Fanfics sobre Xena a Princesa Guerreira

    Xena viu-se arrancada de seu devaneio com o estrondoso barulho dos aplausos. Até então estivera perdida na história de Gabrielle, e não desgrudara os olhos um segundo da mulher que performava. Levantou-se também e aplaudiu.

    Gabrielle fazia reverências ao público, que lhe jogava rosas. A barda sorria, feliz. Foi novamente até o palanque e curvou-se diante da rainha.

    – Boa apresentação, loirinha. Não irei decapitá-la – disse Xena.

    – Grata, Majestade – respondeu Gabrielle, rindo.

    Quando Gabrielle se retirou, Xena começou a falar:

    – A cerimônia oficial de abertura está encerrada. As não oficiais, apenas começando.

    A multidão gritou, alegre. Seriam três dias de caos na cidade. Bebida, comida, arte, diversão, prazer. E um punhado de mortos, pensou Xena, bem-humorada. As festas dionisíacas sempre traziam uma ou outra fatalidade.

    Xena riu junto com eles, compartilhava da felicidade do povo. Mal podia esperar para se entregar ao hedonismo dos dias que se seguiriam. 

     

    ***

     

    Gabrielle voltou aos seus aposentos, desfez o penteado e arrumou sua bolsa de viagem. Batidas leves soaram na porta. A barda abriu e Amara entrou com um amontoado de roupas coloridas nas mãos, as quais depositou na cama.

    – Roupas para as festas, senhora. Sinto muito, mas não posso ficar muito tempo. As crianças vão passar esses dias no galpão. Tenho que ir para lá antes que comece a ficar tudo muito agitado.

    – Obrigada, Amara, mas não vou participar das festas.

    – Ah. Nesse caso, a conquistadora pede que passe no escritório dela para receber seu dinheiro. Acho que foi isso que ela disse. E ela disse também que eu deixasse as roupas mesmo assim.

    – Hum. Certo.

    – Estou indo, senhora Gabrielle – a menina saiu do quarto.

    Gabrielle caminhou até a cama, e começou a mexer nos trajes. Eram de diversas cores, alguns mais discretos, outros mais provocativos. Nenhum tipo de roupa de baixo. Muitas máscaras diferentes.

    Pareceu ouvir ao longe o eco da voz de Ephiny, zombando de sua timidez.

    As amazonas celebram a vida, não a tentam sufocar.

    Fazia tempo que não sentia o calor de outra pessoa junto a ela.

    Não eram bem os pudores que a continham naquele momento. Desde que perdera sua esposa, não se permitira qualquer tipo de contato íntimo com ninguém, e sabia que nesse tipo de festa isso era quase inevitável.

    Mordeu os lábios. 

     

    *** 

     

    Gabrielle caminhava pelo castelo. Estava lotado de pessoas. Por todo lado havia bebida, comida e música. Festa para todos os gostos. Deteu-se alguns momentos apreciando um rapaz que tocava uma lira para um pequeno público que se formara diante dele. O rapaz parecia inebriado pela música, assim como seus admiradores, e Gabrielle deixou-se envolver também.

    Um copo de bebida chegou à sua mão e ela tomou um gole diminuto. Não pretendia perder os sentidos. O líquido a aqueceu e, de repente, o som da lira parecia ainda mais bonito. Ficou apreciando o espetáculo musical até o rapaz encerrar sua apresentação.

    Voltou a passear pelos corredores e encontrou um amplo salão onde a música era mais alta e animada. Uma banda inteira tocava, e um par de dançarinos se movimentava pela sala inteira. As pessoas gritavam e ovacionavam diante das cambalhotas audaciosas do homem e da mulher. Gabrielle ficou impressionada e começou a saudar os artistas junto com o público, bebericando aos poucos de seu copo.

    O espetáculo acabou e as pessoas dispersaram para outras atividades. Gabrielle percebeu que começava a ficar um pouco tonta e largou o copo. Sentia-se leve e feliz.

    Entrou por uma porta semiaberta. Era um ambiente à meia luz, com uma série de véus vermelhos dependurados, onde tocava uma música exótica. Viu dois homens dançando um com o outro e perguntou-se se ali era um espetáculo de dança também, até reparar que por trás dos véus havia todo tipo de sofás, poltronas e camas onde as pessoas faziam um tipo mais íntimo de dança.

    Sentiu as mão suarem.

    Começou a se virar, tentando sair sem ser vista, quando uma mão puxou a sua.

    Era uma mulher, da sua altura, de compridos cabelos castanhos e lábios cheios, que Gabrielle não reconheceu. Não sabia se era uma escrava, uma nobre, ou qualquer outro tipo de pessoa. A máscara tornava ainda mais difícil a identificação.

    – Parece perdida – disse a mulher.

    – Não estou – respondeu Gabrielle, depois de alguns segundos de hesitação.

    – Ótimo – disse a mulher, que a puxou pela cintura e a beijou.

    Uma parte de Gabrielle ainda resistiu a entregar-se, mas essa parte desmoronou rápido. Seu corpo ansiava por contato, e a mulher desconhecida a beijou com fervor, ao que a barda logo correspondeu.

    Seu corpo acendeu-se em segundos e ela percebeu, constrangida, que a luxúria que guardara por tanto tempo ia explodir muito rápido. A mulher pareceu perceber sua necessidade urgente e a empurrou até uma parede próxima, metendo uma mão entre suas pernas.

    Beijou sofregamente a mulher enquanto sentia os dedos dela a estimularem. Não demorou muitos minutos até Gabrielle sentir seu corpo sacudir por inteiro.

    A mulher afastou-se e acariciou com a mão molhada o estômago descoberto de Gabrielle. Deu-lhe um beijo rápido nos lábios.

    – Foi um prazer – disse a mulher, virando-se e abraçando um homem que passava ali perto.

    Certamente foi, pensou Gabrielle, ofegante, tentando entender o que tinha acabado de acontecer.

    Esperou seu coração acalmar-se e suas pernas ficarem um pouco menos trêmulas. Voltou a andar por entre os véus vermelhos.

    Um homem tentou aproximar-se dela, mas ela o afastou. Depois outro. A mulher de cabelos castanhos parecia ter desaparecido no meio dos outros corpos. Encontrou um pequeno grupo de pessoas que dançava junto à banda e entrou no meio delas.

    Duas mãos seguraram sua cintura por trás, e Gabrielle pode perceber que era o toque de uma mulher. Virou-se e dessa vez viu uma mulher um pouco mais alta que ela, de cabelos pretos e curtos, que, além da máscara, não usava nada mais que um pano cobrindo seu sexo. A mulher começou a movimentar-se junto dela e Gabrielle foi se mexendo de acordo com seu ritmo.

    Fechou os olhos e perdeu-se na música, nos odores, e na sensação do corpo da mulher que dançava com ela. Enquanto se moviam, a mulher acariciava e beijava diversas partes do seu corpo, e Gabrielle devolvia as carícias. O sabor da pele dela era tão inebriante quanto a bebida e a música que soava. Gabrielle buscou a boca da mulher e a beijou, puxando-a para longe da dança.

    Ofegou ao sentir um segundo par de mãos afastando seus cabelos, e outra boca beijando sua nuca.

    Não viu quem era a outra pessoa que a tocava até parar de beijar a mulher de cabelos curtos e se virar, deparando-se com uma jovem de cabelos dourados e ondulados que a beijou também.

    Gabrielle levou a mulher loira até um dos largos sofás vazios e deitou-se sobre ela. Explorou e beijou seu corpo, enquanto a mulher de cabelos curtos explorava e beijava o seu. Gabrielle não distinguia mais quem estava a beijando ou quem beijava. Sentiu a umidade da mulher sob ela em seus dedos quando a penetrou e moveram-se juntas até a jovem loira desconhecida chegar ao orgasmo.

    A barda sentou-se no sofá, e a mulher de cabelos curtos ajoelhou-se entre suas pernas. A jovem loira se sentou atrás de Gabrielle, massageando seus seios e beijando seus ombros. Sentiu a mulher ajoelhada sugar e mordiscar o interior de suas coxas, as mãos subindo e descendo por suas pernas.

    Abriu os olhos, e as pessoas que estavam em outro sofá logo à sua frente entraram em foco. Estremeceu.

    Uma alta mulher morena vestida num frouxo vestido vermelho movia-se em cima de um homem, e Gabrielle reconheceu o rosto anguloso que às vezes aparecia entre as ondulações do véu negro que o cobria.

    Gabrielle tentou desviar o olhar, mas não conseguiu. Podia vislumbrar as expressões de prazer que a rainha fazia, e a visão a transfixava. Os olhos azuis se mostraram e encararam os seus. A rainha sorriu e Gabrielle soube que fora reconhecida.

    A mulher entre seus joelhos começou a lamber seu sexo e Gabrielle jogou a cabeça pra trás, tirando os olhos da rainha por um momento, mas sabia que estava sendo olhada. A jovem loira puxou sua cabeça e a beijou, e Gabrielle começou a perder-se novamente. Quando o beijo foi interrompido, olhou para o sofá à sua frente, e viu que a rainha desmontava do homem. Outra mulher tomou o lugar de Xena junto ao rapaz. A rainha começou a caminhar em sua direção.

    Seu corpo inteiro tremeu quando viu a rainha arrancar o véu, afastar a mulher de cabelos curtos e ajoelhar-se entre suas pernas. Os olhos azuis fixaram-se nos seus, enquanto as mãos deslizavam com uma pressão firme ao longo das coxas de Gabrielle.

    – Não sou a rainha, Gabrielle – disse Xena, baixinho – sequer sou Xena. Sou apenas uma mulher.

    Gabrielle fechou os olhos quando sentiu os lábios da morena distribuindo beijos suaves e úmidos em seu estômago. As mãos da rainha ergueram-se aos poucos, até alcançarem o top preto que cobria seus seios, levantando o tecido e expondo-os. A boca subiu até os mamilos duros, lambendo-os e sugando-os. Gabrielle apertou a mulher contra si, gemendo alto, e a rainha refestelou-se, abocanhando todas as partes que conseguia da carne doce e macia, até os seios estarem avermelhados com a concentração da circulação.

    Quando se satisfez, a rainha continuou seu percurso e beijou a outra loira por cima do ombro da barda. Gabrielle viu o mamilo escuro através do tecido diáfano do vestido e baixou o decote da outra mulher, não resistindo a ânsia de sugar o seio que se posicionara logo a frente de seu rosto.

    Sentiu a mão da rainha apertar sua nuca, pressionando-a contra seu seio. Foi a vez de Gabrielle banquetear-se, enquanto massageava as longas e musculosas pernas da mulher mais alta por debaixo do vestido. Sentia Xena contorcer-se sob sua boca, e uma das mãos da rainha massageou seu seio e apertou seu mamilo.

    A barda gemeu frustrada quando os seios se afastaram de repente, mas logo a boca de Xena estava no lugar deles.

    A rainha inclinou-se sobre ela, fazendo-a estender-se no sofá, sem interromper o beijo sôfrego que compartilhavam. A outra loira tinha sumido. Gabrielle viu-se consumindo aquela boca, inebriada com todas as suas texturas, tomada por um impulso cego e avassalador de luxúria que não sabia que era capaz de sentir. Despedaçou o vestido da mulher e enfiou as unhas em suas costas, o que só pareceu aumentar a intensidade da paixão da rainha, que agora mordia seus lábios vigorosamente. Gabrielle sentiu seu desejo se transformar em pura necessidade, e apertou o sexo contra a coxa da rainha com todas as suas forças, começando a esfregar-se nela.

    Ao sentir esse movimento, a boca da rainha abandonou a sua e começou seu trajeto descendente. Logo, a cabeça da mulher estava entre suas pernas, os braços envolvendo suas coxas. Gabrielle olhou para baixo. A rainha lançou-lhe um último olhar antes de começar a chupá-la.

    Sentiu que as pessoas ao seu redor desapareciam. Tudo que existia eram a sensações da estimulação entre suas pernas. Podia sentir a língua, os lábios, todo o rosto da rainha em todas as partes de seu sexo. A mulher esbaldava-se em tudo que encontrava, gravando nela uma infinidade de sensações simultâneas que engolfavam seus sentidos.

    Seu corpo se agitava cada vez mais, espasmódico, e ela apertou o rosto da rainha em seu sexo, desejando mais pressão. Xena localizou suas atividades, a língua movendo-se turbulenta em seu centro inchado. Sentiu os braços fortes da mulher a sustentarem quando seu quadril decolou e o clamor do êxtase escapou de seus pulmões, seus tremores saindo completamente de controle.

    Desfaleceu no sofá, o corpo banhado de suor. Com os olhos semiabertos, viu a rainha montar sobre ela. A morena apoiou as mãos em seus ombros e começou a subir e descer o sexo molhado nos músculos de sua barriga. As mãos de Gabrielle começaram a puxar as coxas da mulher, pedindo-a para subir mais.

    O sexo subiu devagar por todo seu corpo, esfregando-se por todo seu caminho e marcando-o com sua umidade abundante, até estar posicionado sobre sua cabeça. Gabrielle puxou as coxas da rainha, fazendo-a sentar sobre seu rosto.

    Sentia a pressão das pernas da mulher nas laterais de sua cabeça. A rainha esfregava-se com força sobre ela, e Gabrielle percebeu as pernas de Xena começarem a tremer. Seu rosto e seu pescoço estavam inundados da essência da outra mulher e Gabrielle tentava tomar o máximo que conseguia. Os dedos da morena apertaram seus cabelos, prendendo-a no lugar, e Gabrielle sentiu Xena esguichar sobre ela, os quadris fora de controle.

    Pensou ouvir a rainha gritar seu nome, mas era difícil distinguir em meio a tantas vozes.

    Xena saiu de cima dela deitou-se ao seu lado no sofá. Gabrielle sentia que não tinha forças sequer para se sentar. Tudo que percebia era a satisfação de seu corpo, o cheiro da mulher em seu rosto, o gosto dela em sua boca, o barulho agradável da música e dos amantes.

    Jamais sentira algo parecido.

    Sentiu Xena mover-se ao seu lado. Abriu os olhos e viu a rainha ficar de pé. Elas se olharam. Xena lançou-lhe uma piscadela e saiu caminhando. Em direção à outra mulher, Gabrielle reparou. Percebeu que era a mulher de cabelos castanhos que a recepcionara.

    Voltou a fechar os olhos. Recusou algumas ofertas que chegaram até ela. Dois homens transaram bem ao seu lado. Quando viu que seu corpo tinha se recobrado, ergueu-se e olhou ao redor. A rainha não estava à vista.

    Saiu da sala.

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