Capítulos
- Xena envolveu-se na suave camisola de seda, apreciando a maciez do tecido. Sentia a cabeça pesando como ferro, e a suavidade daquele traje lhe trazia algum conforto, ainda que ínfimo. Deitou-se na enorme cama, coberta de lençóis luxuosos de todas as partes do mundo, e lembrou-se, por um breve momento, do que significava ser a soberana de um império. Porém, os acontecimentos dos últimos dias começaram a dançar no palco da sua mente como uma peça de teatro inoportuna. Reviu os olhos de Callisto…
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- Gabrielle e Theodorus chegaram ao espaço aberto em frente aos quartéis, o mesmo onde ela e Joxer tinham visto uma vez os soldados treinando. O espaço estava vazio, exceto por uma dezena de soldados jovens, tanto rapazes quanto moças, que estavam acomodados em um longo banco de madeira. Xena estava de pé ao lado deles, e todos estavam com semblantes ansiosos, os olhos fixos nela, atentos a cada movimento. A soberana segurava sua espada e a girava com maestria, o som do aço cortando o ar ressoando…
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- O quartel estava em plena atividade, soldados marchando, armas sendo afiadas, e ordens reverberando pelos corredores. O som dos passos de Xena, firmes apesar da ressaca, ressoavam no ambiente, chamando a atenção dos guardas e oficiais que se encontravam pelo caminho. Os olhares respeitosos se voltavam para ela, alguns a cumprimentavam e batiam continência, mas algo na postura da soberana lhes indicava que não deviam fazer muita coisa além disso. Ao aproximar-se do escritório de Theodorus, Xena…
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- Será que Xena tem uma chave desse quarto? Gabrielle pensou. Oh, deuses. O que vai ser de mim? Será que ela pode entrar aqui e simplesmente me matar? Uma parte dela queria crer que se Xena fosse matá-la, o teria feito há alguns minutos atrás. Mas o que tinha visto daquela vez nos olhos da imperatriz aterrorizara o mais profundo de sua alma. Ela tinha a sensação marcante que a mulher poderia decidir matá-la por capricho a qualquer momento. Será que devo fugir? Para onde? Num ímpeto…
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- Xena girou o pesado molho de chaves mais algumas vezes, antes de abrir o alçapão que levava àquela masmorra única. Desceu as úmidas escadas de pedra lentamente, suas botas chapinhando no solo insalubre. Acendeu as tochas que ali havia e contemplou o amontoado encolhido atrás das grades que era Callisto. Xena se aproximou da porta da cela e a observou por um instante em silêncio, as feições imóveis. Depois de um momento, inspirou profundamente. - Callisto - começou, sua voz controlada,…
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- Xena tamborilou os dedos sobre a mesa, o cenho franzido, os olhos estreitos. Sentiu uma onda de impaciência e se levantou, começando a caminhar pesadamente pelo salão, suas passadas ecoando no chão de pedra. Pressionou os dedos contra as têmporas, tentando acalmar a mente. Por algum motivo que não conseguia precisar, estava se sentindo aborrecida com a interrupção que a princesa amazona tinha causado a alguns minutos atrás. Que rudeza, pensou, se alguém a tinha informado que Gabrielle estava…
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- - Ora, ora, Theodorus. E eu achando que você tinha perdido suas bolas na batalha de Corinto. A imperatriz voltou à mesa e largou-se na sua cadeira. - Bem. Obrigada a ambos por mostrarem a imensidão de minha própria covardia. Está na hora de eu voltar a simplesmente ser a porra da imperatriz dessa merda de Grécia. Gabrielle, você não vai ser enviada a lugar nenhum. O que você vai fazer é estudar comigo todas essas porcarias de pergaminhos. Theodorus, deixe a sacerdotisa de sobreaviso. Se o…
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- Gabrielle acordou se sentindo bem pela primeira vez em muito tempo. Nem mesmo a constatação de que já era tarde e Vidalus provavelmente lhe daria uma bronca novamente afastou sua sensação de paz. Levantou-se, banhou-se e colocou suas roupas de trabalho. No momento que saiu de seus aposentos e entrou na biblioteca, quase deixou cair as chaves quando viu a imperatriz em pessoa a aguardando sentada no balcão. - Olá - a morena cumprimentou. - Bom dia - Gabrielle sentiu um frio na barriga.…
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- No salão de mármore da fortaleza de Corinto, Xena ocupava seu lugar no centro de uma mesa comprida, cercada por conselheiros de aparência sóbria. A sessão administrativa era, para ela, um exercício de paciência. Enquanto seus olhos focavam no conselheiro que, com uma calma entorpecente, dissertava sobre as rotas de abastecimento na fronteira com a Trácia, a mente de Xena vagava brevemente por lembranças dos campos de batalha. Ainda assim, permanecia atenta aos detalhes. - … e o problema se…
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- - Não importa quantas vezes eu repasse tudo em minha mente… eu sinto o sangue dele em minhas mãos. Terreis hesitou um segundo antes de envolver Gabrielle em um abraço. A loira o achou caloroso e confortável e entregou-se ao pranto nele. Fazia tempo que não derramava aquele choro. - Sinto muito, Gabrielle - a voz de Terreis era um sussurro - sinto tanto. Quando Gabrielle parou de chorar, Terreis afastou-se delicadamente e enxugou o rosto da loira. - Gabrielle, você sabe porque as…
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