida de estar sendo observada. Levantava se recompondo rapidamente, indo pra cozinha, onde se punha a começar o fogo e buscar água para dar início as atividades do dia. Tendo estado amassando o pão na noite anterior, agora era o momento de assar para o desjejum na pousada e enquanto a água para o chá fervia com as ervas colhidas ainda cedo esta manhã, organizava as brasas, para no momento em que a proprietária levantasse tudo já estivesse encaminhado.

Faltava meia marca de vela para o amanhecer quando entrando na cozinha sua senhora novamente a repreenderia por estar adiantada nas tarefas .

– O que você está fazendo aqui esta hora Gabrielle? Nós já conversamos sobre você estar fazendo o serviço sozinha enquanto todos dormem. É necessário dividir as tarefas, mocinha.

– Desculpe, eu estava sem condições de continuar dormindo, então resolvi me fazer útil, não quis ofender ninguém.

– Você não me ofende, mas não gosto da ideia de estar explorando outra pessoa, então sente-se e aproveite seu chá, mas não comece a trabalhar sem mim novamente, está bem? Venha, vamos tomar o desjejum nós duas e me conte o que a está impedindo de dormir em paz.

– Não é nada, realmente senhora. Eu apenas tive novamente um sonho ruim.

– Quanta vez te disse para chamares meu nome, Gabrielle, não sou tua senhora. Sou apenas a proprietária da taverna onde atuas como barda e tenho um lucro considerável com tua apresentação.

– Sim, senhora, desculpe.

– Quando quitei a dívida de Heródoto no entreposto, a dois verões atrás, foi para evitar que tivesse um destino terrível, naquela situação onde ele colocou você a disposição para o mercado de escravos em Abdera Gabrielle, porém, mesmo não desejando permitir que ele te usasse desta maneira, não pretendo possuir um ser humano . Aceitei você em minha casa e nosso acordo tem sido benéfico para ambas, apenas isso.

– Eu me ofereci, senhora. Não poderia ficar parada e deixar minha mãe e minha irmã passarem necessidade se meu pai ficasse nesta situação, pois é ele que luta para sustentar a família e não tem culpa das últimas colheitas terem sido um desastre por causa da seca e a criação sofrer com ataque de bandoleiros.

– Assim que passar o período de Ozikos e de forma definitiva ele não puder mais desfazer o contrato, pretendo agir em conformidade, todavia não quero mais ouvir ou presenciar você agindo como se eu aceitasse a escravidão em minha casa, está bem ? Me fala de teu sonho.

– Há uma oliveira no alto da montanha que eu subo para avistar um exército nas planícies invadindo o vale e um falcão captura uma pomba e lança aos meus pés, pousando na oliveira. Acordo assustada e molhada de suor. Como disse é somente um sonho bobo.

– Bom, os sonhos as vezes são manifestações dos Deuses e possuem significados não muito claros. Deves ir ao templo de Artemis em Éfeso e verificar o que as sacerdotisas te dizem.

– Não estaria correto eu ir atrás disso agora, o movimento está aumentando , tenho que auxiliar a senhora na taverna e apresentar os contos da noite. Pretendo pagar minha dívida da forma mais completa possível.

– Sabes o que diz a lei, se ele não vier até a próxima lua cheia, Gabrielle.

– Sim, senhora e é por isso que não posso pensar em ir procurar respostas. Meu lugar é aqui, ajudando no que conseguir.

– Bom, vamos esperar pra ver o que acontece. Agora por favor me ajude a servir as mesas e temos ainda que descascar as batatas e preparar a carne pra encaminhar o almoço.

Já havia quase dois verões e meio que passava a manhã ajudando na cozinha, a tarde limpando a pousada, auxiliando o sanador local, cuidando da roupa e de noite apresentava contos por duas marcas de vela passando dos clássicos aos de sua autoria. Gabrielle era uma barda muito boa, no entanto a ausência de sono estava cobrando seu pedágio e dia sobre dia a capacidade de concentração começava a pesar.

Na manhã seguinte ao último dia da lua cheia o escriba foi chamado para lavrar a posse definitiva, uma vez que a dívida de Herodoto não foi saldada. Quando subiu ao tablado naquela noite, Gabrielle não era uma mulher livre, embora não fosse exigido que usasse a túnica cinza, cortasse os cabelos ou recebesse qualquer tipo de marca em seu corpo ela sabia que agora era a propriedade de alguém e sua liberdade estava definitivamente nas mãos da dona da pousada.

Nesta noite, seu sonho modificou e ela tomando a pomba em suas mãos, cuidou de suas asas e ferimentos capacitando-a para voar alto e rápido ao lado do falcão, derrubando as árvores e pedras ao passar e impedindo os homens de chegarem ao vale, retornam ao cume pousando na oliveira, agora florida. Curiosamente, Gabrielle despertou três marcas de vela após o nascer do sol e levantando rapidamente correu para a cozinha, onde entrou apressada.

– Perdão, senhora. Não sei o que deu em mim em perder a hora do desjejum.

– Fica tranquila Gabrielle que tudo está encaminhado e o mundo não vai acabar por que você finalmente conseguiu uma boa noite de sono. Volta pra cama e toma teu desjejum.

– Mas eu tenho tarefas a desempenhar!

– No momento, tua principal tarefa será voltar pro quarto e aguardar teu desjejum que levarei em um instante, você poderia pensar em obedecer sem fazer ponderações, ao menos uma vez.

Um tanto surpresa com este tipo de recepção em seu primeiro dia como propriedade, Gabrielle deu meia volta e foi para seu quarto e quando a porta abriu, uma bandeja fez a frente, sendo colocada na mesa sob a janela.

– Não se preocupe com o sol, ele fará seu caminho independente do que nós pensemos a respeito, toma seu desjejum que precisamos conversar.

– Claro, senhora.

– Fui ao templo de Atena esta manhã e você definitivamente deverá ir a Éfeso consultar sobre seus sonhos. As pessoas sonham Gabrielle, mas raramente sonham o mesmo sonho ou continuações por luas seguidas. Em algumas marcas de vela tomará um barco no porto que partirá assim que estiver carregado. Ele te levará a Éfeso , onde fará um sacrifício à Caçadora e oferecerá um presente para a Grande Sacerdotisa que poderá dar um rumo para estes presságios.

Não estou me negando a obedecer, senhora, mas parece improvável que eu consiga sequer subir os degraus . Eu não tenho nada para oferecer ou como pagar a passagem e não são permitidos escravos no Templo, senhora.

– Não se trata de obediência, Gabrielle mas da tua necessidade. Enquanto você dormia, chamei o escriba e tomei as providências que te disse que tomaria. Agi em conformidade com minha consciência e você agora é uma mulher emancipada e livre. Aqui tens uma bolsa com o que ganhaste no tablado contando tuas histórias, sendo certo o total, pois cada moeda que recolheste entre o público nestes dois verões e meio te pertence honestamente, visto que eu tenho tido lucro mais que suficiente com o consumo durante tuas apresentações. Ainda coloquei duas taças de prata para presentear a Grande Sacerdotisa quando chegar tua hora de ser atendida. Podes usar também teu conhecimento de cura para se manter na viagem.

– Eu não sei o que dizer senhora. A dívida de meu pai ainda existe. Eu não entendo.

– Não há nada pra ser entendido. Eu tive uma filha uma vez, Gabrielle, mas a perdi e gostaria de ter tido a possibilidade de salva-la das armadilhas dos Deuses. Considero a dívida de Heródoto mais do que paga, te restituo a liberdade e emancipo para que ele não possa nunca mais fazer tal coisa novamente. Faça uma viagem segura e busque tuas respostas, é tudo que peço e que passe aqui se algum dia voltar à Macedônia.

Com lágrimas nos olhos, Gabrielle foi tomada de enorme gratidão por aquela mulher que tinha lhe dado seu sonho de completa liberdade.

– Obrigada Cyrene, rezarei para que tua filha seja encontrada.

Não tinha como restituir a bondade desta senhora, mas definiu que faria o melhor possível para atender as recomendações da Deusa da lua e nem que levasse o resto de sua vida iria pagar a dívida de seu pai com juros justos.

A viagem foi tranquila e sem contratempos inesperados até a terceira noite, pois já sabia que seu estomago iria reclamar por todo o trajeto, uma atenção especial. Dividia a cabina com outras cinco mulheres que embarcaram no porto de Abdera e pareciam viajar em conjunto. Havia algo nelas que escapava do lugar comum, sendo evidente a consideração que tinham com a ruiva bem humorada que ficava a tecer considerações sobre as questões filosóficas das relações humanas. Gabrielle estava encantada com as palavras que ouvia sobre a justiça, a igualdade e a força da harmonia.

Buscando conseguir algumas moedas, Gabrielle se propõe a contar algumas histórias para passar o tempo, sendo impedida pela loira de cabelos encaracolados de chegar perto da ruiva que evidentemente dirigia o grupo.

– Eu poderia contar algumas histórias para ajudar a passar o tempo, sua amiga parece gostar de história e filosofia.

– Não há maneira de uma coisinha como você conhecer algo que valha a pena saber.

– Não se deve julgar o pergaminho pelo rolo. Você se surpreenderia com o que é possível saber, quando se é um bardo.

– Você é um bardo?

– Eu contava histórias na taverna de Amphipolis e ajudava o sanador local em seus afazeres.

– É melhor você não tentar incomoda-la, disse a loira apontando para a ruiva.

–Tudo bem então. Boa noite.

Algumas marcas de vela depois estava passando mal do estomago, pela décima vez naquela noite estava debruçada por sobre a amurada do navio, colocando pra fora a pouca refeição que conseguira.

– Você não pode ficar sem beber água por que a desidratação enfraquecerá seu corpo e ainda temos vários dias de viajem.

– Não posso segurar nada no estomago por muito tempo e isso é assim desde menina.

– Sinto muito, mas pelo menos o mar continuará calmo. A noite está linda com as estrelas no firmamento observando as ações dos homens. Eu sou Terreis.

– Sou Gabrielle. Você se arrisca muito vindo aqui fora sozinha, suas amigas não vão gostar de saber que estávamos conversando.

– Elas não são ruins, apenas se preocupam muito comigo, esquecendo o prazer que me dá conversar com pessoas de outros lugares e filosofias. De onde você é Gabrielle? Onde vai?

– Eu sou de Potédia, uma vila ao sul de Amphipolis, na Macedônia e estou indo para o Templo de Artemis em Éfeso . E vocês?

– Somos da Trácia e estamos indo para o Templo também, para ver a Grande Sacerdotisa.

– É estranho tantas mulheres viajando juntas sem um acompanhamento, um comboio que zele por sua segurança. Como vocês conseguiram que as deixassem sair assim? Meu pai não me permitia nem ir até a vila sem acompanhamento.

– Então, como você está aqui sozinha? Onde está ele?

– Ele está em nossa casa em Potedia. Eu estou indo para Éfeso , buscar a solução para um sonho que se repete dia após dia sem parar desde o solstício de verão passado, com as bênçãos de Cyrene.

– Agora sou eu que não entendo Gabrielle, você fala por enigmas. Quem é Cyrene para dar bênçãos, alguma sacerdotisa?

– Cyrene é a proprietária da pousada e da taverna pagou as dívidas que tínhamos no entreposto de Amphipolis e eu fiquei trabalhando na pousada como garantia. Passando o prazo legal, meu pai não conseguiu resgatar a dívida e como diz a lei , Cyrene tomou posse definitiva de minha vida.

– És uma escrava então. Estás fugindo? Poderemos ajuda-la se quiser. Onde está ela?

– Ela está em seu estabelecimento e eu fui uma escrava por menos de um dia. Na manhã seguinte como minha senhora, ela estabeleceu minha liberdade, me entregou dinheiro para despesas e uma dádiva para a Sacerdotisa em Éfeso . Ela não me ordenou que fosse a Éfeso , mas me permitiu empreender a viagem para resolver de uma vez por todas este tormento.

– Ah, entendo. Parece ser uma grande mulher, para abrir mão de tanto dinheiro, bens e uma escrava como tu.

– Ela é sim.

– Mas, se me permite Gabrielle, não deves falar de teus bens a qualquer pessoa. Nós poderíamos ser um bando de malfeitoras e te roubar descaradamente. É muito perigoso falar assim tão abertamente, quando não se tem meios de defesa contra ladrões.

– Não sei exatamente o que vocês são Terreis, mas tenho certeza de que não são malfeitoras, nem irão me roubar. Malfeitores não iriam a Éfeso procurar orientação da Caçadora. Aquelas suas amigas são extremamente cuidadosas com você e pessoas bandidas não são capazes destes pequenos gestos de lealdade, como velar pelo sono de outra. Vocês são um grupo unido, como as estrelas que percebemos olhando atentamente o céu, reunidas em constelações, estão posicionadas em grupos. Alguns pensam que as estrelas são os olhos dos Deuses observando a humanidade, outros que são pequenos diamantes postos no céu, contando as lendas que são homenagens aos heróis, quando Zeus colocou no firmamento para seus feitos serem sempre lembrados. O que você pensa que são as estrelas?

– Acredito que são as três coisas ao mesmo tempo. As estrelas assim como os sonhos são as maneiras pelas quais a eternidade se faz presente na vida do homem, Gabrielle. E tens razão, elas são capazes dos maiores atos para zelar pelo meu sono, mas eu faria o mesmo por qualquer uma delas.

– O que vocês são realmente Terreis? De que parte da Trácia? Nunca conheci mulheres que fossem capazes de viajar sozinhas.

– Somos de uma terra que fica a noroeste de Abdera, chegando até a fronteira norte do Império e nosso povo é governado por uma rainha, Gabrielle, que assegura nossa liberdade e forma de pensar e viver. Mas você também viaja sozinha.

– Sim, mas por que não tenho escolha, nem companhia. Ter amigos assim deve ser maravilhoso.

– É sim.

Olhando para a porta que dava aos camarotes, viram surgir uma Ephiny zangada, que vinha em sua direção rapidamente, parando em sua frente e falando numa ênfase contida, para não ser escutada por outros.

– O que você faz aqui em cima, sozinha com ela? Onde esta Solari?

– Solari saiu um instante para atender ao chamado da natureza e eu estava apreciando a vista, conversando com nossa amiga aqui que não estava passando bem do estômago. Só isso Ephiny .

– Espero que não tenha incomodado Terreis menina, eu avisei sobre isso.

– Creio que não incomodei sua amiga estando sob o mesmo céu, apenas conversávamos e você não precisa ser grosseira quanto a isso. Ela é sua escrava, criada ou algo assim?

– Não, mas não deveria estar aqui em cima sozinha. Volte para a cabine agora Terreis , por favor. Não podemos arriscar, sabe disso.

– Está certo. Mas deixe-a em paz, Ephiny . Ela não fez nada errado.

– Certo, vamos?

E ambas desceram para a cabine. Gabrielle ficou pensando, repassando a conversa mentalmente e tentando recordar que povo vivia nestas terras da Trácia. Não havia uma grande cidade, como Tebas, Corinto , Atenas ou Esparta. Tudo que havia era pequenos vilarejos e a floresta densa. Pense Gabrielle, pense. Mulheres que viajam sozinhas e são dirigidas por uma rainha, mulheres que se determinam na Grécia somente as lendárias amazonas ! Certamente aquelas duas morenas altas pareciam guerreiras e esta loira irritante tinha uma determinação em seu olhar que não ficava atrás, porém Terreis parecia uma pensadora, não uma guerreira sanguinária . E se as amazonas não fossem guerreiras cruéis e sanguinárias como nas lendas? Se fossem possíveis de cuidados e zelo, olhar as estrelas e se perguntar sobre o firmamento? Certamente Terreis seria uma grande filósofa entre seu povo. As mulheres buscam a orientação da Caçadora como ela, no entanto isso não as torna amazonas.

Percebendo alguns olhares insistentes e uma pequena movimentação em sua direção, Gabrielle resolve que é mais seguro na cabine com as cinco desconhecidas do que permanecer na coberta do navio e desce para encontrar respostas às suas indagações. Chega na porta, para ao ouvir uma discussão veemente no interior do quarto.

– Você não tinha o direito de se expor desta maneira!

– Eu não disse nada demais. Apenas que também íamos a Éfeso .

– Eu ouvi você falar de Melosa! Isto estava fora dos limites.

– Como se as pessoas lá fora soubessem o nome de Melosa! Você está sendo muito intolerante, Ephiny . A menina não representa perigo para nossa viagem e você sabe disso. Pare de agir como se houvesse uma conspiração em cada pessoa ou conversa do caminho.

– A partir de hoje, não ficarás mais sozinha. Está na responsabilidade de cada uma de vocês fazer companhia a Terreis todos os momentos do dia, entendido?

– Sim, Ephiny .

– Eu não serei refém de minha própria guarda pessoal. Você está exagerando e empurrando muito sua capacidade de negociação Ephiny .

– Não tem mais negociação. Está decidido. Vou procurar o capitão e remover esta garota de nossa cabine e você não sairá mais à coberta sem uma acompanhante.

Escolhendo este momento para entrar na cabine, Gabrielle praticamente se choca com uma Ephiny furiosa.

– Desculpe, senhora, por favor. Eu ficarei em um canto da cabine e procurarei não interromper seu caminho novamente, em nome da virgem Caçadora, tenha misericórdia, não faça isso! Eu não estarei segura em nenhuma outra cabine do navio e realmente isso não é justo, pois foram vocês que invadiram minha cabine, uma vez que eu embarquei primeiro.

Ephiny desviou-se de Gabrielle, desembaraçando-se e já ia colocar a mão na maçaneta da porta, quando Terreis resolveu intervir de maneira mais efetiva.

– Ephiny , pare! Ela tem razão e vamos permanecer aqui sem jogar ninguém pra fora. Tenho certeza que compreendendo o risco que corremos, Gabrielle não irá revelar nossa identidade a ninguém.

– Não podemos confiar nisso, Terreis. Ela pode ser uma agente da Conquistadora .

– Você enxerga a Conquistadora em todos os cantos. Você é uma agente da Conquistadora, Gabrielle?

– Não, eu não . Vocês são?

– Não Gabrielle, nós não trabalhamos para o Império. Deixe que eu apresente minhas companheiras de viagem. Estas são Assoyde, Eponin, Solari e Ephiny .

– Muito prazer. Eu sou Gabrielle de Potedia. É realmente um grande prazer conhece-las.