Notas de advertência

A narrativa mergulha em temas profundos de amor, reencontro e conexão espiritual entre personagens em um plano não físico. Embora centrado em momentos de amor e alegria, o contexto espiritual e o uso de poderes divinos para facilitar um encontro entre almas pode evocar emoções intensas. Recomendado para leitores que apreciam histórias de amor transcendental e encontros espirituais no universo de "Xena, a Princesa Guerreira".

Quando nós chegamos naquele lugar, me senti como num grande mercado, mas em vez de encontrar barracas e pontos de vendas de objetos, havia ali muitas pessoas. Pessoas de todos os tipos. Mas, elas não estavam no mesmo plano físico que nós. Ou nós estávamos invadindo o espaço delas – não sei exatamente. O que sei, é que as almas nos atravessavam e incomodavam Afrodite, porque ela é puro amor.

“Gabrielle” – Disse ela – “olha só, não sei se vamos encontrar a Xena aqui… quer dizer posso tentar, é claro, mas veja esse monte de gen…opa… uma grega…”

“ONDE”

“Tá ali, sentada como se nada pudesse incomodar…”

Nesse momento notei que Eve respirou mais aliviada e olhou na minha direção, esperando e respeitando meu momento, ao mesmo tempo em que não sabia exatamente o que fazer já que Xena era também sua mãe. Olhei pra Afrodite que sorriu e me deixou brilhante. Eu nunca senti tanto amor na vida, digo, já, mas desde aquele dia eu não sentia esse quentinho, essa luz toda dentro de mim. E eu sabia que tinha pouco tempo. Então eu corri na direção de Xena e não dei tempo pra ela perceber nada. Só pulei em cima dela, rolando pelo chão do templo e dizendo “Eu te amo, Xena. E eu senti muito a sua falta.”

“Gabrielle?”

Ela me olhava  incrédula, incapaz de acreditar que nós estávamos ali. Mas eu não tinha muito tempo.

“Cala a boca”

E a beijei. E abracei forte. Eu queria sentir cada segundo que Afrodite pudesse ter nos dado ali. Sabe-se lá quando poderíamos ter isso… ignorei todos os olhares, inclusive de Eve e Afrodite… eu sentia a sua pele, seus lábios, o calor que antes não era possível, e eu estremeci, como uma adolescente. …”como?”, “não importa, importa que eu posso novamente te sentir, mas é temporário”.

E com isso senti a onda de amor saindo de mim, era como o bolo de nozes envenenado de tão forte.

“Sinto muito vocês…”

“Afrodite!” – Disse Xena.

“Oi Xena, bom te ver… ainda que assim…”

“Oi mãe”

“..Eve? Mas…” e olhando pra mim ela continuou “Gabrielle, como foi que você reuniu toda essa tropa?

E eu sorri. “Ora, eu sei que sou o máximo não sou?”

Ela sorriu e não disse nada. Xena era de poucas palavras, sempre. E ela não podia ir embora para sempre sem pelo menos aprender a conversar com seres humanos. Não! Ela tinha que voltar, tínhamos muito a resolver.

Porém, eu não esperava que usar o poder de Afrodite seria tão inebriante, tão inebriante que eu …

Nota